16/09/2009
67º Boletim Chuteira News
ACIDUS ACELERA SOBRE VERAS E GOLEIA
É notório que no último Chuteira de Ouro, Acidus e The Veras tiveram trajetórias opostas: enquanto os fluorescentes tiveram um início avassalador e depois perderam fôlego, os azul-grenás começaram hesitantes e, na bacia das almas, engataram uma série de quatro vitórias – incluindo uma lendária sobre o próprio Acidus, na última rodada da fase de grupos – que os levou às semifinais do torneio. Em comum, além da irregularidade na campanha, o fato de ambas as agremiações terem sido eliminadas pelo campeão Bengalas.
O jogo teve início e, nos primeiros 10 minutos, o que se viu foi um The Veras melhor em campo, apostando mais nos contra-ataques do que no jogo ofensivo. Mesmo desfalcado dos habilidosos Victor Petreche e Kinho, as válvulas de escape do time, o time conseguiu manter o ritmo cadenciado e acelerar quando precisou. Assim foi que, após tabela entre Pedro e Nico, a bola caiu para o artilheiro João Claudio girar o corpo, deixar Raphão na saudade e finalizar forte e cruzado, de canhota, para abrir o placar. O gol pareceu aturdir o Acidus, que ainda assistiu Diego salvar um gol certo do inspirado João e Ronei se esticar todo e tirar uma bola praticamente sobre a linha do gol, em chute desferido pelo mesmo João.
Os sustos, contudo, serviram para acordar a equipe amarelo-limão. Sob a batuta de Ronei e contando com a velocidade da dupla Philip e Robinho, a equipe não demorou para assumir o controle do jogo. Após lançamento primoroso do campo de defesa de Ricco nas costas da defesa verense, Philip tentou dominar e, mesmo não conseguindo, surpreendeu Benga e, por cobertura, empatou o jogo com um golaço. “Foi proposital, chutei no gol mesmo”, teria dito Philip para alguns. A partir daí, não se sabe se o que se viu foi um blackout do The Veras ou um combo de golpes de um insaciável Acidus. Do empate aos 13 minutos ao fim do primeiro foram mais quatro gols do Acidus. Ronei precisou chutar duas vezes para vencer Benga e anotar o segundo. O mesmo Ronei fez o terceiro. Em seguida, foi a vez de Kirk aprontar das suas em sua volta ao time: fez a jogada e deu bola açucarada para Marquinhos tocar por debaixo das pernas de Benga e, no apagar das luzes da etapa inicial, completou tabelinha com Richard e encerrou a conta em 5 x 1 na primeira metade de jogo.
Pelo The Veras, o matador Moura entrou adormecido e nem mesmo a volta de Cássio Japa, após 5 meses de ausência, foi capaz de dar estabilidade ao meio de campo da equipe, apesar de sair dele a maioria das jogadas ofensivas e ser o ponto forte do ataque com os tiros de longa distância. No intervalo, a conversa entre os atletas verenses foi ríspida. Afinal, não era seu capitão Pedro que dizia que seu time não tinha vindo ao campeonato a passeio? No Acidus, a ordem era manter o ritmo e continuar aproveitando o branco do time adversário e colocar os zagueiros para correr.
O segundo tempo foi de uma equipe desesperada em busca de gols contra outra tranqüila e ciente dos atalhos para se administrar uma larga vantagem. O esforço dos atletas do The Veras foi notável, é verdade. Diego foi obrigado a mostrar toda sua classe, fazendo uma seqüência de 3 ou 4 defesas monumentais. Chutes de Japa nos cantos e lá estava Diego para pegar com tranqüilidade. E, de tanto martelar, o Veras conseguiu seu golzinho. O mesmo Japa, arriscando de longe, contou com o desvio da zaga para diminuir o massacre: 5 x 2. O Acidus, então, deixou a indiferença de lado e resolveu matar de vez a partida, com mais dois gols. No sexto deles, Raphão pintou uma obra prima ao roubar na defesa, passar sem problemas por todo o time do Veras, inclusive o goleiro Benga, e tocar para o gol vazio. Na comemoração, agradeceu a reverência de toda a equipe, que do banco de reserva aplaudia sem parar o belíssimo gol. Philip deixou mais um e encerrou a goleada, que também lavou a alma do Acidus, que nunca tinha vencido o Veras em jogos oficiais.
Na saída de campo, visivelmente irritados, os jogadores da equipe derrotada deixaram claro que a atuação foi inadmissível: "Esse não é o The Veras. Individualmente, por incrível que pareça, até fomos bem. Mas coletivamente, que é o nosso forte, fomos um absoluto desastre", disse Pedro, para depois completar: "Jogar nesse campo grande é sempre muito bom. Exceto quando você enfrenta um time com o contra-ataque que o Acidus tem. Eles têm uns três Usain Bolts no time". E olha que nem Barata nem Isaac jogaram. Já o Acidus, feliz pela estreia de gala, deixou a melhor das impressões e mostra-se mais uma vez preparado para encarar um grupo difícil.
23/09/2009
68º Boletim Chuteira News
ACIDUS DERROTA EB EM JOGO DAS DEFESAS
Por Luiz Felipe Fernandes
Tudo estava pronto para mais um grande duelo do Chuteira de Ouro. Acidus e Equipe Bróder dariam início a mais um capítulo deste tradicional confronto. Os verdes-radioativos, liderados pela segurança defensiva de Lói e Diego Gallego, vinham embalados de uma boa vitória sobre o The Veras na rodada primeira, enquanto os alvirrubros de Lapa e do oportunista Mutssa vinham também de vitória, mas sobre o Estudiantes. Era jogo que valia a liderança isolada do grupo.
Observando os minutos iniciais, de cara veríamos a toada do restante da partida. Ambas equipes se utilizavam de uma marcação extremamente cerrada, não dando grandes espaços para os ataques adversários. Visto que a primeira chance de jogo foi de Juneca. O zagueirão da EB aproveitou passe errado de Robinho na linha de meio-campo e bateu cruzado do flanco direito. A bola, embora não muito forte, passou rente à trave de Diego.
Quando uma das esquadras conseguia furar o ferrolho adversário, havia, entretanto, um último empecilho: o goleiro. Isso foi comprovado primeiramente pelos Bróders de Mutssa. O camisa 2 conseguiu dominar frente ao gol na área verde e arrematou. Diego demonstrou bom reflexo e mandou para escanteio, realizando a primeira de muitas boas defesas na cancha. Já o Acidus de Phillip também teve problemas frente ao goleiro Léo. O célere P80 chegou com habilidade à linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro para Kirk, que chegava no meio da área para apenas escorar para as redes. Imediatamente, o arqueiro alvirrubro, atento, caiu rapidamente para interceptar a conclusão de Kirk no que era um gol certo.
Nesse período, pôde-se ver um Acidus ousando um pouco mais, enquanto a EB procurava um esquema mais compacto em seu campo defensivo, procurando agir como “franco-atirador” e atenta ao menor deslize de seus antagonistas. Viu-se isso em dois lances consecutivos de ataque, especificamente em bolas paradas. No primeiro, Gabriel Borges cobrou falta pelo flanco destro do campo. O meia/zagueiro/atacante da EB soltou o pé de canhota e a bola passou tirando tinta da meta ácida. Alguns instantes depois, Raphão cometeu falta mais dura em Lapa e o mesmo cobrou. Dessa vez, a paulada foi em direção ao gol, mas Gallego estava lá para fazer a defesa.
Alguns minutos foi o momento do Acidus partir para o ataque. Primeiro, Phillip saiu cara a cara com Léo, mas, apesar de ter conseguido fintá-lo, o atacante se atrapalhou com a bola e, no fim das contas, chutou em cima da zaga. Em seguida, Louiz recebeu bom lançamento de Barata e embalou belo calcanhar, que passou bem próximo à meta, num quase golaço da equipe ácida. Pouco depois, Lucas sofreu falta no meio de campo e Tabas e Jonas, ambos fora da partida por deficiência técnica, aproveitaram para ironizar o velho rival: “É o artigo 12 do regulamento, professor! No Lucas não tem falta!”
Com a etapa inicial chegando ao fim, houve mais algumas boas oportunidades. Pelo lado Bróder, Lapa mandou, frente à meta, no ângulo esquerdo de Diego, que realizou a defesa mais bonita no jogo. Em seguida o mesmo guarda-redes lançou para Richard de sua própria área com os pés e a bola viajou, viajou, viajou e.... triscou a trave da EB! Por último, Raphão cruzou da esquerda e Richard, cara a cara, cabeceou no segundo pau com o gol livre. Num gol que parecia certo, um último Bróder conseguiu salvar com o que Baru, espectador assíduo do confronto, definiu como “o pé de trás”. E final de um primeiro tempo em que a tônica foi um jogo das defesas se sobressaindo aos ataques.
A etapa derradeira continuaria na mesma toada, entretanto, teríamos emoções mais objetivas. Após um arremate de Louiz por cima da meta alvirrubra, Lapa embalou um belíssimo semi-voleio que passou com extremo perigo pela meta de Diego. Nisso, o insistente zero do placar extinguir-se-ia. Raphão tomou um amarelo após falta na intermediária. Logo depois, Robinho pegou boa rebatida pelo lado direito da área da Equipe Bróder e conseguiu mandar para o fundo das redes de Léo. O Acidus saía na frente.
Com o placar alterado, os ânimos do jogo se esquentariam em alguma escala. Os Bróders avançavam com maior insistência, principalmente com Gabriel Borges, que chutou bola de longa distância muito próxima ao gol de Diego. Na sequência, o Acidus mataria de uma vez por todas a cancha. Richard, em habilidosa jogada pelo flanco esquerdo, tocou rasteiro com categoria na saída do goleiro. 2 x 0 e o jogo se aproximava da reta final.
Os últimos instantes de jogo foram de sufoco para a equipe do Acidus, ainda mais depois de Robinho tomar amarelo após sofrer dura falta na ponta esquerda. Diego, o MVG da rodada, teve de mostrar a que veio, fazendo no mínimo, mais 4 defesas difíceis antes do trilar final do apito do professor. Fim de jogo, mais uma ótima vitória dos amarelos sobre os já fregueses rubros. Na próxima rodada, o Acidus enfrenta o Primatas, enquanto os bróders encaram o recuperado Joga 13, tentando a reabilitação.
30/09/2009
69º Boletim Chuteira News
DIEGO SALVA ACIDUS DE GOLEADA E GARANTE EMPATE CONTRA PRIMATAS
Por Luiz Felipe Fernandes
O confronto entre Primatas e Acidus tinha um ar de bipolaridade: enquanto os verdes-limão obtiveram dois triunfos em seus dois primeiros jogos, os alvos procuravam – embora alguns duvidem que isso venha a acontecer – seus primeiros três pontos na Série Ouro, uma vez que em seus embates primeiros a equipe empatou com Treinadores do Braz e perdeu para Bengalas.
Por esses e outros motivos, o burburinho criado em torno dessa partida apostava, essencialmente, que os macacais sofreriam um duro contratempo perante a equipe limeira. O que se viu realmente, no entanto, foi um confronto de fato equilibrado, no qual qualquer uma das esquadras poderiam ter saído com a vitória.
A necessidade de vitória era iminente para os Primatas. Em sua preleção, Gui Fenômeno era peremptório: “Está na hora de ganhar”. Já os ácidos, buscando o 100%, teria tal missão dificultada pelo grande número de desfalques na partida. Talvez por esses motivos veríamos que o começo do jogo seria extremamente concorrido, com chances de ambos os lados.
O apito trila e o primeiro lance de jogo é do Acidus. Logo na saída de bola, Ronei arriscou do meio-campo, mas viu seu arremate rasteiro passar ao lado da meta do goleiro Vitinho. A resposta dos primatas logo viria quando Rafinha cobrou lateral na canhota de Orley no campo de ataque, que, também, viu seu tento passar ao lado. A dupla dos brancos viria, novamente, a criar uma oportunidade alguns instantes depois. Em veloz contragolpe puxado por Tadeu, Rafinha abriu na direita para Orley chegar batendo da entrada da área. O magrelo atacante dos Primatas novamente erraria por pouco a meta de Diego Gallego, dessa vez arrematando por cima próximo ao ângulo direito.
O status da partida era de um Acidus tentando impor seu jogo tocando a bola com qualidade no campo de ataque, mas esbarrando em sua própria falta de inspiração e no esquema compacto dos símios. Alguns minutos antes do último chute de Orley, o ex-goleiro e agora marcador implacável Louiz dividiu no campo de ataque com Rafinha e levou uma cotovelada, talvez não vista pelo professor, que deixou o lance seguir normalmente.
Alguns instantes depois, a equipe corrosiva perdeu uma ótima chance de abrir o placar, quando Ronei, na entrada da área, recebeu bom passe e bateu para o gol na saída de Vitinho. A bola explodiu com força no travessão e foi recuperada pela defesa primatense. Logo em seguida, Tadeu errou passe no campo de defesa e deu de presente para Ricco que tabelou com Phillip e chutou cruzado de esquerda. P80 chegava para empurrar quando o mesmo Tadeu, que antes errara, conseguiu cortar de carrinho, salvando sua equipe.
Se o Acidus carimbou o travessão de Vitinho, os Primatas não deixaram barato e, com Nando soltando o pé de fora da área, explodiram o travessão de Galego, que voou alto mas não pôde alcançar a bola. O monkey camisa número 12, na sequência, da mesma região do campo, arriscou com o pé canhoto, mas a bola explodiu na cabeça de Tadeu e teve sua trajetória alterada para longe da meta dos verdes.
À medida que o tempo passava, o Primatas começava a criar mais volume de jogo no campo de ataque, principalmente porque o time arriscava de fora da área, ao contrário do Acidus, que queria entrar com bola e tudo no gol de Vitinho. Entretanto, a equipe alvejante teria um grande obstáculo pela frente: Diego. O goleiro acrimonioso faria, novamente, uma exibição impecável e seguraria as pontas perante o bombardeiro primata. Dando um exemplo, o lance em que o arqueiro caiu bem para fazer ótima defesa em chute de Rafinha, mandando para escanteio.
Antes do fim do primeiro tempo, Litho tomou o cartão azul por falta na lateral esquerda. Como foi a 8ª falta coletiva cometida pela equipe branca, tiro de 9 Metros. Ronei na cobrança, bola nas.... grades! O atacante acabou chutando muito forte e desperdiçou a grande chance de impedir que o 0 x 0 vigorasse no primeiro tempo – “Só perde quem tenta, não é?”, disse o jogador em entrevista no intervalo.
O panorama da derradeira metade não se alteraria muito: os elos-perdidos tentando sempre atacar, mas parando nas grandes defesas de Diego, enquanto os cítricos encontravam algumas dificuldades em adentrar o sistema defensivo de seus contendores, liderado por Kako, MVP do jogo com uma partida impecável. As oportunidades de gol se encetaram com Phillip arrancando pela esquerda e batendo cruzado com algum perigo e, do outro lado, com Gustavo recebendo livre, pela outra esquerda, e chutando muito forte, sendo, no entanto, interceptado por Lói.
Como quem não faz, leva, quem conseguiu após muito suor alterar o duplo zero do escore foram os sulfúricos: Richard, sempre no lugar certo e na hora certa, apareceu na área para apenas escorar para o fundo das redes. Muita vibração dos verdes que, a partir daí, passariam a se defender um pouco mais em busca de manter o 100%.
Nisso, mais defesas de Diego na sequência. A mais impressionante foi em uma ótima arrancada de Simões pela faixa central, na qual o arqueiro simplesmente buscou, com uma bela ponte, uma bola para muitos indefensável no seu ângulo esquerdo, que ainda bateu no travessão antes de sair. Minutos depois, o Primatas mantinha-se por mais tempo no ataque, visto os chutes de Nando, muito perto do gol, e de Moisés, no cantinho direito, para variar, defendido pelo goleiro 9-estrelas do Acidus.
Por outra ironia, os Primatas chegaram ao empate logo após Galego realizar outro grande milagre. O goalkeeper defendeu chute à queima-roupa de Rafinha com absoluto reflexo, contudo viu suas redes balançarem após Nando aparecer bem-posicionado no rebote. Tudo igual outra vez!
Os lances conseguintes do jogo seguiam a mesma toada de correria desenfreada, marcação cerrada e arremates agudos. Novo duelo entre Nando x Diego, dessa vez, o chute forte à meia-altura foi interceptado por uma célere ponte do arqueiro, que novamente salvava a pátria acidulante.
Esse cenário perseguiu a partida até seus derradeiros instantes, que não voltou a ter seu placar ampliado, congelando-se o 1 x 1. Nas entrevistas pós-jogo, o zagueirão Lói, em mais uma boa exibição, ressaltou a importância de Diego – “Para falar a verdade, não encaixamos boas jogadas nem jogamos rigorosamente nada, demos sorte porque o Diego estava em mais um dia extremamente inspirado, só isso!”. Já o autor do gol primata, Nando, ressaltou o crescimento da equipe. “Acho que jogamos bem, o goleiro dos caras é brincadeira! Mas estamos melhorando no campeonato, e vamos buscar a classificação.”
21/10/2009
71º Boletim Chuteira News
ACIDUS VENCE ESTUDIANTES EM JOGO MARCADO POR VOLTA DE CAIO
Time limão goleava por 5 x 0 quando Caio entrou e mudou o jogo. Não venceu, mas ajudou time a evitar vexame histórico
Por Renan Lamarck
O embate entre Acidus e Estudiantes de la Vila foi marcado por dois tempos completamente diferentes: um amplamente dominado pelo time limão, e o outro, uma etapa marcada por Caio e seu retorno aos gramados – o meia do Estudiantes, mesmo mancando por conta da séria lesão que teve no joelho esquerdo, entrou em campo e roubou a cena, fez seu time, que estava sendo praticamente humilhado em campo, assustar o Acidus.
Rolou a bola e passados os fracos minutos inicias, onde as duas equipes esperavam a outra tomar as ações ofensivas, o Acidus finalmente se mostrou superior. Aproveitando a ausência de um goleiro de ofício, o Acidus bsucava espaços para os chutes de fora da área. Após Vavá, ex-Diabos, sair jogando errado no campo de defesa e dar presente nos pés de Philip, o camisa 80 não teve dúvidas e estufou a rede adversária para inaugurar o marcador. Pouco depois o arqueiro Diego, a la Rogério Ceni, lançou com os pés a bola no peito de Robinho, que dominou e rolou para Kirk enfiar o dedão no travessão e rede e marcar o segundo gol do arrasador rolo kompressor ácido.
Do lado do Estudiantes Vitinho respondeu e quase diminuiu a desvantagem no placar ao cortar marcador e bater no canto esquerdo, rasteiro. O goleiro Diego voou e fui buscar a redonda. No entanto, quem marcou outra vez foi o Acidus. Em contra-ataque, Robinho dominou de esquerda e bateu de direita para anotar o terceiro gol de sua equipe. No minuto seguinte, Barata apareceu na entrada da área para fuzilar e fazer o quarto gol.
O Estudiantes, que contava com apenas um homem solitário no banco de reservas – o então apenas técnico Caio –, mal conseguia trabalhar as jogadas. De fato, não conseguia passar muito além do meio de campo, a não ser pelo voluntarismo que muitas vezes parecia desespero de Rafinha, Bahia e Vitinho. E assim o Acidus era muito superior, comandado dentro de campo pelo zagueirão Lói, o maior rival do Roleta estava com a vitória encaminhada. A essa altura só restava saber de quanto seria a goleada. Outra vez Robinho roubou a bola no campo de ataque, dessa vez Gago deu bobeira e o atacante ficou com a redonda, avançou, ficou frente a frente com o arqueiro improvisado, deu um chute no ar, no melhor estilo “mago” Valdívia, e tocou para o fundo do gol.
Perdendo de muito ainda na primeira etapa o Estudiantes ensaiou uma “pressãozinha” para cima do rival, tentando diminuir a diferença de gols no placar. Rafinha bateu cruzado e o arqueiro Diego pegou. Pouco depois, o mesmo camisa 6 do time de la Vila desviou a redonda dentro da área. Dessa vez Diegão defendeu com os pés. Nos final do jogo o manager do Acidus, Lucas recebeu um presente de Kirk na direita do ataque e bateu cruzado, quase dividindo com Vavá, mas a bola saiu longe da meta rubro branca.
Na segunda metade de confronto o Estudiantes voltou um pouco mais animado do que terminara o tempo inicial, o inverso do que pareceu ser o Acidus, que para de jogar quando o jogo fica fácil. Contudo, quem assustou primeiro foi o Acidus. Robinho lançou Lucas na ponta direita que, com um bonito toque de calcanhar, deixou Louiz na cara do gol. No entanto, na hora de estufar as redes, o canhoto volante não pegou bem na redonda e chutou para fora. Na seqüência, o Estudiantes finalmente descontou, em ataque rápido Bahia diminuiu para 5 x 1.
Meio sem graça caminhava o segundo tempo. Ambos os times já sabiam quem deixaria a quadra vitorioso, porém o Acidus visivelmente dava uma relaxada. E assim outra vez Bahia, forte como um touro e cheio de vontade, apareceu para marcar. Ele ganhou de Louiz no corpo, girou e chutou sem chances para Diego, fazendo assim o segundo gol de sua equipe e reacendo o time para o páreo.
Nesse momento Caio veio a campo, depois de estar sem jogar desde a final da sexta edição do Chuteira de Ouro, em dezembro do ano passado. Pisando ainda sem confiança, algumas vezes fazendo expressão de dor, Caio mudou a cara do confronto. Mostrando que não esqueceu nada de seu bom futebol, roubou a bola na esquerda, foi até a linha de fundo e cruzou para Rafinha. O zagueirão bem que tentou desviar para o gol, mas a pelota ficou tranqüila nas mãos de Diego.
Outra vez Caio apareceu, agora ele cobrou falta na ponta direita, para trás, nos pés de Bahia, que mandou a bola para o fundo do gol. O Estudiantes descontava mais uma vez e colocava pressão para cima do Acidus. Caio seguia impossível e nessa altura da partida o Estudiantes transformava a humilhação sofrida na primeira etapa em motivo de preocupação para o Acidus – sem dúvida que não daria tempo do Estudiantes virar o jogo, pois o verde-limão era melhor em campo, mas o Estudiantes deixaria a quadra de cabeça em pé. Pelo lado esquerdo Caio ensaiou um elástico para cima do marcador, driblou e chutou cruzado. Embaixo do gol, Gago apareceu e estufou as redes quase de barriga.
No lance Caio sentiu a coxa e saiu de campo mancando, mas com seu dever cumprido. Em campo, ele ajudou seu time a marcar três gols e evitar um vexame maior. Logo que saiu o Acidus voltou a comandar a partida. E, Assim, sem mais nenhum susto e com gol de Philip de primeira após escanteio, garantiu a vitória por 6 x 4 e três importantíssimos pontos mirando as finais da competição.
01/11/2009
72º Boletim Chuteira News
BENGALAS DERROTA ACIDUS EM MAIS UM JOGO POLÊMICO
Duelo entre melhor ataque contra melhor defesa acaba com vitória do primeiro e prova de que a melhor defesa é o ataque
Por Luiz Felipe Fernandes
A expectativa em torno do mais novo episódio do duelo entre Acidus e Bengalas era gigantesca. De um lado, os corrosivos esverdeados de Diego e Lói, que ostentavam a melhor defesa do campeonato (7 gols em 4 jogos). Do outro, os amarelados de Ritolê e Luisinho mantendo com dignidade a tradição ofensiva da equipe, marcando 28 gols em 5 rodadas.
O confronto, também, era um duelo entre esquadras invictas lutando pelos lugares cimeiros da tabela de classificação. O Bengalas, com 4 vitórias e 1 empate, sustentava com firmeza a liderança do Grupo B, enquanto o Acidus, com um jogo a menos, 3 vitórias e 1 empate, ocupava a terceira posição.
O sinal maior de que a velha rivalidade ainda estava acesa veio logo nos primeiros minutos de jogo, quando Ritolê invadiu a área ácida com velocidade e foi bloqueado por Lói e Raphão, sendo assim, assinalada a penalidade máxima. Na cobrança, o atual MVP foi apedrejado por um revés do destino, ao desperdiçar a cobrança, batendo-a alta no poste.
Mais tarde, o esgaivotado centroavante bengalista chegaria pela esquerda, cara a cara com o paredão Diego, e perderia outra chance, sendo interceptado pelo goleiro acrimonioso. No terceiro símile entre as duas estrelas, o Ri da família Toledo se sairia melhor, recebendo belo passe de Luiz Eric pelo flanco esquerdo para apenas escorar para o fundo das redes. Bengalas 1 x 0.
Diego não queria deixar barato o contratempo que sofrera, indo à entrada da área cobrar falta perigosa em favor de sua equipe. O fortíssimo arremate do arqueiro passou zunindo contra a trave esquerda de Baki, que apenas fez o famigerado “golpe de vista” para tentar evitar o empate.
Assim como o goleiro verde-lima-da-pérsia, o camisa 9 do amarelo-maracujá também não havia sossegado. O striker chutou de dentro da área após limpar a zaga e forçou nova boa defesa de DG, que, para completar o pingue-pongue, arriscou outra cobrança de falta, mas mandou na barreira.
Minutos mais tarde, a entrada de Richard mudaria o fadário do esquadrão acerbo. O camisa 15, que em outras oportunidades decidiu a partida em favor da equipe, não só viria a empatar a cancha, como viraria a mesma num curto espaço de tempo. Primeiramente, em tabelinha estrangeira, Richard recebeu de Phillip e tocou com habilidade na saída do goleiro Baki. Pouquíssimo tempo depois, o jogador mandou no ângulo um potente petardo da entrada da área, marcando um verdadeiro golaço em favor dos verdolengos.
O jubileu do Acidus, todavia, não perduraria por muito mais tempo. A igualdade dos solares viria poucos instantes depois quando Luiz Eric, Ritolê e Luisinho fizeram belíssima triangulação. O primeiro lançou o segundo na ponta esquerda, que cruzou na medida para o terceiro e último apenas escorar com um chute saltado.
A partir de então, o clima, já esquentado, da partida tornar-se-ia, então, vulcânico. Primeiramente, cartão amarelo para Vini Costa. Na seqüência, qualquer lance – errôneo ou não – tornava-se motivo para muita reclamação de ambos os lados, visto que os managers falastrões Bizu – de fora por lesão na mão – e Lucas – não uniformizado e só como técnico na ocasião – disputavam quem urrava mais com os professores da partida.
Tangente aos impropérios, o Bengalas veio a exceder, minutos depois, seu número limite de faltas por tempo jogado. Resultado: tiro de 9 metros para o Acidus. Após muitos minutos de protestos e acusações, como não podia deixar de ser quando se trata de Bengalas contra Acidus, Diego chamou a responsabilidade para si e, cobrando muito bem, colocou os gástricos em vantagem novamente.
Quem pensava que a peleja abrandar-se-ia, enganou-se redondamente. Não muito tempo depois, Barata recebeu da entrada da área e chutou muito bem no alto do goleiro. Acidus 4 x 2 Bengalas e fim de um primeiro tempo à altura de grande jogo da Série Ouro.
Os 25 minutos derradeiros, por incrível que pareça, alcançariam o feito de serem melhores que seus gemini iniciais. Logo de cara, o Bengalas diminuiria a desvantagem com mais um gol do Anton Chigurh¹ do Chuteira de Ouro, Ritolê. O matador implacável aproveitou cochilo da defesa do Acidus em escanteio e entrou cabeceando no segundo pau nas costas da zaga. A bola ainda tocou caprichosamente na trave antes de morrer no fundo das redes.
Os momentos conseguintes seriam de muita intensidade. Primeiramente, Careca costurou pela zaga e, cara a cara, foi bloqueado no momento exato em que ia arrematar para o gol de Baki. Na seqüência, bonita cabeçada de Luisinho à queima-roupa para nova defesa do arqueiro ácido.
Instantes depois, começaria o festival de cartões, muito próprio desse duelo. Careca tomou o amarelo em enrosco dele na lateral com um bengalano. Falta boba que o árbitro amarelou para nitidamente contentar e acalmar o Bengalas. Não tardaria a Salvador, do banco, reclamar e xingar e tomar o cartão vermelho. Antes que Luisinho desse uma pancada violenta por trás em Ronei, quando este puxava contra-ataque, e tomasse só o cartão amarelo, Richard fez seu hat-trick na partida ao girar na área e mandar quase no ângulo. Acidus 5 x 3, e tudo estava apenas começando.
Com o jogo se tornando muito faltoso, beirando o violento, o Bengalas começaria aí sua espetacular reação. Vini acertou chute de fora da área pelo flanco esquerdo, marcando um bonito gol. Fez e o gol e saiu falando “Chupa”. Lucas pedia cartão insistentemente para o camisa 20 dos Walkings, mas a juizada deixou quieto mais uma vez. Aliás, a partir desse momento, o manager dos fluorescentes bateria o recorde mundial de falar o seu famoso bordão – “Cadê o cartão, juiz?!” – por minuto. Em vão, porque cartão viria mesmo para o Acidus, e para Richard, por reclamar de uma falta anotada que não achou que tivesse sido.
Os pedidos pertinazes do manager dos cítricos, apesar de exagerados, não eram absolutamente injustos, uma vez que a todo momento observavam-se entradas mais duras e reações intempestivas – de dentro e fora de campo. A tônica era pressão nos árbitros. A detonação da partida poderia ser iminente. Visto que, nesse quadro, Ritolê empataria o cotejo com verdadeiro golaço, batendo na veia cruzado da direita, sem chances para Diego. Tudo igual!
O ritmo pressuroso da partida não reduziu sua marcha em nenhum momento. Diego continuava fazendo boas intervenções, como em chute rasteiro de Luisinho, defendido com reflexo. Na cobrança do escanteio, Luiz Eric embalou um belíssimo voleio de direita, que passou por cima da meta ácida.
Minutos mais tarde, viria a virada. Richard desperdiçou bela chance, recebendo passe na área e chutando no canto para linda defesa de Baki, que rapidamente saiu jogando. No contragolpe, Ritolê, endiabrado, disparou à quinta marcha e tocou para Luisinho apenas completar. Não satisfeito, o camisa 14 ainda marcou o sétimo da equipe que ajuda idosos a se locomover. Em lance incomum, o atacante bateu falta rasteira sem grande força, que Diego, encoberto, aceitou, fazendo a bola entrar rasteira em seu canto esquerdo.
Tentando reagir, os ácidos foram para o tudo ou nada. Ronei acertou um canhão de fora da área, que obrigou Baki a se esticar inteiro para fazer belíssima defesa. No lance seguinte, após o arqueiro do Acidus ir até o meio de campo e perder a posse, a mefistofélica parceria Luisinho-Ritolê entrou em ação novamente. Dessa vez, após célere tabelinha, o camisa 14 passou por Lói e bateu para o gol, Diego conseguiu se recuperar e interceptou a bola, que rolou calmamente até a trave esquerda, para finalização de Ritolê.
O momento triste da partida ficou quando, após o gol, Lói desabou sentindo muita dor em sua perna, e teve de ser carregado para fora de campo, lesionado. No lance com Luisinho, ele salvou o gol e na hora do choque com o jogador adversário, acabou torcendo o pé. O fantasma da contusão no tornozelo logo veio, mas não foi nada além da pancada. Com os últimos grãos de areia da ampulheta se esvaindo, a equipe plutônica ainda tentou diminuir, com mais um chute de Ronei, que avançou em velocidade. Baki, bem posicionado, novamente fez a defesa. E fim de jogo! Nova vitória do Bengalas sobre o Acidus, aumentando o tabu para 4 x 1 nos confrontos.
12/11/2009
73º Boletim Chuteira News
ACIDUS MANTÉM INVENCIBILIDADE CONTRA FÚRIA
Mesmo com placar apertado, time cítrico derrota Fúria pela 3ª vez no Chuteira e mantém freguesia, mas desta vez o placar foi bem apertado
Por Luiz Felipe Fernandes
O duelo entre Acidus e Fúria era cercado de expectativas distintas. De um lado, os acres verdosos de Lói e cia., com 10 pontos ganhos e um terceiro lugar consolidado, buscavam apenas se firmar nos lugares cimeiros do arranjo classificatório. No outro corner do ringue, um desesperado Fúria, com apenas 1 ponto ganho e segurando a lanterninha do Grupo B, precisava do resultado para não entrar em uma situação “fluminensística” na competição.
Nesse contexto, a peleja começou a todo o vapor, com ambas as esquadras jogando em velocidade e marcando forte nos seus respectivos campos defensivos. Após alguns minutos burocráticos, sem chances claras de gol, a partida começou a ganhar emoção quando Fagner arrematou no alto do canto direito de Diego, que executou uma bela ponte para fazer a primeira de muitas boas defesas.
No lance seguinte, todavia, os enraivecidos não perdoaram e abriram a contagem com André, que recebeu na área e, usando a canhota, tocou com habilidade na saída do arqueiro ácido. Minutos depois, a alacridade dos rubro negros seria prontamente cessada. Ronei mostraria que estava em tarde inspirada e faria o primeiro grande lance de seu showdown. O camisa 22 acrimonioso arrancou pelo flanco esquerdo em velocidade e bateu cruzado à meta de Fábio, que se viu obrigado a espalmar para o meio da área. Nisso, Phillip, oportunista, apenas escorou para o gol desamparado. Tudo igual!
O gol de empate deu novo gás aos esmeraldinos, que, em poucos minutos, embalaram duas ótimas oportunidades de virar a cancha. Primeiramente, P80 quase marcou o segundo dele com um chute preciso no cantinho direito que o goleiro teve de se esticar inteiro para fazer bela defesa. Instantes mais tarde, Ricco dominou pela faixa central, costurou de forma técnica para o lado esquerdo e, at last, soltou a bomba da entrada da área, para mais uma esplêndida defesa do goleirão dos estressados.
O Atlético-PR do Chuteira de Ouro, por outro lado, também não estava morto no cotejo. Tanto que – logo depois de Fagner mandar bomba rasteira que fez Diego, com reflexo, espalmar para escanteio – a equipe listrada se pôs novamente em vantagem. Thiago Motta resolveu dar as caras e, sempre artilheiro, marcou o segundo do Fúria. Entretanto, da mesma forma que os enfurecidos novamente ficaram à frente do marcador, o Acidus novamente com Phillip empatou com rapidez. Contudo, este segundo gol do atacante com voz idêntica à do ator americano Joe Pesci foi infinitamente mais bonito que o primeiro. Dessa vez, o camisa 80 dos acerbos dominou na entrada da área, costurou pelo meio, deixou dois zagueiros adversários na saudade, fintando-os e, finalmente, bateu rasteiro com categoria, sem chances para o guarda-redes.
Se na primeira igualdade, o Acidus se empolgou, dessa vez o empate parece ter sido um Redbull para os irritadiços, que passaram a voar no gramado e jogaram melhor os minutos finais da primeira etapa e colocaram Diego para trabalhar. A pressão se inicia com Thiago Motta, que embalou lindo voleio dentro da área ácida e fez Diego se esticar inteiro para fazer linda defesa. Depois, o provisório – embora provável – MVG do campeonato defendeu com os pés uma pancada de esquerda de Lucas Silva. Finalizando, Luis Gabriel arrancou pelo flanco destro e bateu cruzado rasteiro, forçando a terceira e última grande defesa de Gallego na primeira etapa, com a ponta dos dedos. Antes que o professor pensasse em trilar seu apito para encerrar a metade de jogo, Ronei ainda acertou a trave furiosa, em cobrança de falta com efeito pelo lado esquerdo. Porém, o intervalo chegou e o escore acusava 2 x 2.
Assim como seu gemini anterior, a metade derradeira começou a todo o vapor. Mesmo sendo o Fúria que começou levando perigo, com um chute de esquerda de Thiago Motta, foram os ácidos – em ritmo do seu componente lisérgico – que mostraram a que vieram. Era o momento de Ronei transformar sua inspiração em gol. Primeiramente, fazendo o que parecia impossível: marcar um gol mais bonito que o anterior de Phillip. Pois bem, o camisa 22 recebeu bom passe no meio campo, arrancou à quinta marcha e deixou irritados dois jogadores do Fúria – sem trocadilhos – que ficaram comendo poeira, tudo isso antes de bater rasteiro para o gol, no meio das canetas de Fábio. Uma verdadeira pintura!
E Ronei não parou por aí, poucos instantes depois, o atacante, endiabrado, fez também o quarto. Desta vez em jogada confusa na área, um verdadeiro bate-rebate. Na ânsia de afastar a pelota, a zaga furiana rebateu para a lateral, porém, encontrou no meio do caminho – adivinha quem? – Ronei. A bola bateu com força nele e foi morrer no canto oposto do goleiro, balançando as redes no quarto gol ácido. Acidus 4 x 2 e tempo técnico requisitado.
No retorno, pode-se ver rapidamente o cenário que perduraria até os minutos extremos do duelo: um Fúria, agressivo – sem trocadilhos, acreditem – buscando a reação imediata, enquanto o Acidus segurava as pontas na defesa, com Lói, Marquinhos e Louiz em constante batalha contra seus antagonistas e o desgaste provocado pelo sol escaldante do verão paulistano.
Logo de cara, o capitão Luis Gabriel tomou muita distância em cobrança de falta, que explodiu na barreira e voltou para ele mesmo, que, agora de canhota, arrematou muito próximo do ângulo esquerdo de Diego, que fez golpe de vista enquanto a bola zunia rente à sua meta. Os verdoengos não deixaram barato e revidaram com Ricco, que, após lindo passe de Phillip, tocou na saída do goleiro e por pouco não marcou o quinto, uma vez que a redonda passara ao lado da baliza furiosa. Minutos depois, André deu uma verdadeira bicuda da entrada da área, fazendo Diego cair para defender. A bola ainda ficou viva na área, mas Lói se prontificou rapidamente a afastá-la.
O tempo passava e o bang-bang de oportunidades permanecia. A dupla dinâmica dos acidulantes, P80 e R22, atormentavam constantemente a defesa dos coléricos, como em lance em que tabelaram, com direito a calcanhar de Phillip, e Ronei bateu com muito perigo ao lado da meta. Já o Fúria chegava como podia, com seu capitão indo jogar de pivô. Em cobrança de escanteio, ele subiu mais que todo mundo e ativou o sentido-aranha de Diego mais uma vez, que pulou para espalmar a bola, fazendo outra fundamental intervenção.
Foi preciso muita insistência para o Fúria descontar o placar adverso. Antes de fazer o terceiro gol, o Fúria chegara com perigo duas outras vezes. Lucas soltou um petardo de fora da área mirando o prêmio de 1 milhão de reais do “Gol-Show”, mas a bola passou apenas rente à meta. Em seguida, Thiago Motta avançou pelo meio e bateu, dessa vez sem grandes dificuldades para Diego defender.
Finalmente, poucos minutos antes do final da partida, Carlão mandou o canudo do meio da rua. A bola saiu prensado com Marquinhos, mas encontrou Lucas no meio do caminho e foi morrer no gol do Acidus. O goleiro Diego ainda fez grande defesa ao saltar nela, mas ao puxar a bola ela já estava dentro do gol e lá permaneceu. Mas o tempo era escasso e o Acidus segurou até o apito final, poucos minutos depois. Fim de papo, Acidus 4 x 3 Fúria.
Na próxima rodada, os cítricos cumprem tabela contra um Joga 13 que precisa vencer para se manter entre os classificados. Já os cada vez mais furiosos, têm missão dificílima versus a Equipe Bróder, que, embora já esteja classificada, é segunda colocada e faz brilhante campanha.
20/11/2009
74º Boletim Chuteira News
ACIDUS DÁ VERDADEIRO PASSEIO EM JOGA 13
Goleada complica 13, que depende de combinação de resultados para se classificar – ou mesmo descer para a Série Prata
Sendo o último jogo do Joga 13 nessa fase de classificação, a equipe preta e amarela precisava da vitória para garantir classificação. Porém, do outro lado do campo havia o Acidus, que se especializou em derrotar o 13 neste ano. Para azar da turma mais desanimada do Chuteira, o Acidus atropelou o 13 e só não goleou por mais de 10 gols porque Robinho, em tarde de muita fome e vontade, queria fazer seu gol e não tocava aos companheiros.
O jogo começou com pressão do Acidus no ataque, que jogava sem Philip e Raphão. Robinho e Richard faziam a marcação na frente, deixando Ronei e Barata trabalhando pelo meio. O 13 vinha sem Felipe e Alemão, para variar, e coube a Daniel e Calado, além do sempre voluntarioso Choco, carregar a bola. O problema do 13, como já diagnosticado há tempos, é que não tem para quem entregar a redonda lá na frente. Sem Lele, o time carece de um matador e de uma referência com quem jogar. Resultado: a zaga acidiana tirava todas as bolas.
Só não tirou uma aos 5 minutos, quando após Marquinhos e Robinho baterem cabeça, a bola sobrou para Daniel chutar meio de bico, rasteira, nem tão forte. A bola foi no canto do goleiro Louiz, que começou no gol diante da ausência temporária de Diego e teve sua visão encoberta pela própria zaga. O Joga 13 saía na frente.
Porém, o gol nada mais fez que instigar o Acidus ao ataque. E a partir dali foi um bombardeio contra Guma e Rodrigo, que tiveram trabalho redobrado. Antes de Diego assumir seu posto, Richard cabeceou com categoria cobrança de escanteio e empatou a peleja.
O 13 ainda tentava com Choco e Calado, ora pelo meio ora pelas pontas, mas Lói, Marquinhos e Louiz vinham em jornada impecável. Não passava nada pelo trio de muralha que não fez o time sentir saudades de Raphão até o momento. Em chute da ponta direita, Diego fez sua primeira grande defesa na partida. Logo em seguida, Daniel saiu livre na cara do gol e tocou rasteiro no canto. Eis que o gato Diego, a la Rodolfo Rodriguez (esta só veteranos do Chuteira vão lembrar), pula com agilidade e desvia de leve a bola, o suficiente para desviá-la da direção do gol e salvar o Acidus. Foi a última grande defesa do até agora MVG do torneio na partida.
A defesa acima de Diego gerou contra-ataque puxado por Ronei. O jogador avançou pela lateral, cortou para o meio e mandou um dedaço contra a meta de Caieiras para decretar a virada no placar. Só dava Acidus e, já no final da primeira etapa, Ronei carimbou a zaga e a bola subiu. Barata poucos passos da ponta esquerda da área, pegou de primeira e mandou no canto de Caieiras, que nem precisou se mexer para ver a redonda estufar as redes e sair do gol. Era 3 x 1 para o Acidus e desespero no Joga 13.
As últimas cartadas do 13 foram jogadas nos primeiros 5 minutos da etapa derradeira. Houve pressão e algumas tentativas de invadir a área cítrica, mas o trabalho em conjunto da dupla L-L (Lói e Louiz) estava mesmo impecável. Entretanto, sobre a linha Calado mandou para as redes cruzamento da direita. Foi o último suspiro do 13, pois no lance seguinte Louiz tomou a bola de Calado com um chapéu e tomou a botinada sem bola. Dali ele só viu o cartão vermelho ser empunhado pelo juizão, colocando-o para fora e acabando com qualquer chance do 13 de vitória. O que já era difícil ficou impossível.
A partir daí o Acidus deitou e rolou, vivendo o 13 de chutes tortos de um Doce jogando no sacrifício e jogadas individuais de pouca efetividade de Choco. No contra-ataque, o Acidus criou mais de uma dúzia de chances que facilmente podiam ser convertidas se não fossem o fomismo de Robinho e a afobação de Louiz em marcar o primeiro gol com a camisa amarelo limão. Porém, mesmo assim, Ricco deixou o dele duas vezes e tirou a zica ao só empurrar para as redes pelo lado direito bolas vindas da esquerda, onde Robinho deslizava com folga. Muitas vezes eram 3 amarelinhos cítricos contra 2 de branco. Muitas vezes Robinho tentou o seu e Caieiras defendeu. Aí foi a vez do goleiro do 13 aparecer e impedir maiores número no placar. Em cobrança de falta, Ricco mandou no ângulo e o pequeno goleirão foi buscar e espalmou para fora.
Choco era valente, assim como Daniel, mas o desespero fazia-os trilhar caminhos individuais, facilitando o trabalho dos defensores acidianos. E assim o Acidus fechou a conta em 6 x 2, tendo mais um gol de Richard para encerrar a conta e deixar o Joga 13 na torcida pelo próprio Acidus na rodada final. Afinal, na 6ª posição, o time de Lele, que estava do lado de fora sofrendo com o massacre que seu time sofria, precisa que Treinadores perca para ainda sonhar com a classificação. Ah, e também que Fúria e Veras não vença bem seus adversários. Ainda há esperança, sim, mas o próprio Lele resumiu bem ao fim do jogo o que foi o 13 na competição: “Não merecemos classificar jogando o que jogamos até agora”.
25/11/2009
75º Boletim Chuteira News
ACIDUS SE SUPERA E DERROTA TREINADORES
Precisando vencer para garantir a 2ª posição, Acidus contou com habilidade e velocidade de Ronei para deixar Treinadores de fora do mata-mata
Por Renan Lamarck
Se por um lado o Acidus lutava para garantir uma das duas vagas diretas nas quartas-de-final do Chuteira, o Treinadores do Braz lutava pela última vaga no mata mata, precisando apenas de um empate. Em caso de derrota, porém, a luta era contra o rebaixamento à Série Prata. O jogo prometia, assim, muita luta. E de fato foi, mesmo a contar os excessos de desfalques de ambos os lados, que fez com que o Acidus jogasse sem reservas, e o Treinadores, com um de seus goleiros – Criança – na linha.
Logo no começo, após Lucas P. tentar um chute cruzado pela direita defendido por João mas não aproveitado no rebote por Ricco, no que foi o primeiro chute a gol da partida, Philip abriu o placar para o verde-limão ao cortar pelo meio e tocar rasteiro no canto, sem chances ao bom João.
Após abrir o placar de forma tão fulminante, o Acidus recuou, chamando o Treinadores para seu campo. De longe Juba arriscou de pé direito, mas o goleiro Louiz, substituindo o faltoso Diego, espalmou para fora. Pouco depois foi a vez de Índio ganhar da marcação com o corpo e bater cruzado, dessa vez contando também com a sorte o Acidus viu a bola tocar na trave, Louiz desviar de leve e redonda sair pela linha de fundo.
Nos minutos que seguiram o verde limão da Barra Funda foi melhor. Ronei acertou a trave com uma pancada, pouco depois Philip chutou do meio e obrigou grande defesa do arqueiro João. Enquanto isso, o Treinadores do Braz tentava chegar com o Grilo e o bom Juba, mas os arremates não levavam reais ameaçus ao gol adversário. Contudo, ainda na primeira etapa a sempre presente raça de Índio valeu aos treinadores o gol de empate, o fechar dos 25 minutos. Após cruzamento feito por Juba pela direita do ataque, Louiz escorou, mas não o suficiente para tirar de Índio, que empurrou para o fundo do gol. Muita vibração e o empate. O Treinadores garantia a vaga com o resultado.
Como no inicio do confronto, assim que começou a etapa complementar o lance de maior perigo foi dele, Lucas, o camisa 9 do Acidus, em ótima apresentação, tanto na defesa quanto no ataque. Ele recebeu na direita, protegeu, girou sobre Criança e bateu forte de pé direito. A bola ia entre o goleiro e a trave, mas João mandou para escanteio. Mesmo assim a torcida vibrou com Lucas. Pouco depois Ronei, que viria a ser o nome da partida, avançou da direita para o meio, entrou na área e com categoria marcou o segundo gol de sua equipe.
Parece que o gol sofrido abalou o time do Braz, pois na sequência Ronei se lançou ao ataque pela esquerda como um tufão e, com um toque de craque, mandou por cima do arqueiro e anotou 3 x 1 em menos de 10 minutos. A festa dessa vez foi da galera do Fúria, que torcia pelo Acidus para tentar escapar da Prata e até mesmo se classificar.
Na tentativa de um último suspiro, e de se livrar de vez do fantasma do rebaixamento, o Treinadores acordou em campo e empataram a partida e partiu com tudo ao ataque. De baixo das traves, Eduardo Grilo empurrou a pelota para o fundo do gol após boa jogada pela lateral do campo. O gol acendeu o time do Braz, que empatou pouco tempo depois com Gabriel, em bola chutada de fora da área que desviou na barriga de Lói e enganou Louiz.
O empate era do Treinadores, mas o Acidus queria a 2ª posição e só a vitória interessaria para isso. Ronei levava perigo com suas arrancadas em alta velocidade, como a que saiu na cara de João e este defendeu com os pés. A preocupação do Treinadores era com o número 22, o que se ouvia claramente a todo momento na defesa do Braz. Nessa, quem resolveu brilhar foi Ricco. O camisa 20 pegou no meio de campo e viu o goleiro João adiantado. Ele pouco pensou para dar um toque do meio de campo que foi morrer no ângulo, fazendo um golaço e deixando o Acidus na frente novamente. Na comemoração, muita vibração com a galera do lado de fora e a dedicação do gol a Peruca, o astro mor profético do Treinadores, que do lado de fora, suspenso, apenas torcia pelo seu time.
O gol abriu de vez a defesa do Treinadores, e Juba já era atacante. Bem postado na defesa, o Acidus conseguiu segurar o ímpeto adversário. Quando não conseguia, mas conclusões iam para fora – como ao menos três feitas por Juba. E assim, pouco depois, Ronei matou o jogo. Ele recebeu de frente para o arqueiro, esperou a definição do camisa 20 do Treinadores e tocou para as redes. Acidus 5 x 3, festa momentânea do Fúria, que teria na sequência de fazer sua parte e viria o Treinadores, da condição de derrotado, ir para o lado de fora torcer e vibrar com o Estudiantes.
O Acidus garantia a vice-liderança, tendo perdido para o Bengalas no saldo de gols. Ambos folgam dia 28 e voltam a jogar apenas dia 5 de dezembro. Já o Treinadores, com a derrota, estava eliminado e contou com o Estudiantes para evitar o rebaixamento, que ficou mesmo com o Fúria, como podem ver na matéria abaixo da abaixo.
09/12/2009
77º Boletim Chuteira News
NOS PÊNALTIS, A MURALHA ACIDIANA ELIMINA AROUCA
Após empate, Diego pega 3 pênaltis e coloca Acidus nas semifinais
Por Renan Lamarck
Com um enredo parecido com o de EB x Fiorella, Acidus e Arouca se enfrentaram em outro jogo de quartas de final. Domínio de um lado, empolgação de outro, mais um embate decidido na cobrança de penalidades.
Assim que começou a partida tudo dava a crer que o Acidus partiria para cima do Arouca – aliás, o verde limão contava com uma torcida barulhenta, que soltou até fogos quando o time entrou em campo. Philip driblou pela esquerda e foi derrubado dentro da área. O Acidus protestou um pênalti, mas o árbitro mandou seguir. Do outro lado, depois do Arouca também pedir pênalti, escanteio cobrado para Veloz, que, de dentro da área, chuta para Diego, com os pés, fazer incrível defesa.
Estilo Kaká, meia da seleção brasileira, Marquinhos dominou a bola, olhou para um lado, para o outro, e partiu para cima da defesa adversária. Quando avistou uma falha na marcação, chutou de canhota, quase da linha lateral, um chute nem tão forte, mas muito bem colocado. Diego até pulou no canto esquerdo, as a bola morreu na lateral da rede do gol acidiano. O Arouca começava bem, 1 x 0.
Desde o início o confronto era isso, o Arouca tocando bem a bola, enquanto o Acidus jogava mais com garra do que com toque de bola e técnica. Sem dar tempo para o rival comemorar o primeiro gol, Ronei interceptou saída de bola de Maurício, cortou para o meio e encheu o pé para empatar.
Parecia que fazer um gol logo em seguida a ter sofrido o primeiro mudaria a história para o Acidus, mas o meio de campo do time estava uma mãe. Pela lateral esquerda de novo, jogada saiu e cruzamento perfeito para Caio Martins, que matou no peito após Kirk falhar ao tentar tirar de cabeça e mandou bonito para as redes, por baixo de Diego. O Arouca jogava o balde no Acidus novamente.
No final da primeira etapa a coisa começou a esquentar, algumas divididas mais duras prometiam um segundo tempo de fortes emoções, e de até possíveis expulsões. De um lado, Rico e Barata eram a cara do time que lutava muito mas pouco produzia de efetivo diante de poucas jogadas coletivas, do outro, a frieza e inteligência de Marquinhos mostravam com o Arouca dominava a confronto mantendo a bola sob seus pés o máximo de tempo que podia.
De início empolgado no segundo tempo, o Acidus viu o Arouca tocar a bola de pé em pé ao som de olé – de sua comportada torcida –, até a redonda chegar em Marquinhos de frente para o gol. Um tapa de primeira e a bola beijou a trave de Diego. Do outro lado, o Acidus também tentava, mas era sempre parado por faltas quando a defesa era deixada para trás. Richard girou e estava quase dentro da área sem marcação quando sofreu dura falta de França. Só amarelo para ele, mas, na cobrança, Ricco bateu forte. O arqueiro só olhou a bola morrer no fundo do gol do Arouca. Loucura na comemoração, o Acidus igualava em 2 x 2.
Na sequência, os dois times deram uma acalmada, pois sofrer um gol a essa altura poderia ser fatal. Pelo Arouca Marquinhos, o nome do time no confronto, ainda teve boas chances para dar a vaga para sua equipe. Do meio da rua o meia arriscou, mas a pelota passou com perigo perto do gol. Pouco depois, o bom jogador furou uma bola dentro da área. Acontece de tudo em jogo decisivo.
Buscando a virada heróica, o Acidus passou a pressionar o Arouca e a criar chances. Teve uma grande oportunidade com Richard, mas, em tarde pouquíssimo inspirada, o atacante perdeu o tempo de bola e facilitou a vida de Maurício. Marquinhos, o do Acidus, o melhor em campo, com inteligência se antecipou ao adversário e roubou a bola no meio, abriu a redonda com Kirk na esquerda, mas quando esperava o passe de volta viu seu companheiro chutar muito mal, longe do gol.
Antes do apito final do tempo regulamentar Ricco teve em outra cobrança de falta – com novo cartão para o Arouca, desta vez o azul para Caio – a chance de garantir o Acidus na semifinal. Mais uma vez ele cobrou bem, no entanto dessa vez a bola triscou no travessão de Maurício. Era a hora da prorrogação, e o primeiro a marcar seria o vencedor do confronto.
O nervosismo era evidente, nos dez minutos de prorrogação o Acidus foi melhor e teve chances com Philip, Barata e Ronei. Os dois primeiros perderam gols incríveis, que não costumam perder. Na outra, Ronei acertou a trave do Arouca. Do outro lado, o time recém subido da Prata pouco criou, em sua melhor oportunidade Gothardo arriscou de primeira da intermediária, mas chutou fora, sem perigo. Parecia que o Arouca se contentava com o empate.
Apito final do árbitro, agora viriam as tão temidas penalidades! Foi a hora de Diego, o MVG do campeonato, brilhar. O goleiro defendeu três cobranças e garantiu o verde limão na semifinal. De um lado, Diego pegou o pênalti do habilidiso Marquinhos, de Vitinho e Deh. Pelo Arouca, Maurício defendeu a péssima cobrança de Barata e viu Ricco chutar na trave um dos pênaltis que poderiam ter classificado o Acidus. Após sete chutes de cada lado, o Acidus venceu as penalidades por 5 x 4 e eliminou o Arouca.
17/12/2009
78º Boletim Chuteira News
SNG SEGURA ATAQUE ACIDIANO E SE GARANTE NO CONTRA-ATAQUE
Experiente time bicampeão apostou na defesa e se deu bem! Em bola parada e contra-ataque, SNG fez 2 x 0 e chega a sua terceira final
Por Renan Lamarck
ACIDUS ATACA, ATACA, ATACA... SNG DEFENDE, DEFENDE E VENCE. Assim poderia ser definido o confronto entre Acidus e SNG. Afinal, contra um Acidus extremamente empolgado no primeiro tempo, o Se Não Guenta Por Que Veio? conseguiu se defender quando necessário, e, com inteligência, aproveitando as poucas chances que teve, conseguiu fazer 2 x 0 e se garantir em mais uma decisão de Chuteira de Ouro.
Rolou a bola e quem assustou primeiro foi o verde limão. Robinho meteu boa bola para Philip, o atacante dominou a redonda e, quando partia sozinho para entrar na área, foi surpreendido pelo arrojado Sampa mergulhando de carrinho e afastando o perigo. Pouco depois Biro quase entregou a rapadura. Apertado pelo ataque do Acidus na saída de bola, o bom defensor tentou inverter a bola e quase foi surpreendido pelo veloz Philip, mas o SNG se salvava outra vez.
Era assustador o início do time verde limão, vice-campeão do IV Chuteira de Ouro – perdendo exatamente para o SNG na grande final. Robinho saiu cara a cara com o goleiro, deu um toque por baixo de Sampa e a bola passou lenta raspando a trave. Em seguida, Marquinhos fez uma jogada brilhante. O defensor do Acidus, que com a viagem de Lói nas ultimas partidas vem se destacando ainda mais, entrou na área aplicando um drible giratória a la Rivelino para cima do marcador, e chutou cruzado. A bola passou raspando a trave.
Quando finalmente o SNG conseguiu ameaçar o Acidus, o arqueiro Louiz, substituindo Diego, foi fundamental para também salvar as cores do verde limão. Primeiro Renê foi esperto e cobrou rápido lateral para Tejeda, trocando empurrões com Ronei o jogador do laranjinha saiu da marcação, mas desequilibrado chutou para fora a boa chance. Como resposta, Ronei chegou ao ataque e, com categoria, encobriu Sampa, mas não contava com a astúcia de Fabinho, fundamental aparecendo quase sobre a linha do gol para evitar que a bola encontrasse as redes.
Exigindo uma linda defesa de Louiz, Biro pegou um rebote na intermediária e soltou a bomba. Um pancada que o goleirão se esticou todo para pegar no alto. Logo depois Renê recebeu no meio sem marcação e chutou, outra vez o goleiro do Acidus fez ótima defesa e espalmou para escanteio. No entanto, na cobrança desse mesmo escanteio bola no primeiro pau, e, sempre ele, Renê apareceu antes do goleiro e dos zagueiros para testar pro fundo do gol. No finalzinho do primeiro tempo o Se Não Guenta abria o placar.
Os 25 minutos restantes prometiam ser quentes, e de fato foram. Logo no início Renê dividiu com Louiz e deixou a quadra sentindo dores na perna – lembrando que o atacante se recuperou recentemente de uma operação no joelho. Pouco tempo depois, Richard e Allan foram expulsos após uma pequena confusão de pisa não pisa um no outro. Com isso as duas equipes permaneceram por praticamente todo o segundo tempo com apenas seis homens em campo.
Com Ricco o Acidus tentou o empate. O camisa 20, um dos grande nomes do verde limão nas quartas, arriscou de fora da área, o goleiro William – que no segundo tempo entrou no lugar de Sampa – fez a defesa, e no rebote Barata foi travado pela defesa do SNG. Logo depois Ronei deu bonita assistência para Philip. Sozinho dentro da área ele chutou de prima e isolou a pelota, desperdiçando boa chance de igualar. O Acidus continuava a perder gols atrás de gols.
Como castigo, após ter dominado o primeiro tempo e posteriormente tendo perdido chances de empatar o jogo, o Acidus levou o segundo e eliminatório gol. Fabinho puxou contra-golpe para o laranjinha, tinha Tejeda passando livre na direita, mas preferiu tocar com Mario na esquerda, recebeu de volta e chutou, a redonda desviou no marcação e beijou as redes. Festa do Se Não Guenta.
Nos minutos finais Philip foi esperto após dividir com o arqueiro William e, de chaleira, tentou encobrir o goleiro, mas ali estava Biro que, de forma não menos astuta, teve reflexos rápidos para esticar o pé esquerdo e evitar o gol do Acidus.
E assim o Acidus dá adeus a mais uma competição, jogando e atacando mais que o adversário, mas também pecando muito mais nas finalizações. O SNG, com seu jogo fechado e apostando no contra-ataque, volta a uma final depois de dois anos. O tricampeonato está perto.