03/09/2008
39º Boletim Chuteira News
ACIDUS REAFIRMA MALDIÇÃO DO EMPATE NA ESTRÉIA DO THE VERAS
Personalidade. Essa é a palavra que melhor pode definir a surpreendente atuação do estreante The Veras contra o fluorescente Acidus, em mais uma gélida tarde paulistana de sábado. Pelo Acidus, ficou a sensação de de jà vu, em razão de mais um empate no que parece ser a maldição da equipe em 2008. Só para lembrar, o Acidus estreou o torneio passado contra o novato Crocciati e sofreu o gol de empate nos acréscimos. Além disso, teve mais três empates na competição e acabou desclassificado precocemente.
Sem cometer erros bobos, o jovem time do Veras começou a partida querendo atacar e mostrar que as duas derrotas em amistosos para a tradicional equipe do Chuteira não passaram de meros acidentes de percurso. Contudo, o Acidus contava com uma barreira quase intransponível em sua retaguarda: Rafão. Perfeito nas antecipações e valendo-se de seu corpanzil, o defensor foi fundamental para que o time tomasse as rédeas da partida, não permitindo que o centroavante Moura tivesse nenhuma oportunidade clara na parte inicial da peleja.
E foi assim, dominando o meio-de-campo e apresentando maior volume de jogo, que o Acidus criou chances de gol em todo o primeiro tempo. Foram lances de dentro da área que o goleiro Benga interceptava, ora com as mãos ora com os pés. O Veras apostava nos contra-ataques e nos chutes de Cássio Japa de longe, enquanto o Acidus era jogo forçado para entrar na área adversária. E foi só aos 18 minutos que o Acidus abriu o placar. Tudo graças a uma linda jogada individual do camisa 5 Philip, que se livrou de dois marcadores dentro da área, girou o corpo e finalizou uma bola fraca mas certeira, sem dar chances para o goleiro.
O gol gerou certa intranqüilidade na equipe do The Veras, que assistiu Benga – apelidado pelos críticos de “O Urso Branco” – fazer uma série de boas intervenções e salvar o time de um placar elástico ainda no primeiro tempo. O zagueiro Flama, contratado recentemente junto ao Pagalanxe, teve trabalho, mas marcou incansavelmente o habilidoso e lépido Robinho, que chegou até a se irritar com seu carrapato algumas vezes. A maior chance de gol do Veras foi, a rigor, uma cabeçada errada de Rafão após escanteio que acabou indo para trás e alta. A bola venenosa ia entrar no gol se não fosse a elasticidade de Diego para evitar um gol certo.
Na segunda etapa, o domínio inverteu-se e quem passou a trabalhar mais foi o goleirão Diego, tornando-se mais um destaque da partida. Isso porque, na base de desarmes precisos do zagueiro Cucio e de contra-ataques bem orquestrados pelo meia Japa, o The Veras ameaçou e criou diversas oportunidades para empatar. Como entrar na área estava difícil, principalmente após a entrada de Lói, formando com Rafão um paredão, os chutes de longe foram uma constante.
E o prêmio para tanta persistência do jovem escrete do The Veras veio no apagar das luzes, faltando apenas 5 minutos para o final. O pivô Moura, até então sem chances de gol, encontrou um espaço inexistente na zaga do Acidus, passou no meio de Rafão e Lói e finalizou forte e rasteiro, obrigando Diego a ir buscar a pelota no fundo do barbante. O semblante dos jogadores do Acidus demonstrava o óbvio: abatimento, por ver a vitória escorrer por entre os dedos faltando tão pouco. Em compensação, o rosto dos jogadores estreantes estampava uma emoção digna de cinema, que beirava as lágrimas, enquanto o irreverente atacante comemorava imitando o craque Riquelme.
O jogo, que já era bom, pegou fogo no final, com as duas equipes buscando desenfreadamente o desempate. Já nos acréscimos, numa saída equivocada de Diego, o capitão Pedro, do The Veras, arriscou um chute de trás do meio-campo, salvo com o peito por Lói no meio da área. Quando Nico, num arremate caprichado, carimbou a trave de Diego, já não havia tempo para mais nada. Final de um jogo emocionante, que apresentou ao campeonato duas equipes fortes, cada uma a seu estilo, mas com grande poder defensivo. Num jogo em que as defesas se sobressaíram, o empate acabou sendo o resultado mais justo, e o 1 a 1 reflete o que foi a partida.
Para os favoritos do Acidus, inegavelmente, foi um empate com sabor de derrota. “Eu sabia que vocês não vinham fracos, mas o que eu vi foi mesmo surpreendente. Acima do esperado”, dizia o resignado atacante Lucas, ao cumprimentar os adversários ao final do jogo. Pelo que se viu em campo, os fluorescentes terão um desempenho bem melhor do que o da última edição do Chuteira, quando caíram ainda na primeira fase. Mas a maldição do empate parece que vai continuar a assombrar a equipe. E o The Veras? Diante da primeira exibição, espera-se um time brigador e com maturidade para não sentir a pressão, como bem demonstrou na estréia. Agora é esperar para ver nas demais rodadas se o bom futebol será revertido em vitórias.
11/09/2008
40º Boletim Chuteira News
BACANA VIRA CONTRA UM ACIDUS DESESTRUTURADO
Foram dois tempos distintos, um para cada lado. Cada time aproveitou o bom momento como pode. O Acidus fez por merecer 3 a 1 no primeiro tempo, e no segundo o baque psicológico travou o time e deixou que o Bacana fizesse o que bem entendesse dos camisas marca-texto. Resultado: uma virada mais fácil que roubar pirulito de criança e uma goleada de 7 a 3 que poderia ser muito bem 10, 12 ou 15 se não fossem as intervenções do goleiro Diego. O Acidus mostrou toda sua fragilidade e falta de conjunto no segundo tempo mais desastroso que se viu no Chuteira até agora.
Até que Yanes abrisse o placar, aos 9 minutos, foi um jogo tão quieto que parecia que havia um concerto e não uma partida de futebol em andamento. Ninguém falava, ninguém gritava, ninguém conversava. Apenas o barulho dos toques dos pés na bola e ruídos vindo da quadra ao lado, onde o Kadência dava uma surra no Muleke Piranha. Até o gol poucos lances de gol, apenas tentativas um tanto mal orquestradas por parte do Acidus e chutes de longe sem direção do Bacana. A dividida de Yanes com Lói deixou o zagueiro caído e a bola todinha para o camisa 9 chutar rasteiro e cruzado pelo lado direito para vencer Diego. O Bacana abria o placar.
O gol, ao invés de mexer com o Acidus, só fez aumentar o silêncio. Toques de um lado para outro, sem objetividade, não conseguiam levar perigo ao goleiro Flávio. Mas o Acidus se acendeu quando Robinho matou no peito lançamento em contra-ataque de Diego e mandou forte e rasteiro para empatar a partida. A partir daí o Bacana sentiu o golpe e passou a errar passes, entre a defesa e o ataque. foi assim que, em recuperação no meio de campo, Philip colocou o Acidus em vantagem, driblando o goleiro.
O jogo ficou todo para o Acidus, que viu Rafão sair com tonturas. A pressão na defesa do Bacana ajudou ao Acidus na construção das melhores jogadas, que resultaram em novo gol de Philip, desta vez driblando duas vezes o goleiro. O Bacana, perdido, via o toque de bola do adversário dar resultado. Pouco antes de acabar o primeiro tempo, Philip deu um toque para o meio e deixou Kirk livre para fazer o seu. Ele tirou do goleiro um pouco além do necessário e a bola explodiu no travessão. Aquele que poderia ter sido o quarto gol do Acidus foi o último lance de perigo da equipe. A partir do intervalo, só um time voltaria jogando bola.
O placar adverso fez com que o Bacana, que viu alguns jogadores chegarem atrasados, voltar com uma tática diferente: adiantou a marcação para pressionar no campo adversário. Tal tática, e o excesso de zelo do Acidus, que voltou muito recuado e sem ligação no meio de campo, gerou pane total na equipe amarelo-limão, tanto que em menos de três minutos o Bacana já diminuía com novamente Yanes. O Bacana abria o jogo, jogava pelas laterais e invertia a bola de lado quando próximo da área. A sensação que dava era que o Acidus tinha uma linha de 3 zagueiros dentro da área e uma linha de 3 atacantes na linha do meio de campo – e no meio delas o Bacana fazia o que bem entendia.
E aos 6 minutos veio o empate, com Rômulo escorando cruzamento na ponta da área livre de marcação. O Bacana empatou e o Acidus parou. O pedido de tempo para rever e arrumar a casa apenas piorou a situação do Acidus. Desanimados, diversos jogadores pararam de correr e ficavam assistindo ao toque de bola do Bacana. E se um time não quer jogar, o outro vai lá e faz gols – Rômulo de novo fez o quarto, virando a partida e preparando a goleada.
As investidas do Acidus, raras, não levaram qualquer perigo ao gol de Flávio, que foi mero espectador de seu time. Chutes pra fora ou fracos foram a tônica do que de melhor produziu a equipe no segundo tempo. Já o Bacana aproveitou o mau momento psicológico, de entrega do Acidus, para ampliar. E a coisa foi tão fácil que o zagueiro João Pereira fez dois gols com extrema tranqüilidade. Leonardo Napolitano fez mais um para fechar a conta em 7 gols.
E o placar só não foi mais elástico porque a preguiça e queda do Acidus – como um adversário entregue, de joelhos – contrastava com a habilidade de Diego, que fez ao menos 4 defesas cara a cara com os atacantes adversários. Sem saber aceitar o baque do início do segundo tempo, o Acidus parou de jogar para ver o Bacana jogar. Deu de bandeja o jogo sem ao menos lutar. E ao final era cada um culpando o outro, como se um time não incluísse todos no pacote. Chegou-se ao cumulo de ver jogador que pouco jogou aplaudir a goleada, como que dizendo “bem feito” aos colegas. Enquanto o Acidus não se ver como time, como um grupo com o mesmo objetivo e com “sangue na veia” para correr o necessário e lutar pela vitória, a equipe vai continuar a sofrer com empates ou derrotas. Contra o Bacana foi mais um capítulo dessa mesma história.
Com o Bacana foi a mesma história, só que oposta. A equipe de vinho venceu de novo, mesmo com a ausência de alguns jogadores, o que vem causando muita dor de cabeça para o capitão Marcelo Rocha. Enquanto as vitórias virem, o sino de alerta no Bacana não vai soar. Mas a antena de preocupação de Marcelo estará sempre atenta e martelando. Ele mesmo confirmou ao fim da partida: “Achei que hoje não ia dar pra nós”. Agradeçam aos goleadores da tarde e também ao Acidus e sua já conhecida falta de vontade nas adversidades. Foi uma união fatal e que colocou o Bacana na liderança do Grupo A.
17/09/2008
41º Boletim Chuteira News
ACIDUS DESENCANTA E FAZ 5 NO FÚRIA
Jogo decisivo para o Acidus, que após a derrota para o Bacana flertou com a crise. Era preciso vencer para não desanimar de vez. E com espírito guerreiro o time entrou em campo, depois de Barata dar uma dura e chamar o time pra correr e jogar bola. O adversário era um “velho” conhecido, só que com outro nome. O Fúria tinha diversos jogadores do Fora de Série, adversário antigo do Acidus. Mas dentro de campo o jogo foi pegado e duro muitas vezes, com carrinhos, lances mais ríspidos e muitos gols por parte do Acidus.
A partida teve inicio com o Acidus tomando a iniciativa, tendo um Fúria marcando atrás e não se aventurando na marcação no campo do adversário. Robinho abria numa ponta, Philip na outra e assim o time tentava furar a defesa “furiosa”. E aos 4 minutos conseguiu: passe de Philip para o meio e Kirk chega para completar e abrir o placar.
O problema do Acidus não éfazer gol, mas sim manter a vantagem. E com esse pensamento que os jogadores cresceram em campo, voltando para marcar e com Lói e Rafão inspirados para cortar bolas. O Fúria chegava com jogadas individuais pelo meio, principalmente com Thiago Motta e Fagner, mas quando cortavam um logo chegava outro para tirar o perigo. Em duas oportunidades conseguiram finalizar, mas Diego defendeu com tranqüilidade.
E foi procurando o gol sem recuar que o Acidus fez o segundo – Philip recebeu na direita, cortou para fora e mandou um chute cruzado do lado oposto do goleiro Jé. Isso aos 12 minutos de jogo.
O Fúria não perdeu o ânimo e continuou a investir, só que mais pelas laterais, com Thiago Motta caindo vez pela esquerda, vez pela direita. Mas sempre que chegavam próximos da área um defensor resolvia atrapalhar. Numa jogada pela direita, Diego fez grande defesa e colocou para escanteio.
Robinho deu trabalho para a defesa do Fúria. Com dribles, se livrava dos zagueiros, mas logo começaram a encurralá-lo nas laterais, impedindo que a jogada prosseguisse. As melhores chances foram criadas por Philip, que cruzou para Robinho tentar de letra e errar por pouco. Em outra, foi Barata que tocou para Robinho tentar a mesma jogada para novo erro. E sem muitos problemas o jogo foi para o intervalo.
No segundo tempo, o Fúria precisava sair para buscar o placar. E a tática foi marcar sob pressão, diminuindo o campo para o Acidus sair jogando. Com menos de um minuto, Pedro Rizzo toma cartão amarelo por carrinho perigoso, mesmo ele não tocando o adversário. Foi a hora do Fúria encurralar e conseguiu chegar por duas vezes, com chutes rasteiros nos cantos que exigiu que Diego mostrasse plasticidade para evitar o gol.
Como de costume, o Acidus voltava outro no segundo tempo, mais apático e recuado, o que possibilitou o adversário crescer em campo. Mas num contra-ataque rápido Marquinhos fica cara a cara com Jé e desperdiça a chance de fazer o terceiro. Forte na marcação, Rafão antecipava e conseguia contra-ataques ao time amarelo-limão. Se Marquinhos perdeu cara a cara o terceiro gol, na chance seguinte ele conseguir marcar. Contra-ataque puxado e o camisa 3 chuta para defesa de Jé, que rebate para a área. Num bate-rebate, o próprio Marquinhos chega para encher o pé com raiva e balançar as redes.
Faltavam ainda 15 minutos de jogo para o Fúria tentar uma reação. E voltou a martelar e exibir de Diego grandes defesas. De escanteio levava perigo, mas o goleiro saía no alto socando as bolas e evitando cabeceios. Em outras oportunidades, a zaga do Acidus se transformou numa muralha e cortou dois chutes seguidos. E se o Fúria tentava, era o Acidus quem marcava. Dois minutos depois do terceiro, saiu o quarto gol, com Kirk. O Acidus enfim deslanchava.
O jogo passou a ficar mais pegado, com reclamações de ambos os lados. Kirk recebeu para contra-ataque e foi calcado por trás. Nada foi marcado. Adriano recebeu, perdeu bola para Rafão e saiu reclamando de um braço que sobrou em seu rosto. Aos 19 minutos, novo contra-ataque do Acidus e a bola é cortada para cima. Ela sobe e desce um passo da área e numa posição central. Ela desce e encontra o pé de Kirk, de chuteiras novas, que acerta um petardo de primeira no meio do gol. A bola passa rente ao goleiro Jé, que de tão rápida não pôde fazer nada. Era o quinto gol para selar a goleada.
Coincidência ou não, no momento do gol de Kirk começou um festival de fogos de artifício que não paravam mais. O Acidus aproveitou para festejar com os rojões enfim uma vitória, depois de 5 jogos sem vitória no Chuteira.
25/09/2008
42º Boletim Chuteira News
ACIDUS FAZ MAIS 5 E VENCE MSM
MSM e Acidus tinham enfim vencido na rodada anterior e mediriam forças para ver quem ficaria na quinta colocação do Grupo A. Expectativas de ambas as equipes por uma vitória, mas talvez o MSM não esperasse uma atuação praticamente impecável do setor defensivo do Acidus, que vem se mostrando o ponto-chave da recuperação da equipe na competição. Lói e Rafão, mais o goleiro Diego, anularam as jogadas de ataque do Mentira e ainda armaram para os gols. Depois de 50 minutos de bola rolando, placar de 5 a 1 para o Acidus foi baixo diante das várias situações de gol criadas pela equipe marca-texto.
Para variar, o jogo começou morno, sem grandes momentos dos times. O Acidus tomava a iniciativa, com o MSM esperando em seu campo. A leve garoa aliada ao frio parece que esfriou de fato os jogadores, pois muito pouco coisa foi criada nos primeiros 10 minutos de jogo. Um chute aqui do Mentira, outro ali do Acidus, mas de perigoso quase nada. O Acidus chegou a marcar com Philip, mas a arbitragem parou o jogo no lance anterior, invalidando o gol.
E foi com Barata, destaque da partida, que o Acidus abriu o marcador, para desencanto de uma vasta torcida composta por jogadores de Melville, Roleta Russa, Joga 13 e outras, que estavam ali para amarelar a equipe já amarela-limão. Mas foi tudo em vão. Após o gol de Barata, numa arrancada pela esquerda que terminou em chute desviado que enganou o bom goleiro Caio, não demorou para, após falta mais dura de Felipe Nitzke em Kirk que resultou no amarelo ao jogador, Rafão tocou para Robinho completar no meio da área livre de marcação. Aos 16 minutos, o Acidus fazia 2 a 0.
Mas o time não conseguir aproveitar que estava com um jogador a mais, pois, no lance seguinte, após bloquear um passe, Robinho vibrou gritando na orelha do adversário, o que o árbitro entendeu como provocação e amarelou o camisa 11. Com a volta de Kadson e ausência de Robinho, o Mentira foi para cima tentar diminuir ainda no primeiro tempo. Bruninho Fontes brigava muito dentro da área, enquanto Kadson e Nathan avançavam pelas laterais, mas nenhuma das investidas tinha sucesso pois havia uma barreira praticamente intransponível chamada Lói. No lado esquerdo do ataque do MSM, Lói cortou bolas, bloqueou passes, desarmou adversários e ainda teve tempo de sair jogando e armar contra-ataques. E foi num contra-ataque, aos 23 minutos, que Philip recebeu dentro da área e, com tranqüilidade e frieza, cortou para dentro tirando um zagueiro e ainda fez paradinha para deslocar o goleiro e fazer a bola morrer com tranqüilidade no canto esquerdo.
E o primeiro acabou assim, 3 a 0 para o Acidus e um Mentira que não conseguia chegar dentro da área adversária e experimentava de fora. Nessas tentativas, Diego fez ao menos 3 belas defesas, sem deixar de fazer pose e caras para amigos e torcedores.
No segundo tempo, a necessidade do Mentira de buscar o resultado gerou os espaços que o Acidus queria para contra-atacar. E o jogo ficou mais aberto, pois o Mentira chegava com mais eficiência, enquanto o Acidus também criava ótimas chances de gol. E foi este que teve pelo menos quatro oportunidades de ampliar desperdiçadas ou por chutes fracos, como um de Kirk cara a cara e outro de Robinho, ou então chutes cruzados para fora, como de Barata e de Philip. Em outras vezes, a bola molhada atrapalhava a finalização e o goleiro Caio defendia.
Lói seguia sua trajetória perfeita de cortar todas, e Kadson passou a atuar mais pelo meio e pela direita. Foi por ali que o MSM chegou algumas vezes, com Bruninho e Nathan. Mas Diego seguia defendendo e a zaga afastando. Aos 7 minutos, nova falta mais dura em Kirk e amarelo para Luciano. Mas o Acidus não aproveitou as chances criadas. E se não fez, o Mentira resolveu apimentar o jogo diminuindo em chute cruzado de Nathan, aos 11 minutos. Praticamente livre de marcação, ele chutou cruzado à meia altura para vencer Diego, que sentiu a bola molhada passar por suas mãos e ir morrer quase no ângulo direito de sua meta.
O gol acordou o Acidus, que passou a trabalhar mais a bola no ataque, com Philip abusando de dribles e toques aos companheiros. Nessas, deixou Barata livre para chutar raspando a trave direita e também Robinho para perder outra grande chance. E o Mentira não perdoou Philip, que tomou entrada muito violenta de Kadson quase no bico direito de sua área. Este levou só o cartão amarelo e Philip saiu de campo mancando.
O buraco na defesa com um a menos propiciou um dos gols mais bonitos da rodada. Na verdade, jogada. Barata ficou na banheira livre de marcação e, na saída de bola da defesa do Acidus, Rafão fez um lançamento primoroso, que nunca mais acertará na vida, como sempre se diz de algo assim incomum de acontecer. Barata matou a bola, pensou e tocou na saída de Caio para fazer 4 a 1.
E foi o mesmo Barata que puxou um contra-ataque pela esquerda até a linha de fundo e cruzou para Pedrinho chegar livre, com o gol só para ele, para marcar o quinto gol do time e fechar a conta em 5 a 1. Dali até o final do jogo foram 4 minutos em que Kadson tentava chegar ao gol e não passava do meio de campo. Quando passou, Diego mostrou segurança para evitar qualquer reação do Mentira.
O Acidus parece se encontrar no campeonato com a segunda vitória de 5 gols seguida. Com 7 pontos, mantém-se na quinta colocação à caça dos primeiros colocados. A derrota do Fiorella faz com que o time possa chegar já na próxima rodada ao G4 – dependendo de nova derrota dos atuais campeões. Para o Mentira, com 3 pontos, é juntar os cacos e ver que a derrota por 5 gols foi pequena perto do que poderia ter sido caso pés adversários estivessem mais calibrados.
Só faltou a dança do créu prometida por Lucas em homenagem ao amigo Bruno Costa, camisa 10 do MSM, caso ele marcasse gol. Infelizmente, não foi possível. Mas a campanha Desencanta Lucas ganhou as ruas e os companheiros prometeram ajudá-lo a tirar a zica.
01/10/2008
43º Boletim Chuteira News
ACIDUS VENCE MACHUPICHU EM SHOW DE GOLS PERDIDOS
Para quem jogou e que viu o primeiro jogo de Acidus x MachuPichu, lá no III Chuteira, certamente se sentiu num grande replay quando da 5ª rodada do VI Chuteira. Isso porque o jogo foi muito similar em termos de jogabilidade e de resultado – jogo equilibrado, com chances de gols para os dois lados e a vitória suada de virada para o Acidus. Entretanto, foi um jogo de lances incríveis, com aos menos 7 bolas na trave e coisas que poucos acreditavam que poderiam ver. Em quase todas elas o goleiro Diego esteve no centro das atenções – afinal, falhou, tomou um frangaço por debaixo das pernas, fez um gol de falta e perdeu um pênalti. Para o bem ou para o mal, Diego foi o nome do jogo.
O jogo mal começara e no primeiro lance do Machu, no meio de campo, meio sem querer Philip chegou atrasado e acertou o pé do adversário. O árbitro não pensou duas vezes e nem considerou ser o primeiro confronto do jogo para amarelar o atacante. E esse jogador a menos deu aos peruanos a possibilidade de tomar a iniciativa do jogo, com o Acidus se encolhendo para esperar o tempo passar.
O Acidus tinha em campo um time mais ofensivo em razão da ausência de suas peças do setor defensivo. Sem Rafão, Pedrinho, Pedro e Marquinhos, coube a Lói a retaguarda com a ajuda de Barata e a volta dos jogadores de meio e frente. No ataque, Philip, Robinho e Lucas se revezavam e Kirk jogava com mais liberdade. No MachuPichu, a ordem parecia ser defender e contra-atacar, principalmente com o velocista Renato Seckler, sempre procurando a referência Ricci na área.
E o gol de abertura do placar saiu aos 7 minutos, quando a bola foi cruzada na área do Acidus para cabeçada que pegou Diego no contrapé. O goleiro espalmou, mas colocou a redonda nos pés de Thiago Branco, que mandou para as redes.
Mal tomou o gol o Acidus descontou. Em cobrança de escanteio, a bola ia na cabeça de Lucas no segundo pau quando o goleiro Pipo tocou de leve para desviá-la. A bola caiu nos pés de Philip, que cortou para dentro e em sua característica mandou para o gol, igualando o placar. Mas o empate não ajudou muito o Acidus, pois o MachuPichu tinha espaço para jogar, principalmente pelas laterais já que o meio não conseguia acompanhar completamente todas as jogadas. E foi numa jogada pela ponta – com a ajuda fantástica do goleiro Diego – que o time de Danilo Silva, que ainda estava no banco, voltou a ficar na frente no marcador. Renato Seckler foi até quase a linha de fundo e cruzou fraco. A bola foi lenta até Diego, que encostou na trave e se abaixou para encaixá-la contra seu peito. A danada da redonda bateu em sua barriga e escapou, preferindo passar por entre seus braços. Ao abaixar as mãos para segurá-la, acabou por tocá-la pra dentro do gol por entre suas pernas. Um frango sem precedentes na carreira do grande goleiro.
A falha e o gol devem ter abatido os jogadores do Acidus, pois não demorou para Ricci subir livre no segundo pau para cabecear para o chão e fazer 3 a 1 para o time dos peruanos, que vinham lutando para se manter vivos na competição. Minutos antes o Acidus promoveu a estréia do meia Ricco, que entrou no lugar de Lucas para tentar fazer o meio de campo do time andar mais rapidamente. Ele seria uma das peças-chave para a virada do time amarelo-limão, que começou com o próprio Diego três minutos depois.
Uma falta a poucos passos da área foi a oportunidade que Diego viu de se redimir. Ele saiu de sua meta e ajeitou a bola. Chutou forte e rasteiro, ao lado da barreira. O goleiro Pipo tentou buscar com os pés, mas acabou mesmo buscando no fundo do gol com as mãos para que seu time desse a saída de bola. O Acidus diminuía e encontrava forças para a virada.
O fim do primeiro tempo foi marcado por chances de gols de ambos os lados, principalmente com Ricci e Kirk. Danilo entrou em seguida para dar maior movimentação no ataque no lugar de Ricci e conseguiu criar algumas jogadas efetivas de gol. Mas parece que o azar de Diego até então se reverteu em sorte, pois em jogada de Danilo e conclusão cara a cara com o goleiro, Renato Seckler mandou no travessão, para angústia dos acidianos.
O Acidus saiu com tudo ao ataque, mesmo com Barata diversas vezes, abandonando seu campo de defesa para apenas Lói se virar para tirar as bolas. Ao mesmo tempo que criava oportunidades de gol, o time era contra-atacado com velocidade e competência. Por falta de pontaria de todos e vontade de chutar forte de Kirk, o placar não foi alterado até o segundo tempo.
Ao dar início ao segundo tempo, parecia clara a tática do Acidus – atacar e fazer gols. A tática era suicida, claro, ainda mais contra um time de personalidade e acostumado a jogar bem fechado e contra-golpear como o MachuPichu. As jogadas eram criadas, mas nada de fazer gols. Ricco deixou Philip na cara do gol, que viu Pipo defender seu chute em uma ocasião e outra a bola raspar a trave. Kirk se esforçava, saía na cara do gol, mas na hora da conclusão vinham chutes vesgos, daqueles dados na “orelha” da bola e que iam pra fora. Robinho também teve suas chances, mas Taka e Renato Carrer, além das longas pernas de Gustavo Carrer, impediam que ele pudesse chegar perto do gol adversário.
Pelo MachuPichu, as jogadas saíam pelas pontas, puxadas por Danilo ou Renato Seckler, com Tebas ajudando na subida rápida ao ataque. E foi assim que o MachuPichu carimbou mais uma vez a trave antes de ver Lucas retornar ao jogo, aos 7 minutos, no lugar de Robinho e empatar a partida. A jogada foi de Philip pela direita, que se livrou do zagueiro e viu o camisa 9 chegando na área livre. Ele tocou um pouco atrás, mas Lucas conseguiu ainda matar e ajeitar para o chute no alto, sem chances para Pipo. Em agradecimento à torcida, que estava em peso prestigiando o jogo na expectativa desse gol, Lucas comemorou com muita empolgação e passou da conta, o que rendeu a ele um cartão amarelo e 2 minutos fora.
Mas mal ele chegou ao banco, viu Philip invadir a área e sofrer uma falta de Tebas, que chegou de carrinho no mínimo com imprudência. O árbitro apitou pênalti sem pestanejar. Era a chance da virada. Na cobrança, Diego correu para bater, talvez pressionado pelas falhas anteriores. Tebas levou o cartão amarelo e ficou reclamando muito e atrasando a cobrança. Ao sair, saiu devagar quase parando e, bem a seu estilo, que já o tinha suspendido na rodada anterior, chutou a grade com raiva. Não houve outra solução aos árbitros a não ser azular o jogador, que aí sim ficou mais raivoso ainda. Diego partiu para a bola e, pasmém, ela explodiu no travessão. A danada subiu e Diego ainda tentou alcançar de cabeça, mas Pipo foi mais veloz. O Acidus acabava de perder um pênalti e a virada.
O jogo ficou mais do que aberto. O MachuPichu não tentava ataques mais contundentes, mas apostava nos contra-ataques, e o Acidus se lançava com tudo para tentar a vitória. E aí foram 15 minutos de um tremendo show de gols perdidos de ambos os lados. Kirk mostrou que parecia que não seria dessa vez que seu gol sairia. Philip recebeu de Ricco bola açucarada na esquerda e bateu com certa displicência para vê-la ainda tocar o pé da trave. Chutes para fora, por cima, com defesas dos goleiros, certo era que a bola não queria mais entrar, parecia satisfeita com o placar igual. Mas o Acidus não. E de forçar, inclusive com Barata, Lói se viu diversas vezes sozinho contra 2 ou 3 atacantes adversários. Danilo punha de lado para passar dele, mas logo vinha seu pé salvador para tirar a bola para a lateral. Foram mais 3 bolas na trave do Acidus em gols praticamente feitos e outras defesas de Diego.
Nos 5 minutos finais, o Acidus passou a dominar amplamente as jogadas e a atacar com maior coordenação. As trocas de passes possibilitaram outra bola na trave. Com menos de 3 minutos para o fim, Kirk retornou ao campo para decidir o que, segundo ele, estava escrito nas estrelas que aconteceria – ele marcar um gol. Aos 24 minutos, Philip recebeu na direita e dividiu com a zaga. Levou vantagem e seguiu adiante, dividindo de novo, desta vez com o goleiro. A bola ia saindo para a linha de fundo quando ele se esforçou para evitar. Conseguiu numa nova dividida, o que fez com que ela fosse cruzada para a área, onde estava Kirk. O camisa 8 chutou forte e reto, quase como um desabafo para ver a bola ainda passar raspando as pernas de Carrer e explodir na parece atrás da rede do gol. Explosão de alegria no Acidus com o gol que coroava uma tática suicida que acabou dando certo.
“O MachuPichu respeita muito nosso time. Eles acabaram se encolhendo e conseguimos virar o placar”, comentou Robinho ao final do jogo. Na saída, a alegria do time amarelo-limão, que segue na cola dos líderes, agora com 10 pontos, contrastava com a decepção do MachuPichu. “Não saí de campo puto ou bravo, mas sim triste”, lamentou o capitão Danilo, que mais uma vez perde Tebas para uma partida por lance de incrível infantilidade.
Com 3 pontos, o MachuPichu encara o Osasquense com a obrigação da vitória para ainda pleitear uma vaga no G-8. Ao Acidus, a boa fase parece ter voltado e tem pela frente dois jogos complicados – Pagalanxe e Bengalas – para mostrar que o bom futebol está de volta.
09/10/2008
44º Boletim Chuteira News
ACIDUS TROPEÇA DE NOVO EM ATLÉTICO PAGALANXE
O atraso para que os jogadores do Atlético Pagalanxe entrassem em campo e a espera pelo goleiro gerou um ar de que o time laranja estava quebrado e sem os principais jogadores. Quando começou o jogo – com Bruno Corneta de goleiro e o time com um a menos –, parecia que o Acidus teria uma missão simples para vencer. Mas foi o zagueiro Rafão que cantou a bola quando se detectou essa possível fragilidade do adversário: “Jogo assim é horrível, pois entramos com a obrigação de vencer”. Talvez tenha sido essa obrigação de vencer que tenha colocado um peso no Acidus a ponto de sair de campo com um empate em 3 a 3 com sabor imenso de derrota.
Com um a mais, o Acidus foi logo ao ataque e marcou com chute de Robinho a um passo da linha da área. A bola ainda bateu na trave antes de estufar as redes. Eram jogados 40 segundos de jogo e o time parecia que ia mesmo pressionar pela vitória. Entretanto, o Pagalanxe não se intimidou e passou a pressionar a dupla de zaga adversária, forçando erros de passe entre Lói e Rafão. Foi numa dessas bobeadas do time sonolento que Nardelli marcou e empatou o jogo aos 6 minutos. Detalhe: o time laranja ainda jogava com um a menos e com Bruno no gol.
Logo chegou o goleiro reserva, já que Erich não pôde ir jogar, e o Pagalanxe jogou com os seis de linha. E numa noite nada inspirada de ninguém do Acidus, coube ao goleiro Diego brilhar mais uma vez. Ele logo tratou de fazer uma defesa complicada, o que demonstrava que o time amarelo-limão não estava nada bem. Mas mesmo mal o Acidus voltou a ficar na frente no placar com chute forte e preciso de Ricco de fora da área aos 11 minutos. Parecia que o Acidus poderia vencer novamente, mas só parecia, pois o Pagalanxe, franco-atirador, seguia martelando a defesa adversária, principalmente com Nardelli e Rodolfo. O primeiro era o articulador das jogadas pelo meio que deixaram Lói e Rafão perdidos em diversos lances. Nardelli puxava pra dançar, pra lá e pra cá, e avançava aos poucos para o arremate, sempre precisos. Diego apareceu pelo menos mais duas vezes para salvar o gol de empate.
Mas chegou uma hora que a coisa degringolou e foi o mesmo Nardelli que mandou pro fundo do gol de Diego aos 20 minutos num chute cruzado. De novo o placar estava igual. O Acidus tratou de pedir tempo logo que sofreu o empate. A conversa foi para o time acordar. Não adiantou nada. A equipe voltou cansada e com sono, sem criatividade e sem velocidade para buscar o ataque. Com dois cartões amarelos, o Acidus jogou com um a menos um bom tempo e assim optou por abdicar do ataque para recompor a defesa. E com 2 a 2 o jogo foi para o segundo tempo.
Hora do tudo ou nada, o confronto ficou aberto. O Pagalanxe não tinha reservas, ataca nos erros do adversário e aproveitava a péssima atuação da defesa, do meio e do ataque do Acidus. Sem marcação no meio, Nardelli seguia fazendo a festa e criando chances ao Pagalanxe. De falta, o camisa 7 mandou um torpedo providencialmente espalmado por Diego. De fora da área, outro tiro, desta vez de Murilo, foi lindamente colocado pra escanteio. Enquanto isso, Kirk e Philip não se entendiam com a bola e as poucas jogadas ofensivas paravam na lateral ou nas mãos do goleiro.
Mesmo assim foi o Acidus que voltou a ficar na frente, com gol de cabeça de Barata no segundo pau após lançamento preciso de Pedrinho de trás do meio de campo. Mais uma vez parecia que o time teria certa tranqüilidade para consolidar a vitória. Mas Nardelli não queria saber de brincadeira e continuava atormentando a zaga adversária. Chutes de longa distância e jogadas pelas laterais eram cortados pela zaga ou defendidos por Diego, que nos últimos 15 minutos do jogo virou o nome da partida.
O Acidus não conseguia ir para o ataque e o Pagalanxe acuava o time em seu campo. Com cartão amarelo, Pedrinho e Barata jogavam de forma mais leve, coisa que Rafão não conseguiu quando Nardelli recebeu bola no meio de campo. O camisa 7 se adiantou e de leve tocou a bola, sendo que Rafão vinha para dar a bicuda nela. Resultado: já no movimento, Rafão não conseguiu evitar o choque com o jogador e acabou por acertar um belo chute no adversário. E a arbitragem não conseguiu evitar o cartão azul ao mesmo, que saiu de campo suspenso para a próxima partida.
De novo com um a menos, a pressão do Pagalanxe pelo empate rendeu resultado aos 18 minutos, quando Rodolfo foi cortando pelo meio e a zaga tirava, pero no mucho. Passou por três jogadores trombando e dividindo até sair na cara de Diego e tocar por baixo deste com precisão para empatar o jogo novamente. Foi o balde de água para o Acidus, que ainda jogou mais 10 minutos um jogo mais do que apático, sem criatividade alguma e com a presença de Diego, que salvou ao menos 3 gols feitos do Pagalanxe e garantiu o ponto para a equipe. Empate com sabor de derrota para o Acidus. Empate com sabor de vitória para o Pagalanxe, que vibrou muito com o resultado.
“Podíamos ter vencido, faltou pouco”, comentou o capitão Bruno Corneta ao fim do jogo. “Nunca vi o Nardelli jogar com tanta raça como hoje”, finalizou ele, destacando o nome do jogo e o homem que acabou com a defesa do Acidus com seus dribles desconcertantes.
15/10/2008
45º Boletim Chuteira News
ACIDUS VENCE COM 9 “BENGALADAS”
Depois do empate diante do Pagalanxe, o Acidus passou a não crer tanto mais numa classificação dentro do G-4 diante do distanciamento dos times à sua frente. Tanto é verdade que o capitão Lói, antes do jogo, já dizia para todos que aparecessem: “Ganhando ou perdendo estamos na mesma 5ª posição”. Isso porque, com 11 pontos, não podia ser alcançado por nenhum time e não podia alcançar nenhum time. Era um meio termo um tanto sem graça. Mas o futebol apresentado pelo time nos 50 minutos contra o Bengalas não foram nada sem graça. Aliás, sem graça deve ter ficado o técnico Xykão, do Bengalas, que só atrapalhou o time com seus xingamentos a árbitros e reclamações com todo mundo.
Sem Guitolê, ainda suspenso, mas do lado de fora na torcida, coube a Bizu e ao novato Leandro Alves o setor ofensivo do Bengalas. Foi o próprio Bizu que conseguiu um giro do lado direito de seu ataque para chutar cruzado rente a trave de Diego. Mas foi só isso que de efetivo o Bengalas produziu nos primeiros 15 minutos, pois o Acidus dominou até com facilidade as ações ofensivas.
A troca de passes entre Robinho, Barata, Philip e Ricco colocavam sempre em perigo o gol do Bengalas, que tinha uma zaga mais pesada que de costume, já que Fernando Forte esteve ausente. E foi numa dessas que Philip recebeu passe de Ricco livre dentro da área, teve tempo de cortar o zagueiro e escolher o canto para fazer 1 a 0. No lance seguinte, mesma jogada, Ricco para Philip, que recebe de costas para o gol sobre a linha da área, dá o giro e já bate com categoria no cantinho sem chances para o goleiro Djow.
Os dois gols deram tranqüilidade ao Acidus, que passou a tocar mais no meio de campo buscando os espaços. O Bengalas tentava chegar pelas pontas com lançamentos, mas poucos eram concretizados em jogadas para o gol. Enquanto isso, os pequenos do Acidus davam trabalho aos grandões do Bengalas, tanto que quando Philip tentou invadir a área pelo lado direito do ataque, encontrou o corpo de Thuram, que o levantou. Na verdade, o defensor chegou dividindo na bola, mas o excesso de força fez o jogador do Acidus voar longe, o que levou o árbitro a marcar a falta – muito contestada por todos do Bengalas, especialmente Xykão, incansável na garganta com seus gritos contra tudo e todos. Na cobrança, Ricco ajeitou para bater de canhota. E quem imaginaria que aquela canhota certeira seria a arma decisiva a favor do Acidus na noite daquele sábado da 7ª rodada?
Ricco chutou baixo e forte. A bola passou por debaixo da barreira e, na toada, por entre as pernas de Djow, que provavelmente se atrapalhou com a proximidade da bola, a fraca iluminação e o fuzuê de gente dentro da área. O Acidus fazia 3 a 0 e ensaiava uma goleada. Mas quem esperava isso se decepcionou, pois o Bengalas foi pra cima com mais voracidade e, no minuto seguinte, diminuiu numa pancada ao melhor estilo Rodrigo do 13 que explodiu na parede atrás do gol de Diego, que nem esboçou reação de ir nela. Foi um chutaço de primeira após a zaga afastar que Leandro Alves não perdoou.
O gol deu ânimo ao time amarelo e preto, que forçou pela direita. A jogada deu meio que errado e a bola foi adiantada para dentro da área. Ali tinham o goleiro Diego e mais 3 jogadores do Acidus para afastar a bola, mas houve indecisão entre todos e Nando chegou para tocar a bola e ser derrubado por Robinho. Pênalti marcado e Leandro Alves de novo mandou um torpedo à meia altura para fazer o Bengalas perigosamente encostar no placar.
Inexplicavelmente, quando o Acidus levava a bola ao meio de campo o árbitro anunciou pedido de tempo. Do Acidus para ver o que tinha acontecido em tomar dos gols? Não, do Bengalas! O time de Guitolê faz dois gols e, quando iria pra cima pra virar, pedem tempo para esfriar o jogo e dar a oportunidade do adversário conversar e se acertar. Guitolê, quando soube que o tempo fora pedido por seu time, ficou indignado e passou a reclamar. Bizu tomou as dores, dizem alguns, de seu sogro (pois ele teria pedido o tempo), e foi discutir com o irmão e o pai que estavam do lado de fora. Resultado: o Acidus conversou e o Bengalas brigou. “Não deu pra entender o porquê do tempo. Foi uma coisa ridícula”, comentou o zagueiro Wilson Zequinha após o jogo.
Até o fim do primeiro tempo foram mais 5 minutos de tentativas do Acidus com o Bengalas buscando lançamentos, mas ambos sem sucesso. O Acidus ainda viu Ricco explodir a redonda no travessão em cobrança de falta. Por muito pouco sua canhota não deixa o time amarelo-limão com mais vantagem no intervalo. E com 3 a 2 o jogo foi para o segundo tempo.
Ao retomar, o fantasma do empate até pode ter pensado em assombrar o Acidus, mas a canhotinha de Ricco que não entrou no primeiro tempo resolveu mandá-la para outras bandas, pois em nova cobrança de falta do meio de campo ele acertou um chute perfeito para fazer um golaço, o mais bonito do jogo. Foi um canhão de 3 dedos que fez a bola fazer uma curva sensacional, saindo da barreira e indo explodir no ângulo da meta de Djow.
Fato é que Ricco fez seu segundo gol, vibrou muito e deu tranqüilidade ao Acidus de contra-atacar. Bizu voltou a campo e perdeu alguns gols, chutando por cima e para a lateral do gol de Diego depois de, dentro da área, se livrar da marcação. Mas a noite era do Acidus, pois Barata, talvez enciumado, resolveu fazer também o seu golaço. Após cobrança de lateral – muito discutido pelo Bengalas, pois acreditavam ser deles – Barata matou, levantou a bola e mandou uma chinelada que explodiu no travessão e foi balançar as redes do Bengalas. Era o 5 a 2.
O Bengalas chegava na base do desespero, já sem padrão de jogo algum. Muito do nervosismo era gerado pela agitação incontida e berros histéricos do técnico Xykão do lado de fora. Ele desistiu de arrumar o time, coisa que não tinha conseguido até então, e passou a apenas pressionar o árbitro que estava do seu lado do campo. A tática era da intimidação para ver se ele apitava a favor de seu time, já que, segundo ele e o Bengalas, a arbitragem tinha errado na falta que resultou no terceiro gol do Acidus e também no lateral que originou o quinto gol. Mas Lói e Marquinhos estavam ali para conter os gigantes e o pequenino Dudu, que corria e tentava jogadas pelas pontas.
Mas foi o Acidus que voltou a marcar, com Robinho deixando o seu aos 13 minutos, após Ricco tocar da linha de fundo para o camisa 10 empurrar sem esforço alguma e quase sobre a linha. Na seqüência, Lucas, que há poucos minutos entrara, roubou bola no meio de campo de assistiu Philip, que tocou na frente, driblou o zagueiro e mandou pras redes. Não percam a conta: 7 a 2. Mas o Bengalas não demorou a descontar. O mesmo Leandro que marcara duas vezes fez seu terceiro, após rebatida na zaga e do goleiro. Em seguida, dois minutos depois, Dudu chutou cruzado para vencer Diego e diminuir mais ainda para 7 a 4.
Foi a deixa para o Acidus parar o jogo com tempo. Na volta, Diego liga contra-ataque para Philip. Thuram sobe praticamente no meio de campo para cortar e cabeceia para trás. A bola sobe e vai morrer no ângulo de seu próprio gol. Djow ainda foi nela, mas o lance era daqueles de quem tem a sorte a seu lado e a redonda passou rente a trave, vindo de cima, quase reta. O gol foi tão inusitado que um silêncio se fez, ninguém, com exceção de Lucas, comemorou, como se não acreditassem ainda que fosse mesmo gol. Diante do gol, Lucas, que tinha sido perseguido pelas bengaletes durante o jogo, ainda mandou um aceno e uma referência às belas meninas da torcida adversária. “Depois desse jogo elas vão torcer pra nós”, comentou o jogador, que logo em seguida perdeu um gol ao chutar na rede pelo lado de fora em passe de Philip.
Coube ao nome do jogo, Felipe Ricco, que carrega no sobrenome a indicação de fartura, fechar o farto e ricco placar do Acidus no jogo – 9 a 4. No contra-ataque, ele seguiu pelo meio enquanto Philip e Barata abriam pelas pontas. Cortou um e, quando fez que ia tocar, chutou por baixo do goleiro, que esperava o toque lateral.
O Acidus vence um adversário forte e de briga direta pelo G-4 e enfim convence com um futebol bem jogado. Ao Bengalas, sobrou desorganização, reclamação e briga entre os próprios jogadores, como entre os irmãos Bizu e Guitolê. “O cara é expulso, só fica de fora tomando cerveja e vem querer apitar quando estamos jogando”, reclamou Bizu. “Ele ficou bravo porque ele, ou o sogro dele, pediu o tempo e a gente reclamou da bobagem que foi isso. Ele tomou as dores”, retrucou Guitolê, que com seu jeito calmo contrasta radicalmente com o ar nervoso do irmão. “Mas que foi burrice aquele tempo, isso foi. E ninguém do time discorda”, completou o artilheiro, que volta no próximo sábado diante do Atlético Osasquense.
22/10/2008
46º Boletim Chuteira News
ACIDUS FAZ HISTÓRIA E MARCA 23 NO TOSCO
Sábado definitivamente não foi um bom dia para o capitão Mikas do Tosco. De manhã, recebeu a notícia de que meia dúzia de jogadores do seu time tinha debandado. Em seguida, soube que a mãe quebrou o braço. Chegando ao PlayBall para o jogo contra o Acidus, descobre que terá apenas 6 jogadores para a disputa. Goleada anunciada, Mikas tratou de manter o bom humor e jogar o que era possível ao lado de seus 5 companheiros. O Acidus fez o mesmo com a presença de praticamente todo seu elenco. Resultado: 23 a 0 e recorde de gols do Chuteira.
Mesmo em inferioridade numérica, o Tosco mostrou vontade, determinação e muito, mas muito fair play para não dar pontapé em Robinho e Philip, que tratavam de exagerar nas firulas. Aliás, o Tosco fez uma única falta durante os 50 minutos, e foi numa mão de Juizão. O Acidus fez duas – uma de Daniel e outra de Lucas, que foi amarelado injustamente e agora está pendurado.
Como não poderia deixar de ser, o Acidus foi marcando gols. Ricco, Barata, Ricco mais duas vezes, Robinho, Ricco de novo, Ricco de novo, Pedrinho, Kirk, Lucas e Philip fecharam o placar de 11 a 0 para o time amarelo-limão. O placar só não foi maior porque Lucas estava afoito diante dos pedidos da torcida por gols e acabou por perder vários deles – ou chutando para fora ou chutando em cima de Melo, que fez muito bem sua parte na meta da equipe. Só não foi tão mal porque deu várias assistências para gol, como para Pedrinho após jogada na linha de fundo em que passou por três jogadores. Os gols foram praticamente todos de dentro da área, apenas Ricco experimentava de fora.
No segundo tempo, Diego, que não fez uma defesa sequer, foi para a linha e o goleiro Pedro assumiu o gol do Acidus. E os gols continuaram a sair: Ricco, Lucas e Marquinhos marcaram, mas foi Diego que roubou a cena com 6 gols, inclusive roubando gol de Robinho. O placar apontava já 22 a 0 quando o zagueiro Daniel, de tanto tentar fazer o seu, recebeu na área e chutou. Melo defendeu e foi afastar. A bola bateu na cabeça de Daniel e entrou no gol, para explosão de alegria da torcida e uma comemoração radiante do jogador: ajoelhou-se e levantou na bola acima da cabeça. Em seguida, saiu fazendo o balançar de mãos como que carregando um bebê. “Foi uma homenagem ao filho que eu não tive”, confessou ele, lembrando evento de quatro anos antes.
Pelo Tosco, pouco antes do apito final um belo chute de Renato Feijão tinha endereço certo – o ângulo – se não fosse o belo salto e defesa de mão trocada do goleiro Pedro, que garantiu o zero no placar.
Para o Acidus, o jogo serviu para dar ao time o melhor saldo de gols da competição e o segundo melhor ataque (um a menos que o Aurora), pois em termos de posição na tabela não mudou nada (continua na já incômoda 5ª posição). Para o Tosco, duas certezas: que o recorde do Beer Point de mais de 100 gols sofridos pode ser batido e que o Chuteira de Prata vem aí.
29/10/2008
47º Boletim Chuteira News
ACIDUS DESBANCA CAMPEÃO FIORELLA
O até então segundo melhor ataque do torneio diante da melhor defesa sobrando da competição. Assim Acidus e Fiorella entraram em campo para fechar a 9ª rodada do Grupo A. E o placar de 4 a 1 para o Acidus representou bem o domínio quase total do jogo por parte do time amarelo-limão e provou que o poder ofensivo da equipe vai muito bem – afinal, foi o único time a fazer mais de três gol no goleiro Fábio Fonseca, que salvou o time no início e no final do jogo com belas defesas.
Bola rolando e o Acidus já buscava o gol adversário com o trio Robinho-Philip-Ricco. Entretanto, o bom toque de bola desta vez não conseguia furar o forte bloqueio defensivo do Fiorella, que conseguia tomar bolas no meio de campo e sair no contra-ataque. Mas não demorou para as oportunidades surgirem, mas o goleiro Fábio defendeu chute de Philip, outro de Robinho e mais outro de Barata. Na bola parada, Ricco carimbou a barreira e em seguida mandou na trave baixa direita do goleiro.
O bom posicionamento da defesa do Fiorella ajudou na chegada ao ataque, que, após cruzamento de linha de fundo pelo lado direito, marcou com Fábio Alencar escorando sozinho para abrir o placar. Era a metade do primeiro tempo e o atual campeão saía na frente. Até aquele momento, o time apostava mais nos chutes de longa distância, que passavam sempre muito perto do gol de Diego.
Perdendo, o Acidus foi para cima e começou aparecer mais na velocidade. A entrada de Kirk deu mais agilidade no ataque, mas as jogadas de triangulação não saíam. O Fiorella continuou a levar perigo, mas muitas investidas eram barradas pelos zagueiros Rafão e principalmente Marquinhos, este numa noite mais do que inspirada, desarmando muito e comandando a vibração do time em campo. E o Acidus martelou e chegou a marcar um gol com Kirk, que foi anulado pois a arbitragem entendeu que houve toque de mão no jogador no rebote do goleiro. Mas o Acidus não desanimou e, aos 20 minutos, Kirk toca a bola para Philip um pouco à frente do meio do campo. O camisa 80 não perdoou e colocou com primor a redonda para dormir no ângulo de Fábio Fonseca. Foi um chute fraco, colocado, daqueles que quase não se vê justamente porque poucos sabem e podem fazê-lo. Quase a folha seca do mestre Didi.
Empatado, ainda houve tempo para Diego sair jogando e driblando quase o time do Fiorella todo pela direita. Lance que ele perdeu no campo de ataque e teve de voltar correndo para não levar um gol de cobertura. O jogo seguiu com o Acidus tomando a iniciativa maior de ataque, enquanto o Fiorella esperava a melhor chance de se aventurar em busca do gol. E empatado o jogo foi para o segundo tempo, que teve um jogo praticamente perfeito por parte do Acidus, que lhe garantiu os 3 pontos.
O jogo voltou na mesma toada e não demorou para as jogadas saírem. Kirk passou a jogar mais livre pelas pontas e em alta velocidade e via o enfim estreante Armando Alemão vindo pelo meio. Mas foi em jogada pela esquerda aos 5 minutos que o Acidus virou o jogo. E quem deve ter se arrependido de não estar na partida é o capitão Lói, que não pode ver o até então jogador fantasma do Acidus Armando chutar cruzado para desempatar. Em todo jogo Lói perguntava se o Armando Alemão viria, em todo jogo ele ouvia um não. Quando ouviria um sim, não estava lá para ver.
E o mesmo Lói deve estar mais chateado ainda por, dois minutos depois, ter perdido novo gol de Alemão, desta vez assistido por Kirk. O Acidus fazia 3 a 1 e tinha tranqüilidade para tocar a partida. Mas foi aí que o Fiorella resolveu apertar e a jogar mais pelas laterais, principalmente com Tiago Silva, Van-Van e Jefferson Firmino, com Fábio Alencar vindo pelo meio. Mas Marquinhos foi um gigante e não parava de tirar bolas. Quando não ele, algum jogador, como Barata e mesmo Philip, estava ali para ajudar. Viu-se mesmo Kirk e Robinho marcando e saindo para o jogo.
E com 3 a 1 o Acidus tinha o contra-ataque à sua disposição. E tratou de usá-lo muito bem. Após lançamento para Philip, este adianta e é tocado pelo goleiro fora da área. Falta e amarelo para Fábio Fonseca. O Fiorella passou a reclamar demais com a arbitragem do lance – sem razão alguma – e a retardar a cobrança. Quando da formação da barreira, Rogério Silva insistiu e exagerou na reclamação e também foi amarelado. O Fiorella ficava com dois a menos por dois minutos.
A cobrança não deu em nada, mas o Fiorella quase marcou no contra-ataque. O Acidus, com vantagem numérica, tratou de perder ao menos 2 gols feitos ao exagerar no toque de lado quando 3 jogadores estavam contra goleiro e um zagueiro. Kirk para Philip, para Ricco, que chuta pra fora. Em outro lance, um toque a mais e o gol que mataria o jogo foi perdido. Quando os jogadores suspensos momentaneamente voltaram, foi a vez de Rafão tomar o seu amarelo. E com isso o Fiorella passou a pressionar mais. Foi a hora do goleiro Diego brilhar, com 3 belas defesas – duas de chutes de fora da área e uma de chute da entrada da área pelo lado direito.
O Fiorella passou a errar mais passes no ataque, facilitando o trabalho defensivo do Acidus. E foi aos 20 minutos que o Acidus matou o jogo e o Fiorella com novo gol de Philip, que teve classe para receber lindo passe de Kirk, fintar o goleiro e entrar praticamente com bola e tudo e um bicão raivoso pra dentro do gol para decretar a vitória acidiana. Van-Van ainda lutou muito, mas o Fiorella já tinha entregado os pontos com a colocação da culpa na arbitragem pela derrota. E assim o jogo acabou, com 4 a 1 fluorescente no placar e uma grande empolgação por parte do Acidus, que se uniu e vibrou com o belo futebol apresentado a poucos espectadores naquele noite quente. “É assim que o time tem de jogar sempre. Com toda essa garra, vontade e grande futebol”, comentou o goleiro Diego ao fim da partida. Marquinhos, não por acaso eleito melhor em campo, foi a maior representação das palavras de Diego em campo, que todos copiaram para fazer o Acidus enfim sair da 5ª colocação. Até isso o capitão Lói perdeu de ver.
05/11/2008
49º Boletim Chuteira News
ACIDUS CONFIRMA BOA FASE COM VITÓRIA SOBRE AURORA
De baixo do forte sol que fazia na cidade de São Paulo, Acidus e Aurora vieram a campo classificados para a próxima fase da competição, mas lutando por melhores posições. A equipe amarelo-limão ainda sonha com uma posição além de um quarto lugar recém-conquistado, assim como o Aurora que também buscava subir na classificação, já que caiu para 5ª na rodada anterior.
Começou o confronto e logo no início duas divididas mais ríspidas de Alex, do Aurora, com Ricco, do Acidus, e outra entre Rafão e Pena mostravam que a partida não seria nada fácil ou amistosa. Tanto que Ricco, em menos de 2 minutos, sentiu o pé e ao invés de pedir substituição para se recuperar pediu tempo. Uma atitude infantil e burra do jogador que queimou o único tempo que o time podia pedir para tomar uma água. Mas com a bola rolando o Acidus resolveu mostrar que seu poder ofensivo era capaz de derrubar o adversário. Depois de perder a bola no ataque, Robinho pressiona a defesa, que recua errado ao goleiro, que se atrapalha, e consegue fazer a bola chegar a Philip, que foi rápido para abrir o placar.
Se a defesa do Aurora errou, a defesa do Acidus retribuiu dois minutos depois. O zagueiro Lói deu um passe bisonho para Pena chutar rasteiro e empatar o jogo. O empate acordou o Aurora, que melhorou muito em campo e passou a pressionar o adversário em busca da virada. Contando com a vantagem numérica após Rafão receber amarelo, o Aurora foi para cima e obrigou o goleiro Diego a mostrar porque é um dos melhores goleiro da competição. Ele realizou lindas defesas em chutes de Pena e numa cabeçada de Wellington em que foi buscar no ângulo. Nas bolas paradas residia o perigo maior do Aurora.
No entanto, a equipe de Maradona não aproveitou a vantagem numérica momentânea, e quem chegou ao segundo gol foram os acidianos. Philip recebe na área de Ricco e dribla o goleiro, que não tem outra saída a não ser derrubá-lo. Pênalti e amarelo para Leo Alemão. Na cobrança, o próprio Philip colocou o Acidus em vantagem. Eram jogados 12 minutos ainda.
De novo atrás no marcador, o Aurora foi em busca da igualdade. Mesmo com mais posse de bola, o time pouco ameaçou o gol do rival. A maior chance que teve foi com Pena num contra-ataque que Lói desarmou com elegância.
As equipes voltaram para o segundo tempo buscando o gol adversário. E logo o Aurora mostrou vontade, quando Maradona enfiou um bolão entre os zagueiros para Ronaldo, que, de dentro da área, chutou fora e desperdiçou ótima chance de empatar novamente. Do lado do Acidus, aos 4 minutos de novo Philip não desperdiçou a chance que teve ao receber passe de Robinho e, na saída do goleiro, anotar seu terceiro gol, terceiro do Acidus.
O gol veio como um balde de água fria para o Aurora, mas mais ainda foi alguns minutos depois, quando o time deu bobeira de novo e, numa tarde infeliz, Leo Alemão teve de sair da área e cometer falta em Barata quando este já o driblava para marcar seu gol. Foi um repeteco do lance do pênalti, e logo que aconteceu Lucas, do banco, gritou por cartão em razão da violência da falta. Por incrível que parece, os árbitros amarelaram Lucas, que agora cumpre suspensão, e não deram nada para o goleiro, que deveria ter sido advertido e expulso do jogo. Talvez ciente do seu erro, que foi resultado de erro da zaga, Leo Alemão falhou ao não defender chute do goleiro Diego, que atravessou o campo para cobrar a falta. Um chute forte mas no meio do gol que Alemão espalmou para dentro.
O restante do jogo foi um Aurora sem motivação para buscar o resultado sem inspiração. Mesmo Pena teve outra ótima chance ao disparar sozinho contra Lói, que novamente tirou a bola do adversário. O Acidus perdeu contra-ataques e acabou por se satisfazer com o 4 a 1. Ao Aurora, depois de tomar o 3 a 1, coube ficar na reclamação com os árbitros pela, segundo eles, tendenciosa arbitragem. Esqueceram de jogar bola para reclamar e, no final da partida, endureceram o jogo com faltas mais ríspidas. Um jogo pegado que o Acidus soube matar na hora certa, evitando que o Aurora crescesse e se impusesse.
A vitória coloca definitivamente o Aurora como a 5ª força do grupo, tendo perdido 4 jogos justamente para os 4 primeiros colocados. O Acidus luta pela 3ª posição, que deve vir na rodada final.
21/11/2008
51º Boletim Chuteira News
DIABOS VEM COM JOGADOR A MENOS E DÁ TRABALHO PARA O ACIDUS
O jogo era muito esperado e um dos que mais prometiam equilíbrio das oitavas. Os jogadores do Diabos, especialmente o capitão Juba, prometeu um grande jogo a semana toda. Para decepção de todos, o Diabos chegou para o jogo com um jogador a menos. Lillo, disseram os presentes, preferiu ir para a praia a jogar a decisão; Argentino já estava com viagem marcada e era conhecido desfalque, e Juba, o mais animado durante a semana, teve uma morte na família no dia e não teve condições de ir. O jogo que outrora prometia muito virou um jogo de caça e rato, típico jogo de futebol que o Acidus não consegue jogar. Resultado: um jogo feio, um Acidus desmotivado e nada vibrante, um Diabos guerreiro que segurou o time amarelo-limão até quase a metade do segundo tempo, mas sucumbiu ao final e viu o jogo acabar antes do tempo regulamentar por falta de jogadores.
Mesmo ouvindo as palavras de Barata chamando por raça e vontade, o Acidus parecia sonolento, como sempre joga quando o adversário parece já derrotado em campo – leia-se, quando joga com um a menos. O time não vibrou em um lance sequer, nem quando abriu 3 a 0 em menos de 8 minutos ouviu-se comemorações. Barata, com a ajuda da zaga, Philip e Rafão, de cabeça, deram a vantagem ao Acidus para o time começar a relaxar.
Sem vontade, com exceção de Barata, que corria como louco, o Acidus errou passes com Lói, errou posicionamento com Rafão, errou ao subir quase todo mundo ao ataque e deixar espaço para o perigoso Ronei contra-atacar. Num destes, apesar de a defesa ter se recomposto, Ronei mandou um canudo cruzado da direita que bateu na trave de dentro do gol de Diego, que só teve tempo de olhar e ver a bola entrar. O gol irritou o Acidus, que não mudou seu jeito de jogar e continuou a perder gols, exagerar nos toques na frente da área e a querer dar toques de letra ao invés de mandar para as redes. O preciosismo de Philip rendeu até discussão no intervalo entre os jogadores. Por incrível que possa parecer, Robinho era a peça mais sóbria do ataque limão, com seus dribles dando certo e ele arrematando para gol. Em 3 delas, Porps saiu bem e impediu o gol do camisa 10.
Por não fazer e jogar com certa displicência, Ronei castigou o Acidus de novo com outro gol, diminuindo para 3 a 2 e tornando o placar um tanto arriscado para uma equipe que jogava com um a mais o jogo todo. Foi a deixa para um pedido de tempo e muita discussão entre os acidianos. O time voltou pouca coisa melhor, mas ao menos a defesa se arrumou e parou de querer subir toda hora.
No segundo tempo, era questão do Diabos cansar para o Acidus deslanchar. Mas não foi assim que aconteceu, pois o jogo continuou equilibrado. Barata fez jogada individual pela esquerda, cortando para dentro, e mandou um chute rasteiro no cantinho. Porps ainda tocou na bola, mas não impediu o 4 a 2. Não deu tempo de respirar, pois Jão diminuiu três minutos depois, mantendo o jogo em aberto e criando expectativas em todos. O Acidus voltou com seu trio de maior toque de bola para campo e Ricco encontrou Philip livre dentro da área para driblar Porps e fazer seu 19º gol na competição e o quinto do Acidus.
Ali parecia que o jogo estava decidido, mas o Acidus fez questão de dar emoção ao dobro para o mesmo. Jão marcou mais um livre de cabeça, após cobrança de escanteio. Foi o último suspiro do Diabos, que já morto em campo e cansado de correr atrás, com tentativas individuais de chegar ao ataque de Ronei e Emerson, acabou sucumbindo e o Acidus marcou mais 3, com Robinho, Pedrinho e de novo Barata. Porps fez ótimas defesas, como uma cara-a-cara com Barata e outras saídas no pé de Robinho.
O jogo seguia tranqüilo até que, aos 18 minutos, o zagueirão Vavá fez falta em Kirk por trás e levou amarelo. Ficou discutindo e tomou o azul. Reclamou mais, xingou e tomou o vermelho. O Diabos ficava com 2 jogadores a menos, o limite para continuar o jogo. No lance seguinte, Porps sai da área para cortar lançamento com a mão e tomar também o cartão amarelo. Com apenas 3 jogadores na linha, na mesma hora os árbitros encerraram o jogo, evitando que o placar fosse mais elástico e pondo fim a um jogo que prometia muito e não rendeu quase nada.
Mal ou bem, o Acidus passou de fase e agora encara o Kadência, num jogo de dois times que não jogaram nada nas oitavas e ficaram devendo. O Diabos já pensa em reformulação total, com troca inclusive do nome do time para a temporada 2009.
21/11/2008
52º Boletim Chuteira News
COM NOVO EMPATE, KADÊNCIA CHEGA ÀS SEMIFINAIS
Acidus e Kadência se enfrentaram no último jogo válido pelas quartas-de-final para decidir quem jogaria contra o Joga 13 nas semifinais. A partida foi marcada por um Acidus mal no primeiro, que chegou a sofrer três gols de desvantagem, e por uma boa reação nos minutos finais do segundo tempo, que valeu a igualdade no placar.
O Kadência começou com tudo e logo no início Bruno Alóia abriu o placar. Paulinho cobrou escanteio, Renan desviou para o gol, obrigando o goleiro Diego a fazer uma espetacular defesa no canto direito baixo da meta, mas no rebote Bruno encheu o pé para fazer 1 a 0.
Na seqüência o Acidus foi ao ataque com Robinho e Philip, e chegou a assustar o goleiro Renato. Barata enfiou bola para Philip dentro da área, que bateu em cima do goleiro e desperdiçou boa chance. Robinho apareceu na ponta e serviu Rafão, que se aventurou no ataque e obrigou Renato a fazer uma linda defesa à queima-roupa.
Mesmo com os rápidos jogadores que tem no meio para frente, o Acidus não conseguia impor o seu jogo e fazia uma primeira etapa bastante apática, principalmente no setor defensivo, que cometeu diversas falhas. Paulinho, que não tinha nada a ver com isso, tirou de Lói dentro da área e bateu de esquerda para defesa segura de Diego. Pouco depois, o próprio Paulinho recebeu cartão amarelo, deixando sua equipe com um a menos por dois minutos, mas o Acidus não conseguiu transpor o sistema defensivo do rival e aproveitar a vantagem momentânea para mexer no placar.
Ainda no primeiro tempo o Kadência aumentou a vantagem. Aos 16 minutos, Paulinho prendeu a bola na ponta esquerda, esperou a passagem de Pedrinho nas costas da defesa e enfiou um bolão na área para o camisa 10, que, de frente para o goleiro, não perdoou e fez 2 a 0. O terceiro saiu logo em seguida, após bonito lance de Paulinho. De maneira muito bonita, ele dominou bola lançada, cortou o zagueiro e de calcanhar colocou a bola para Bruno acertar bonito chute. A redonda ainda tocou no travessão antes de entrar no gol de Diego.
Foi a deixa para o Acidus pedir tempo e arrumar a bagunça que era o time naqueles quase 20 minutos de jogo. O time voltou mas a coisa continuou igual. Era toque de um para outro mas nada de adentrar a área adversária ou experimentar o arremate de fora. Com suas principais peças apagadas, eram presa fácil para a forte marcação do Kadência. Robinho exagerava nas firulas e não ganhava uma bola sequer. Ricco, o único que chutava de fora, não conseguia espaço para o arremate.
Mas mesmo fazendo um primeiro tempo bastante apagado a equipe chegou a diminuir a desvantagem. Ricco recebeu na direita e acertou belo tiro no canto oposto, sem chances para o arqueiro Renato. Todavia, o gol pouco mexeu no panorama da partida, pois imediatamente os kadencianos fizeram outro. Pedrinho cobrou lateral, a zaga adversária parou e Paulinho se antecipou a Marquinhos para pegar de primeira um chute tão estranho quanto fatal. Diego nem se mexeu e viu a bola rolar lentamente no cantinho do gol. E em 4 a 1 acabou o nó tático do Kadência no Acidus no primeiro tempo.
Iniciou-se o segundo tempo e Kirk apareceu para fazer uma boa jogada. Ele recebeu na esquerda, fintou o marcador com um toque de leve e bateu para a defesa do goleiro. Na seqüência, um lance do qual os jogadores do Acidus reclamaram muito com a arbitragem: a marcação de um pênalti de Rafão em Paulinho quando este adentrava a área. Daí foi a vez do goleiro com o maior número de estrelas do MVG começar a brilhar no confronto. Paulinho na batida e o goleiro voou bem no canto direito alto e foi buscar a bola. Ela ainda tocou no travessão e foi para escanteio. Uma defesaça. “Ele acertou o canto que eu ia bater”, lamentou-se Paulinho no fim do jogo.
O gol, como não podia deixar de ser, acendeu o Acidus, que viu um jogo perdido caso fizesse o 5 a 1 mudar de figura. A importantíssima intervenção do goleiro valeu à equipe ânimo novo para buscar o resultado. E a perseguição começou em seguida, quando Robinho marcou bonito gol de calcanhar após Marquinhos ganhar dividida com o adversário dentro da área. Pouco depois, Bruno fez falta dura em Barata e levou cartão amarelo. Na cobrança de falta, quase na ponta da área, o goleiro Diego encheu o pé direito e fez um belo gol. O Acidus encostava em 4 a 3.
De forma relâmpago, o Acidus, que havia jogado de forma apática o primeiro tempo, acordou para o jogo. Mais cansados, o Kadência já não conseguir marcar com tamanha determinação a velocidade dos atacantes adversários e cederam o empate aos 14 minutos, num gol meio sem querer de Philip. A equipe chegou tocando a bola e, antes que ela fosse para Philip dentro da área, o zagueiro Ivan apareceu e deu um bico nela. Por sorte do Acidus a bola bateu em Philip e enganou o goleiro. Era o empate.
Mesmo empatando a partida quem se classificaria à semifinal era a equipe do Kadência por ter melhor campanha na primeira fase. E a tarefa da equipe verde-limão voltou a ficar mais difícil quando Paulinho, no contra-ataque, tocou para Bruno, que passou por Kirk e, num chute cruzado, fez o quinto gol, para alívio do time.
Com ainda 7 minutos para serem jogados, o Acidus foi para cima. Quando Philip foi derrubado dentro da área pelo goleiro Renato ao tentar matar a bola de costas para o gol, todo mundo ouviu a pancada, viu o pênalti claríssimo, esperou o apito do árbitro e... nada. O árbitro viu o lance e não deu pênalti, para indignação de todos os jogadores, torcedores e até nuvens que passavam por cima da quadra. A equipe amarelo-limão era visivelmente prejudicada por um erro crasso de arbitragem. Caso o penal tivesse sido marcado possivelmente a história da partida fosse outra.
A não marcação do pênalti abalou o Acidus, que deu uma diminuída no seu ritmo e ainda teve um cartão azul para Barata, que fez falta feia em Paulinho para parar jogada de contra-ataque ao perder a bola no meio. Mas mesmo com um a menos o Acidus empatou novamente, agora com um gol contra muito esquisito marcado por Bruno, que sem explicação, chutou contra seu gol de frente da área ao tentar tirar bola de Kirk.
Mas a reação da equipe parou por aí, e 5 a 5 foi placar final da partida, para alívio do Kadência, que estava já exausto de correr atrás do adversário. “Mais dois minutos e perdíamos o jogo”, sentenciou Paulinho ao fim do jogo. Se o Kadência comemora, o Acidus, eliminado, caiu de pé, lutando e com uma reclamação de um pênalti inacreditavelmente não marcado. Ninguém presente ousou dizer que não foi pênalti. “Foi o pênalti mais pênalti que eu já vi no Chuteira. E não foi marcado”. Essa foi a frase que os jogadores do Acidus mais ouviram ao sair de campo dos amigos dos demais times.