02/09/2007
12º Boletim Chuteira News
ACIDUS DÁ AS BOAS-VINDAS AO NOVATO TOSCO COM GOLEADA HISTÓRICA
O Acidus finalmente desencantou e aplicou uma goleada em um adversário. Depois de vitórias sempre apertadas, o Tosco acabou pagando pela inexperiência e sofreu a maior goleada registrada na história do Chuteira de Ouro – 16 a 3. O elástico placar foi construído depois do susto inicial, em que o zagueiro Ph surpreendeu e saiu livre na cara do gol para abrir o marcador. Mas logo em seguida, num contra-ataque, Pedrinho empatou o jogo em chute cruzado. Começava a ser construída a goleada. Foram gols de Martins (5), Lucas (3), do novato Dink, contratado do ex-Bad Boys, em gol de falta, Cavalera (3), que chegou para o segundo tempo, e até Robinho, que fez 2 gols nos minutos finais depois de muito tentar. Rodrigo ainda marcou em escanteio, mas o árbitro deu reversão na cobrança. Para o Tosco anotaram o já citado PH e duas vezes o camisa 10, Fabinho, que mostrou ser bom de bola.
A partida foi muito truncada, com muitas faltas de ambos os lados. Apesar disso, não foram por elas que o árbitro amarelou diversos jogadores do Acidus. O cartão amarelo para Martins, por exemplo, até o fechamento desta edição permanecia inexplicável.
Com a vitória, o Acidus, sai na frente no IV Chuteira pelo saldo de gols. Mas a diretoria da equipe mantém os pés no chão e sabe que foi um dia atípico, cujo adversário pagou pela inexperiência de seus jogadores – Tosco tem uma média de idade próxima aos 18 anos.André Bena, capitão da equipe Tosco, avisa que pretende procurar reforços e dar mais cadência de jogo à equipe. Segundo ele, o que faltou foi um zagueiro que ficasse mais fixo, o que preencheria os espaços tão bem aproveitados pelo ataque acidiano. De fato, sem mudanças, as pretensões do Tosco não serão mais do que evitar grandes goleadas.
16/09/2007
13º Boletim Chuteira News
ACIDUS TOMA SUFOCO TOTAL, MAS VENCE SÓ LANCE
Ganhar um jogo é sempre bom, mas ganhar um jogo com time desfalcado, jogando mal e ainda sofrendo pressão mais da metade do jogo é coisa rara de se ver e mais do que bom. Eis a lição que o Acidus leva pra casa com a vitória de 3 a 2 sobre o Só Lance: um jogo que podia ter sido goleado e ainda saiu com a vitória.
Mas a dinâmica do jogo não foi bem essa. Os dois times jogaram bola e erraram muito. Muito foi pouco, erraram demais da conta. Tanto erro que se não errarem mais durante todo o campeonato ainda ficam com saldo positivo de erros. Para o Acidus, Lucas abriu o festival de gols perdidos, ao chutar rente a trave um chute cara a cara com o goleiro. Depois vieram Harada (2 vezes!), Martins, Dink e quem mais quisesse chegar ao gol adversário. Do Só Lance, além da péssima pontaria de seus jogadores, teve ainda o obstáculo chamado Publius, que fechou o gol, abençoado, e salvou o Acidus inúmeras vezes.
O primeiro tempo acabou 2 a 0 para o Acidus, com gols de Dink de falta (mais um) e de Martins. No segundo tempo, um chute desviado matou o goleiro Publius e um pênalti inexistente foi convertido por Ronei. No lance, o jogador do Só Lance levantou para tentar alcançar uma bola que estava saindo pela linha de fundo e se enroscou no zagueiro Daniel, caindo na área. O juiz marcou a penalidade sem pestanejar. Antes do pênalti, Martins havia ampliado o placar para 3 a 1.
Com 3 a 2, a pressão do Só Lance foi total. Ao Acidus sobrou se defender e tentar algum contra-ataque, que veio com Harada, que perdeu gol incrível depois de driblar um zagueiro, e com Martins, que foi derrubado por Maurício quase em cima da linha da área.
Aos 24 minutos, tiro livre de 9 metros para o Só Lance devido à sétima falta coletiva do Acidus. Publius salvou o Acidus do empate ao defender o chute e o rebote duas vezes. Ao final, 3 a 2 no placar, vitória suada que mantém a equipe na liderança pelo saldo de gols. Por enquanto...
23/09/2007
14º Boletim Chuteira News
HOLLANDA DE BATORÉ DERRUBA ACIDUS DE VIRADA
Em menos de 5 minutos o Acidus já vencia por 2 a 0. Parecia que a terceira vitória da equipe era questão de tempo. Mas eis que surge um jogador que faria da bola sua arma e do adversário, sua vítima. Seu nome? Batoré. Guardem este nome.
Acidus 2 a 0, mas Batoré pega na bola. É gol. Em seguida, falta da meia direita. Batoré na bola. Um leve desvio na barreira mata o goleiro Publius, que vê a bola entrar no ângulo. 2 a 2. o Acidus tenta reagir e Martins faz 3 a 2, seguido por Robinho, 4 a 2. Final de primeiro tempo e Edmundo desvia de letra um cruzamento fraco sem muitas pretensões para diminuir para a Hollanda.
Segundo tempo começou e o Acidus mostrou o mesmo jogo perdido que apresentara contra Só Lance. A Hollanda nada tinha a ver com isso e pôs Batoré para trabalhar. Num dos gols mais bonitos do Chuteira, Batoré recebe de costas na ponta da área e rapidamente vira uma bicicleta. Caixa. Poucos acreditaram no que viram, mas menos ainda quando Batoré deu outra bicicleta igual e a bola explodiu no travessão. E assim Batoré empatou o jogo de bicicleta e virou num chute cruzado. Pedrinho ainda voltaria a empatar o jogo em 5 a 5, mas a tarde era de Batoré, que marcou seu quinto gol e o sexto do Hollanda. Com 6 a 5 e um erro de cobrança de falta do acidus, Neném fechou em 7 a 5 e derrubou mais um invicto.
30/09/2007
15º Boletim Chuteira News
ACASO E INDIVIDUALIDADES DE ROLETA DECIDEM CONTRA ACIDUS
O jogo mais esperado da rodada começou marcado pela cautela de ambos os times. Roleta Russa e Acidus parecem ter entrado com a mesma filosofia de jogo: fechar-se no seu campo e sair em contra-ataque. Ou seja, o receio de levar o gol era maior que a vontade de fazer. Por isso mesmo os primeiros 15 minutos foram no mínimo estranho. Nenhum time chegou com chance clara de gol. As oportunidades acabaram nas mãos de Publius ou para fora do gol de Matrix.
E como um jogo assim tinha de ser, foi o acaso que decidiu na abertura do placar. Em falta inexistente marcada pelo árbitro, Nação cobra rasteiro sem pretensões, mas Martins salta e a bola passa por baixo, matando o goleiro. O Roleta abria o placar. E com Nação o Roleta voltaria a marcar e a ampliar antes de acabar o primeiro tempo, depois de choque com Publius dentro da área ele marcou de cabeça deitado no campo. Ao Acidus, restou duas bolas na trave e a má sorte, que esteve ao lado do Roleta.
O segundo tempo a necessidade de sair pro jogo e buscar o placar fez com que o Acidus se abrisse e forçasse no ataque, o que deu chances para o Roleta contra-atacar, o forte do time. Numa jogada individual, Alemão descontou para o Acidus. Mas logo em seguida num contra-ataque depois de erro de Robinho no meio de campo, Bruno joga a bola pro pé esquerdo e manda no ângulo. 3 a 1 e a ducha na reação do Acidus.
O jogo ficou aberto, com a defesa do Roleta impedindo qualquer progressão individual de Robinho, anulado por Bocha. Enquanto isso, Cavalera pouco conseguia fazer e o estreante Saulo destacou-se na zaga do Acidus nos desarmes de contra-ataques. Quanto mais o Acidus tentava invadir o campo adversário, mais sofria contra-ataques. E num desses a bola chegou a Bob, que fez 4 a 1. Robinho ainda descontou sozinho dentro da área e sem goleiro depois de bate-rebate, mas a tarde era do Roleta, que viu Bruno marcar o quinto e fechar o marcador.
07/10/2007
16º Boletim Chuteira News
ACIDUS SE RECUPERA GOLEANDO FORA DE SÉRIE
No decorrer da semana que antecedeu o confronto entre Acidus e Fora de Série, o goleiro e capitão do Fora de Série, Beto, confessou estar preocupado com o ataque do Acidus. “Apesar de termos uma boa defesa, com só 7 gols sofridos, esse ataque do Acidus está me tirando o sono”, revelou ele. Pois bem, parece que seu receio tinha sentido – sua equipe foi derrotada por 8 a 4 num jogo marcado por muitos erros.
O Acidus começou tomando a iniciativa, enquanto o Fora de Série apostava em bolas longas lançadas por entre a zaga do adversário. O meia Kirk buscava as laterais do campo, mas suas investidas eram barradas por Márcio, Allan e André, a forte zaga do FS. Mas foi exatamente em um erro de saída de bola que o Acidus abriu o placar: Martins cortou passe e deu para Cavalera anotar. Em seguida, Kirk tabelou com Cavalera e fez 2 a 0. Aí foi a vez de o Acidus falhar, com Martins, e o FS diminuir. Não deu para respirar e Martins rouba bola da defesa e faz 3 a 1. E assim acabou o primeiro tempo.
Com a desvantagem no placar, o FS teria de sair mais para o jogo, dando espaço para os contra-ataques. Mas logo aos 2 minutos um lançamento longo da zaga passa por 2 defensores do Acidus e encontra Cláudio livre para marcar. Acidus marca com Robinho – 4 a 2. Alemão entrega na zaga e FS diminui de novo – 4 a 3. Barata faz 5 a 3 e Vini, em jogada tola do goleiro Publius, apelidado de “El Loco”, na lateral, marca para ficar 5 a 4. Eis que enfim o Acidus desencanta: Alemão, Robinho e Lucas fecham o placar em 8 a 4. Apesar do belo gol de Lucas, que tirou o goleiro Beto da jogada e quase sem ângulo jogou para as redes, o que chamou a atenção foi a comemoração do jogador, muito comentada após a partida. “Parecia o Richarlysson”, confessou Pedrinho, seu companheiro de equipe. “Simplesmente extrapolei minha alegria por voltar a marcar”, explicou Lucas em resposta a todos aqueles que comentaram o caso.
14/10/2007
17º Boletim Chuteira News
MENOS DE 5 MESES DEPOIS DA CONTUSÃO, LÓI VOLTA A JOGAR
Parecia inacreditável, e muitos jogadores do Chuteira que assistiram ao jogo entre Acidus e Roleta Russa ficaram apreensivos quando viram Lói, no final do segundo tempo, entrar em campo. Era a primeira vez que ele jogava desde a séria contusão no tornozelo em 5 de maio que o afastou do III Chuteira e o levou a uma cirurgia para religar os ligamentos do tornozelo. Naquele final de jogo, em que o Acidus perdeu por 5 a 2, Lói retornou aos gramados, pois não agüentou ver seu time atacar e sofrer contra-ataques do adversário.
Jogou cerca de 5 minutos contra o Roleta, mas contra o Fora de Série, na rodada seguinte, já chegou a jogar quase 15 minutos. “Não tenho condições ainda de jogar um jogo todo, mas aos poucos estou recuperando a forma física. Espero em dezembro estar jogando pelo menos 35 minutos”, confessa ele.
De 5 de maio a 29 de setembro, foram menos de 5 meses de recuperação para uma contusão que muitos o viam jogando apenas ano que vem. “Já sofri uma cirurgia igual a dele. Fiquei quase 8 meses parado e fiquei quase 2 anos sem pisar numa quadra por medo de voltar. Ele parece que superou o medo e isso é o fator mais importante nessas horas”, revela Lele, do Joga 13. Diante do retorno de Lói, que ele considera loucura, Lele ficou apreensivo do lado de fora do jogo do Acidus vendo o companheiro chutar e desarmar. “Fiquei superfeliz com a volta dele, mas ainda acho prematuro ele jogar um campeonato pegado como é o do Chuteira”.
Lói sabe que é prematuro e que talvez mais umas 3 semanas de fisioterapia e fortalecimento seriam importantes, mas a vontade de ajudar sua equipe foi maior. Lói sempre esteve presente nos jogos do Acidus quando a contusão permitiu e, no campeonato, mesmo não podendo jogar, era o primeiro a chegar – muitas vezes antes mesmo da Organização – e o penúltimo a ir embora – só antes da Organização.
Decidido que era hora de voltar, esperamos que Lói possa fazer um bom campeonato dentro do possível para um retorno de contusão e que seu exemplo sirva para os demais contundidos trabalharem para voltar o quanto antes.
27/10/2007
18º Boletim Chuteira News
ACIDUS SE REABILITA CONTRA MACHUPICHU
O jogo era decisivo para ambos os times, que tinham 9 pontos na classificação, e ainda tinha como tempero especial a rivalidade entre os 2 times. Desde a entrada do MachuPichu no cenário do Chuteira, havia uma vitória para cada lado – MachuPichu venceu amistoso preparatório para o III Chuteira e Acidus devolveu no III Chuteira. A partida desempataria o retrospecto.
Aguardava-se um jogo equilibrado, como de fato foi. A equipe do MachuPichu se manteve atrás, esperando o adversário, e dessa maneira conseguiu abrir o placar em um contra-ataque que, depois de defesa do goleiro estreante Diego e bate-rebate, sobrou para Caio marcar. Logo na seqüência, os “peruanos” perderam 2 gols de frente com o goleiro – Ricci tocou fraco para a defesa do goleiro – e ali começaram a perder a partida. Aos poucos o Acidus passou a dominar o jogo até abrir 3 a 1, com Cavalera, Robinho (este um golaço em que o atacante recebeu dentro da área de costas, girou com a bola embaixo dos pés e tocou no canto de letra) e Alemão, e terminar o primeiro tempo em vantagem.
No segundo tempo o Machupichu percebeu que se fosse ficar apenas esperando o adversário poderia perder de mais e partiu para o ataque. Rodrigo experimentou de fora da área e a bola entrou. Caio ainda empatou a partida, dando a impressão que a história seria diferente daquele jogo do III Chuteira... Mas não demorou muito para o eficiente Acidus ampliar para 5 a 3 em 2 contra-ataques, com Alemão, que pegou rebote de Tebas, e Cavalera. O Acidus matava o jogo na hora certa.
28/10/2007
19º Boletim Chuteira News
ACIDUS DERRUBA ÚLTIMO INVICTO
A manhã de domingo era de festa para o líder absoluto e invicto SNG: estréia do uniforme novo, time completo (com exceção do goleiro Sampa) e um adversário (Acidus) desfalcado de Alemão, Lói, Rodrigo e Dink. Tinha tudo para uma vitória tranqüila e Renê estourando na artilharia. Mas as coisas não aconteceram conforme o SN esperava. O Acidus, ao fim da partida, mostrou pela primeira vez ao SNG neste campeonato que um time pode sim agüentar o líder. De fato, quem não agüentou o Acidus foi o Se Não Guenta. Vitória apertada e emocionante por 6 a 5.
O jogo começou em ritmo acelerado, com os 2 times buscando o ataque. E, logo no início, aos 4 minutos, em jogada de Renê (respondendo aos “críticos” que afirmam que ele é apenas um “empurrador” de bola pra dentro do gol), Fabinho venceu o goleiro Diego, que substituía Publius “el loko”. Kirk, em seguida, perdeu gol incrível cara a cara com Messi. Mas na chance seguinte ele não desperdiçou – empatou o jogo. Renê não conseguia fazer seu jogo de pivô graças à forte marcação do Acidus, mas, num passe errado da defesa, o SNG recuperou e, após jogada de Allan, a bola rolou suave para Renê apenas tocar para dentro do gol (agora sim o Renê dos seus “críticos”...). Depois, foi a vez de Memé marcar. Em nova jogada de René com Allan, surge o lance que ajudou a definir a partida contra o SNG – Renê sente fisgada na coxa e sai do jogo. Sem sua referência no ataque, o Acidus tomou as rédeas da partida e foi buscar o placar adverso de 3 a 1. Cavalera diminuiu de falta, em falha do goleiro, e Barata empatou.
No segundo tempo as coisas foram mais intensas. O Acidus manteve-se no ataque e Martins marcou com gol de letra. Em seguida, foi a vez de Robinho ampliar. 5 a 3 contra e o SNG pede tempo. Conversam e resolvem mudar sua forma de jogar. Tiram o goleiro Messi e colocam Fefê no gol para jogar como um goleiro-linha e, com isso, ganhar o meio de campo com um jogador a mais. A tática deu certo e Fabinho, depois de bate-rebate na área, marcou. Pressão total do SNG, e o Acidus não conseguia encaixar o contra-ataque. Em jogada ensaiada de escanteio, ponto forte do líder, Abelha entra livre no primeiro pau e escora com os pés cobrança baixa. Era o empate.
A questão a partir dali era como o Acidus se comportaria. E eis que em nova jogada de Robinho, o goleiro Fefê defende mas solta a bola e Cavalera chega para marcar. Era o 6 a 5, placar que o Acidus manteria até o apito final dos árbitros. Ao fim da partida, uma pequena confusão entre jogadores das 2 equipes. Com a torcida toda contra o SNG – pelo menos de equipes amigas – foi normal a comemoração de lances de efeito, como o rolinho de Barata em Fabinho na linha de fundo. Alguns interpretaram o lance como desrespeitoso e houve discussões em torno de possíveis provocações por parte de jogadores do time vitorioso. Mas a questão foi apaziguada e Renê, capitão do SNG, deixou claro sua posição: “Provocar é normal, é do jogo. Temos de saber lidar com isso, principalmente quando perdemos”.
E assim caiu o último invicto do IV Chuteira, o SNG perdeu a invencibilidade depois de 7 jogos. A proeza coube ao Acidus, em jogo memorável. Aliás, vale anotar comentário pós-jogo de Renê. “É a maldição do uniforme. O SNG nunca ganhou um jogo em que estreou uniforme novo”. A sina permanece. Graças ao Acidus. E pensar que quase que o SNG deixou para estrear contra o MachuPichu...
02/11/2007
20º Boletim Chuteira News
ACIDUS ENTERRA O QUE RESTAVA DE CHANCES DE BUCETS
Bucets em ascensão e querendo sua primeira vitória dentro de campo após 2 empates e a vitória por WO contra CBB. O adversário era o Acidus, também em ascensão depois de 2 belas vitórias sobre MachuPichu e SNG. Só podia render um belo jogo e muito disputado. E foi o que se viu.
Sem Alemão e Barata, o Acidus começou com uma formação mais defensiva que de fato não se mostrou assim devido às constantes subidas do zagueiro Pedrinho ao ataque. O jogo corria parelho num zero a zero sem muitas chances claras de gol até que, em linda jogada de Kirk com Cavalera, a bola chega a Robinho que desvia do goleiro para abrir o placar. E foi com 1 a 0 que o jogo foi para o intervalo.
Ao começar o segundo tempo o Bucets veio com tudo pra cima, com destaque para as jogadas de Rafinha pela esquerda e do pivô Zé Michel, que constantemente venciam a zaga acidiana. Se não fosse o goleiro Diego o Bucets teria empatado muito antes do gol de Vitinho, por volta de 10 minutos. Com 1 a 1, o Bucets sentiu o bom momento e foi pra cima do Acidus, o que abriu espaço para o contra-ataque do Acidus, que foi mortal em 3 lances. Martins duas vezes e Kirk anotaram para o Acidus, parecendo que a partida estava decidida. Mas o Bucets foi guerreiro e partiu pra cima, conseguindo um pênalti cometido pelo goleiro Diego ao chegar atrasado para chutar uma bola, convertido por Zé Michel. Ele mesmo marcou o terceiro gol e Rafinha, após cortar para dentro em jogada pela direita, colocou no canto do goleiro. Era o empate. O que parecia impossível ao Bucets foi conseguido.
E o Bucets sentiu o bom momento e só restava ao time vencer. Mas em jogada de ataque do Acidus, após a bola ir para lateral, o zagueiro Tom se irritou e jogou a bola com força em um adversário. O árbitro, do lado do lance, expulsou o jogador. Com um a menos, o Bucets tinha que se defender e também que atacar. E, em passe vindo da esquerda, Kirk encontrou Martins livre para esperar o goleiro Nathan definir o canto e enterrar o Bucets com 5 a 4 no placar.
Acidus vencia ali e chegava a 18 pontos. Bucets perdia e não tem mais chances de classificação. Vai cumprir tabela contra MachuPichu e SNG, mas devem pensar em vencer também para não sair do IV Chuteira sem uma vitória de fato em campo. Questão de honra para o time que já foi vice-campeão do Chuteira.
Ao fim do jogo, em churrasco de confraternização, o atacante Kirk e o meio campista Cavalera, ambos do Acidus, lançaram a campanha “Dê um passe você também para o Martins”. A campanha é uma promoção do time diante de tantos passes açucarados recebidos dos companheiros pelo artilheiro do Acidus. Com os 3 gols, Martins chegou a 13 no campeonato, empatado com Lele, do Joga 13, e Nação, do Roleta Russa, na vice-artilharia. O artilheiro é ainda Renê, do SNG, com 20 gols.
10/11/2007
21º Boletim Chuteira News
ACIDUS FAZ 5 A 0 E ELIMINA DE VEZ CBB
Num jogo de nível técnico baixo, o Acidus bateu o Sport Club CBB por 5 a 0 e consolidou ao menos o 3º lugar na fase de classificação. A vitória levou a equipe a 21 pontos e ainda na briga pelo 2ª ou mesmo liderança nesta fase, mas que dependem de derrotas de Roleta Russa e do líder SNG.
O jogo começou muito fraco tecnicamente e com o Acidus indo pra cima. O CBB começou o jogo com um a menos e parecia que os gols do Acidus saíram com naturalidade. Logo aos 3 minutos, Lucas perdeu gol na cara depois de toque de Barata. O CBB jogava no contra-ataque, apostando em Victor e Murilo. O tempo foi passando e nada do gol do Acidus sair. Aos 10 minutos, chegou o sétimo jogador do CBB, que passou a atuar completo e a levar perigo ao gol de Publius, que voltou depois de suspenso por 3 jogos. Em falha de Lói, Publius salvou gol do CBB saindo da área para dividir bola com atacante adversário. E os gols perdidos do Acidus e as defesas de Vadão e Publius garantiam um jogo sem empolgação, sem gols e jogadas de efeito.
O placar só saiu do 0 a 0 quase no fim do primeiro tempo, em jogada pelo meio de Alemão, que se livrou de marcador e chutou rasteiro do canto do goleiro. E assim o jogo seguiu para o intervalo. O segundo tempo começou com o CBB pressionando, com Publius defendendo e torcendo o dedão da mão esquerda e com bola na trave. O empate amadurecia, mas Cavalera tratou de fazer 2 a 0 e esfriar os ânimos do CBB. Em seguida, depois de jogada de Cavalera pela direita, arremate para o gol com rebote do goleiro que Martins não perdoou e marcou seu 14º gol no campeonato. Em seguida, em lance isolado em que houve discussão corriqueira entre jogadores, o árbitro expulsou André do CBB e Barata do Acidus.
Aos 20 minutos, Saulo intercepta bola na defesa e parte para o ataque. Dá um drible da vaca no marcador e chega na linha de fundo para cruzar. A bola desvia na defesa e entra sem chances para o goleiro Vadão. Era o 4 a 0. Por fim, quando o árbitro se preparava para encerrar o jogo, um lateral cobrado erradamente para o goleiro é aproveitado por Lucas, que fecha o placar em 5 a 0 e comemora com um “mortal”.
24/11/2007
22º Boletim Chuteira News
ACIDUS DERROTA BRÓDER E DEIXA ROLETA RUSSA PARA TRÁS NA CLASSIFICAÇÃO
Velhos adversários em um jogo que, inicialmente, parecia não valer muita coisa. Ao Bróder, a vitória significava até um quarto lugar na tabela; ao Acidus, só faria diferença a vitória se o Roleta Russa não vencesse o Hollanda, que jogavam no mesmo horário na quadra ao lado. Ao fim do tempo regulamentar e o empate entre Roleta e Hollanda, a suada vitória por 5 a 4 do Acidus valeu à equipe a segunda colocação na classificação geral e a vantagem do empate até as semifinais. Mais, o Acidus se livrou de já nas quartas ter de enfrentar o temido Joga 13, que com a vitória heróica sobre o Fora de Série tem tudo para crescer na reta final do campeonato, no famoso “mata-mata”.
Um jogo que teoricamente pouco valia, mas que foi pegado do início ao fim. O Acidus parecia ter o controle do jogo, mas contra o Bróder qualquer domínio é ilusório e nessa foi que, aos 3 minutos, em contra-ataque com falha da zaga, Mutssa abriu o placar. Pouco tempo se passou e foi a vez de Marcelinho ampliar depois de duas defesas seguidas e sensacionais do goleiro Diego. Para piorar para o Acidus, Soneca fez 3 a 0 para um Bróder bem postado em campo e com o goleiro Leo numa tarde inspirada. Enquanto o Bróder marcava, os atacantes do Acidus consagravam Leo ou punham a bola para fora. A contar chances perdidas por Martins, Robinho e Lucas, foram mais de 15 oportunidades de marcar. E com 3 a 0 acabou o primeiro tempo.
No início do segundo tempo o Acidus foi pra cima. Era questão de honra vencer o Bróder, depois de 2 derrotas nos torneios passados. E logo aos 5 minutos Robinho, em lance de escanteio, fez seu 12º gol no torneio e o primeiro do Acidus na partida. Não demorou muito para Rafão marcar o segundo. Com 3 a 2 e pressão do Acidus, o Bróder perdeu gol incrível com Leonardo, que chutou pra fora com o gol aberto depois de defesa de Diego. Recomposto, o Acidus aproveitou o desespero do Bróder, que não se encontrava mais em campo, e com Martins, depois de tanto chutar, empatou o jogo.
Metade do segundo tempo e entra o goleiro Publius pra jogar na linha. Pendurado, foi opção deixá-lo de fora do gol. E a estrela do goleiro artilheiro brilhou ao brigar dentro da área e marcar o gol da virada do Acidus. A comemoração vibrante do jogador irritou os bróders, inclusive o sempre encrenqueiro goleiro Leo, no chão, chutou Publius. Os bróders acharam que houve provocação de Publius, mas só quem não conhece poderia dizer isso, pois Publius é puro amor à camisa e queria bater Lucas no quesito comemoração mais esdrúxula do time. Apaziguado o princípio de tumulto, o jogo continuou na mesma toada: Acidus perdendo gols e Bróder tentando o empate . Martins fez 5 a 3 e parecia que o Bróder se entregaria. Guerreiro, bicampeão não à toa, ainda deu tempo para Mutssinha diminuir, mas não para empatar a partida.
E 5 a 4 foi o placar final de um jogo muito pegado e que foi ótima prévia do que virá nas quartas-de-final. Afinal, com os resultados, Acidus e Equipe Bróder, velhos adversários, voltam a se enfrentar no primeiro jogo do mata-mata. É garantia de mais um grande jogo, desta vez decisivo para ambas as equipes. O perdedor cai fora e o vencedor enfrenta pelas semifinais o ganhador do confronto entre Roleta Russa e Joga 13. Mais um jogão em vista.
01/12/2007
23º Boletim Chuteira News
ACIDUS VENCE BRÓDER EM JOGO TUMULTUADO
Acidus x Bróder era um jogo cheio de rivalidade e o aperitivo da última rodada da fase de classificação serviu para aumentar a fome dos jogadores. Se pela 11ª rodada o jogo não valia muito, nas quartas-de-final era jogo eliminatório – o vencedor passaria às semifinais. O jogo foi pegado, com faltas de ambos os lados e alguns lances desleais, mas o brilho da partida e da vitória de 3 a 0 do Acidus foi totalmente ofuscado pela atitude infantil e sem coerência do jogador Daniel, que, após ser expulso por reclamar e discutir com o árbitro, quis ir pra cima dele e ainda ficou fora do campo com um apito apitando para atrapalhar o jogo.
Depois da classificação do Joga 13, era a vez de ou Acidus ou Bróder se classificar para enfrentar o temido adversário. E como é costume na Equipe Bróder, o time partiu pra cima com tudo, criando as melhores oportunidades. Com velocidade e bom toque de bola, rapidamente Mutssa, Edu, Marcelinho e Mutssinha tiveram oportunidades. E em todas a bola foi pra fora, na trave ou parou nas belas defesas do goleiro Publius. Numa cabeçada de Edu no canto inferior direito de Publius, este fez uma defesa parecida com aquela defesa mais bonita da história do futebol, em cabeçada de Pelé para baixo na Copa de 1970.
O Acidus só se encontrou em campo por volta dos 10 minutos, quando Kirk, em contra-ataque, chutou pro gol fraco, mas a bola desviou na zaga e enganou o goleiro Leo. O Acidus saía na frente num jogo que já mostrava que seria complicado... Dali até o final do primeiro tempo, ambas equipes tiveram chances de marcar. Edu quase guardou um belo chute no ângulo e depois mandou uma bola no travessão. Do lado contrário, Robinho e Kirk consagraram Leo, que não perdeu uma bola em lances cara a cara com os atacantes. Os dois goleiros garantiram o placar mínimo no primeiro tempo.
O segundo tempo começou e o jogo passou a ser mais duro. Faltas de ambos os lados mais duras e não marcadas começaram a irritar os jogadores. Aos 8 minutos, Kirk chuta quase de dentro da área no canto esquerdo para vencer Leo e marcar 2 a 0. Na volta para seu campo, acabou sendo xingado e agredido por jogadores do Bróder. A partir daí, o jogo começou a ficar feio. Várias trombadas e faltas paralisaram o jogo, que mais ficou parado do que jogado. Numa possível falta sofrida por Kirk e não marcada, Cavalera se indigna e xinga o árbitro. Acabou expulso, deixando o Acidus com um a menos em campo. Era a chance que o Bróder tinha para tentar uma reação e a virada, pois só a vitória interessava à equipe. E o Bróder pressionou. Chutavam no gol e Publius defendia. Em outra oportunidade foi o próprio corpo de um jogador do Bróder que evitou o gol.
Em reclamação por não marcação de falta, o zagueiro Daniel, do “banco de reservas”, foi expulso e causou tumulto (veja detalhes na matéria abaixo). Retomada a partida, o Acidus segurou o jogo, principalmente com Alemão e, em lance isolado na direita, Mutssinha acabou acertando cotovelada em Alemão e foi expulso. Era a igualdade em número de jogadores dentro de campo. O jogo voltava a ser igual. Não demorou para o Bróder ultrapassar o limite de faltas. Kirk partia para o ataque e sofria faltas. Na volta, ele rachava também no meio de campo e o jogo ficou mais feio. Em cobrança de tiro livre direto em razão do excesso de faltas, Alemão chuta no meio de gol e perde a chance do Acidus ampliar.
Parelho, o jogo passou a ser o Bróder tentando ir com tudo para o ataque e o Acidus segurando o jogo no meio de campo e explorando a velocidade no contra-ataque. E foi numa falta de ataque que o Acidus teve outro tiro livre direto. Desta vez Kirk bateu e não desperdiçou. Era 3 a 0 e parecia selada a vitória. Comemorando seu gol, jogadores do Bróder não aceitaram e foram pra cima dele, dando tapas e empurrando o jogador. Os árbitros viram e, diante de um início de tumulto que certamente levaria a brigas e um quebra pau desnecessário em campo, resolveram encerrar a partida um pouco antes dos 25 minutos previstos. Não havia mais condições de jogo depois de todo o tumulto causado por Daniel, a perseguição a Kirk em campo e o placar de 3 a 0. Por questão de segurança, já que Kirk foi ameaçado de sair quebrado de campo, foi encerrado o jogo que colocou o Acidus na semifinal e eliminou a Equipe Bróder.
Para o Bróder, restou a reclamação do lamentável papelão armado por Daniel, que “jogou” contra sua própria equipe, manchando uma vitória brilhosa. Também fica o conturbado percalço para a classificação, que envolveu falta de jogadores, contusões sérias de joelho e um WO por causa da morte de um amigo do grupo. O Bróder lutou até o fim com o que podia, com os jogadores que tinha, mas não foi possível superar o Acidus. Fica o desejo de boa recuperação aos contundidos – a saber, Lapa, Henrique, Paulo e Tubs – e indicação de boa reestruturação da equipe, que repôs algumas peças com sabedoria, como o bom Marcelinho, que se tornou o motor no meio de campo da equipe.
O Acidus classificou-se e joga contra o Joga 13 valendo vaga na final. E não terá a presença de Cavalera e nem de Daniel.
DANIEL OFUSCA VITÓRIA DE ACIDUS CONTRA BRÓDER
O jogo corria complicado e nervoso. Mas mais nervoso ficou Daniel quando o árbitro não marcou falta em lance no meio de campo em Kirk. Irritado, gritando, foi advertido pelo árbitro. Não contente, retrucou e foi expulso. Indignado, quis partir pra cima do árbitro e foi seguro pelos companheiros. Nessa, acabou sobrando uma braçada pra Publius. Retirado de campo, pegou um apito e ficou do lado de fora apitando para atrapalhar o jogo. Partida paralisada pelos árbitros, que não seguiriam o jogo enquanto o jogador estivesse tumultuando, e Lucas foi pedir para ele parar de fazer aquilo, que deixasse o jogo seguir e terminar. Não foi ouvido e quando deu as costas para o jogador levou uma cusparada na cabeça. Outros jogadores foram tentar demover Daniel da idéia idiota de continuar com aquilo. O árbitro perseguido por ele mudou de lado e Daniel também mudou. Nova paralisação. Novos pedidos de parar com aquela criancice. Novas refutações de Daniel, que xingava e esbravejava com todos.
Enquanto isso, o Bróder queria deixar o campo. Acharam inadmissível tal atitude e não queriam mais jogar. O placar era de 2 a 0 naquele momento. Os jogadores do Acidus, todos, falaram com Daniel. Pediram bom senso. De repente ele resolve parar e o jogo consegue ser reiniciado. O Bróder continuou reclamando, mas era um jogador do Acidus agindo contra todos os demais jogadores.
Daniel perdeu a cabeça. Daniel não soube se controlar. Daniel passou dos limites e manchou uma bela vitória de sua equipe. Tanto que o Acidus nem comemorou. Naquela reação do jogador, todo o brilho da partida tinha sumido. A vitória foi ofuscada por um jogador que, ainda um mistério, agiu como um louco, prejudicou sua equipe e ainda cuspiu num amigo e companheiro de time. “Não tenho por que comemorar. O que o Daniel fez foi lamentável, acabou com qualquer possibilidade de comemoração. Tirou o brilho de um grande jogo”, declarou Kirk ao fim da partida, refletindo o que parece ser consenso no Acidus. Restou a vergonha, se de Daniel não se sabe, do Acidus com certeza.
O futuro de Daniel será decidido pela Comissão, que já se mostrou favorável a um julgamento de sua atitude antiesportiva.
08/12/2007
24º Boletim Chuteira News
COM SOFRIMENTO E RAÇA, ACIDUS BATE JOGA 13 E CHEGA À FINAL
Era o primeiro jogo das semifinais. Em campo, um Joga 13 animado e em ascensão após derrotar Fora de Série e Roleta Russa e um Acidus com seu futebol que o levou a 6 vitórias seguidas nos últimos 6 jogos da equipe. Além disso, em campo também estava um tabu: o Acidus nunca havia derrotado o Joga 13 – foram até então 1 empate e 3 derrotas. O retrospecto positivo e o bom momento após eliminar o Roleta Russa deram ao Joga 13 a confiança que precisavam. Muitos jogadores comemoraram antes uma vitória que consideravam certa. Ao fim da partida das semifinais, quem comemorou, e muito, foi o Acidus com a vitória por 5 a 4, a ida para a final e a queda do tabu.
O jogo começou com um minuto de silêncio em homenagem à avó dos jogadores Rodrigo e Rafinha do Joga 13. Depois disso, a bola rolou e os dois times contavam com imensa e barulhenta torcida. O Joga 13 teve sua turma de sempre, que inovaram com uma bandeira amarela e preta gigante. O Acidus tinha o apoio dos amigos do Hollanda, que levaram bumbo e muita animação. Com a bola rolando, o início começou parelho, com os dois times com chances de gol, mas com certo predomínio das ações por parte do Acidus. E foi numa arrancada e chute forte de Barata pela direita que o Acidus marcou. O goleiro Caieras não conseguiu encaixar a bola no chute de Barata e Alemão, espertamente, desviou para o gol abrindo o placar.
O gol parece que acordou o Joga 13 um pouco, que passou a tentar jogadas pelas laterais já que o centroavante Lele estava praticamente anulado pelo zagueiro Rafão. Nessas, Callado teve grande chance frente a frente com Diego, que fez bela defesa. O Acidus levava perigo também e chute de Robinho cruzado foi defendido pelo goleiro. O jogo seguia igual e, num escanteio, o gigante Rafão subiu livre e marcou 2 a 0. Passava da metade do primeiro tempo e o Acidus tinha a vantagem do empate. Ao 13 restava atacar, e o time começou a se empenhar mais nisso.
Os 5 minutos finais do primeiro tempo foram de pressão do 13. O Acidus passou a se defender e a tentar o contra-ataque. Nessas, o Joga 13 viu o goleiro Diego brilhar em pelo menos mais 3 grandes defesas e seus atacantes colocarem pra fora outras bolas. O Acidus tinha em Alemão e Kirk suas grandes chances, mas as conclusões não tiveram sucesso. O fim do primeiro tempo serviu para dar descanso a dois times que correram muito embaixo de um sol muito forte e estavam muito desgastados.
O segundo tempo todos sabiam como seria: pressão do Joga 13 desde o início em busca da vitória. O Acidus parecia recuado em campo e tomou pressão forte. Diego salvou mais 2 gols até que, numa bobeada no meio de campo na marcação, a bola sobrou livre para Rodrigo fazer o que sabe de melhor: chutar forte no gol. E em seu chute a bola morreu rente a trave direita do goleiro. O 13 diminuía. O 13 se empolgava e renascia pro jogo. O Acidus teve grande chance com Barata, que driblou meio time adversário e, de frente pro goleiro e dentro do área, chutou rasteiro pra fora.
O gol empolgou de fato e o 13 continuou martelando. A zaga do Acidus com Rafão, Saulo e Barata tinha trabalho demais para conter os avanços adversários, que mudou de tática e não ficou mandando bola alta para Lele resolver. Algo incomum no 13, a bola foi mais trabalhada no meio de campo e com isso o time chegou mais vezes. E o segundo gol não demorou a sair, quase idêntico ao primeiro: o mesmo Rodrigo, de longe, chutando de bico rasteiro no mesmo canto do goleiro. Era o empate do 13. O jogo parecia que se virava para o Joga 13 e pegaria fogo em seu final.
O Acidus sentiu o abalo e teve de voltar a sair pro jogo, caso contrário, continuaria a tomar pressão e um novo gol não demoraria a sair. Mas eis que a sorte (e o azar) surgem para ajudar a definir o jogo. Choco teve chance de fazer 3 a 2 ao receber livre diante de Diego. No segundo que Choco pensou, a bola foi parar nãos mãos do goleiro. No lance seguinte, em bola recuada para o goleiro Caieras, este ajeita e vê Martins correr para marcá-lo. Assusta-se e chuta de qualquer jeito pra frente. Martins estica a perna e a bola vai morrer dentro do gol. O Acidus fazia 3 a 2 em falha do goleiro do 13. Martins comemorou como louco o gol.
O Acidus respirava, mas o 13 não queria deixar brecha para tanto. Alemão no meio de campo punha o time para jogar, mas os contra-ataques não saíam com perfeição. Num dos poucos que deu certo, Publius, jogando na linha, desceu com velocidade pela esquerda e chutou cruzado rasteiro e viu a bola tocar na trave antes de sair pela linha de fundo. Em compensação, em cobrança de escanteio, Rodrigo, sempre ele, aparece sozinho no meio da área e ainda tem tempo de matar no peito para chutar com tranqüilidade para empatar. Em seguida, falta no meio de campo para o 13 e Rodrigo chuta forte. A bola segue rasteira para fora, mas encontra os pés de Lele, que desvia levemente para matar o goleiro e colocar o Joga 13 em vantagem pela primeira vez no jogo. Faltavam pouco menos de 5 minutos para o fim do jogo. Muitos pensaram que era o fim do Acidus, que não teria forças para empatar. Ainda mais quando Callado recebeu passe de Choco, mas errou na finalização.
No ataque seguinte do Acidus, falta na frente da área. Barreira montada e Saulo bate com perfeição e faz a bola passar pelo único espaço possível entre a barreira e a trave. A bola foi morrer no cantinho baixo de Caieras, que nem deve ter visto a bola entrar. O Acidus explode comemorando. O time empatava em 4 a 4 e o resultado classificava a equipe.
O Joga 13 sentiu o gol e viu a classificação se esvaindo de suas mãos. Nos 2 minutos que faltavam, era o desespero de tentar marcar de qualquer forma. E foi justamente aí que o Acidus matou o jogo. Contra-ataque é puxado por Alemão, que toca pra Martins, que deixa Robinho na cara do gol para tocar de leve e vencer o goleiro. A bola seguiu devagar para o gol, ainda tocou na trave e ainda viu um Bruninho correndo que nem louco para tentar tirá-la. Entraram bola e jogador, e o Acidus fazia 5 a 4.
Não deu tempo para muita coisa. Os árbitros encerraram a partida e o Acidus comemorou a vaga na final. Depois de um jogo sofrido, emocionante, em que o Acidus jogou com uma raça como nunca visto e se superou em campo (até em razão de muitos jogadores contundidos e suspensos), e o Joga 13 foi o adversário duro de sempre, o Acidus venceu o jogo jogando muito bem, com maturidade, chegou à final e derrubou o tabu. Ao Joga 13, resta disputar, de novo, o 3º lugar.
16/12/2007
25º Boletim Chuteira News
NO GOL DE OURO, SNG SAGRA-SE BICAMPEÃO
Final é sempre final e não tem favorito. Esse é um dos chavões do futebol e coube perfeitamente na grande final do IV Chuteira de Ouro. SNG e Acidus jogavam para ver quem era o melhor time do campeonato. Antes do jogo, comentários de que o SNG iria golear, que o SNG não aceitou a derrota para o Acidus no jogo classificatório e que a vingança viria na final com uma goleada. A opinião dividia-se entre os diversos jogadores de diversos times. Alguns achavam que o Acidus seria campeão, outros tinham como certo o bicampeonato do SNG. E quem apareceu para ver o jogo com certeza saiu impressionado com o espírito de equipe e luta das duas equipes. Tal vontade e dedicação de dar inveja a muitos times desse IV Chuteira. Teve jogador de outro time que declarou em off que morreu de inveja em ver o jogo da final – um jogaço, segundo ele – e não poder estar jogando ele. Um jogaço de fato que não poderia ter tido outro placar – empate em 3 a 3 e decisão no gol de ouro. E foi aí que o SNG, mais inteiro e mais experiente, selou a vitória com gol de Allan depois de desvio na zaga do Acidus e decretou o bicampeonato à equipe preta e laranja (ou melhor, laranja e preta).
Com um pouco de atraso devido ao atraso dos árbitros para a decisão do 3º lugar, o jogo começou com um SNG buscando impor seu domínio desde o primeiro segundo. E de fato, time mais experiente, com Fefe, Vairo e Allan atrás, Tejeda no meio e Memé com Abelha na frente (Renê começou no banco em razão de sua contusão), com tranqüilidade assumiram o controle da partida, apesar do Acidus ainda levar perigo em contra-ataques. O primeiro tempo foi praticamente um ataque contra defesa muito em razão do Acidus não conseguir arrumar sua saída de bola. Desfalcados de Rafão e com algumas peças-chave sentindo a pressão inicial, a solução era lançamentos longos do goleiro buscando Martins, Alemão ou Kirk, mas que não resultavam em nada muito produtivo.
O SNG chegava com certa facilidade até o campo adversário, mas aí residia o problema. Entrar na área do Acidus era praticamente impossível. As jogadas de lateral passaram a ser a solução, principalmente com Memé e Tejeda, mas mesmo assim a bola não entrava. De escanteio o SNG teve suas melhores chances de marcar, mas todas as cabeçadas – inclusive duas de Renê quase sem marcação – foram para fora. Abelha perdeu pelo menos 3 ótimas oportunidades. Além disso, a inspiração do goleiro Diego dava segurança ao Acidus. Com belas defesas, ele acabou o primeiro tempo como destaque da partida.
O placar de 0 a 0 no primeiro tempo foi uma vitória do Acidus, que não se achava em campo e pouco produziu em termos ofensivos. Na defesa, o goleiro Diego e Saulo, após um início nervoso, mostraram raça e categoria para evitar gols do time adversário. Publius também entrou muito bem com a função de marcar Renê. De fato, Publius e Saulo anularam Renê praticamente todo momento que ele ficou em campo. Se a defesa se tornou o forte do Acidus, era preciso arrumar o ataque. Kirk entrou no primeiro tempo e parecia morto em campo. A contusão da virilha ainda o incomodava, mas o sacrifício valia a pena. Foi pro jogo mesmo arrebentado.
E no segundo tempo o jogo voltou mais equilibrado. Mas desequilibrado foi Robinho que, depois de perder lance, acabou chutando o adversário e sendo expulso de maneira infantil. Ser expulso em qualquer jogo já é complicado, o que dirá numa final de campeonato? Só uma molecagem – que não é a primeira do jogador – para justificar tamanha e idiota atitude. Certo é que os árbitros não duvidaram e deixaram o Acidus com um jogador a menos. Parecia que a derrota estava selada naquele lance. Em conversa em pedido de tempo, ficou acertado que o time jogaria fechado e partindo nos contra-ataques. Ao SNG restou aproveitar a vantagem numérica e partir para a vitória e até uma goleada.
Os planos do SNG de um jogo fácil complicou quando Kirk, em jogada individual pelo meio, chutou rasteiro e no canto direito de Sampa para abrir o placar do jogo. Entre o reinício da partida, a expulsão de Robinho e o gol de Kirk não se passaram nem 5 minutos. Com o gol o SNG não teve dúvidas do que deveria ser feito. E pôs em prática seu estilo de jogo que envolve bola de pé em pé, jogadores ocupando os espaços das pontas, praticamente cercando todo o time adversário, e muita paciência para dar o bote. O Acidus se fechava esperando o adversário e fechando espaços. E houve um bombardeio para cima do goleiro Diego. Chutes de longe, chutes de rebote no meio da área, chutes cruzados... E Diego pegando tudo ou jogando para escanteio. Nos escanteios era quando o SNG levava mais perigo, pois o Acidus não tinha um homem mais alto para ser a referência. E era bola jogada no primeiro pau, no meio da área, no segundo pau. E todas as bolas eram tiradas pela defesa ou pelo goleiro. Diversas vezes um pé salvador chegou na hora certa para interceptar chute certo para o gol.
E com o ataque maciço, o espaço para o contra-ataque apareceu. E quem apareceu para ocupar esse espaço foi Publius, que recebeu bola no meio de campo de Kirk e partiu com ela em disparada. Saiu do campo de defesa do lado direito e foi cortando para a esquerda até que, quase na ponta da área do lado esquerdo, mandou um belo chute de esquerda no ângulo inverso do goleiro. Um golaço, o mais bonito da final e um dos mais bonitos do campeonato, e Acidus na frente com dois gols de vantagem. Publius não conseguiu nem comemorar porque o ar não vinha, quase desmaiou quando voltou para o seu campo de jogo e logo foi substituído para se recuperar.
Não deu tempo para respirar que o SNG estava em cima. E o jogo ficou nessa de um time se fechar e esperar a hora de contra-atacar em oposição a outro que atacava com inteligência, mas pecava nas finalizações. E nessa toada foi a vez de bola ser tirada da defesa e cair nos pés de Barata. Se no primeiro tempo ele não conseguiu matar a bola para chutar no gol, desta vez ele matou e seguiu com ela para chutar na saída de Sampa. O goleiro ainda tocou nela, que foi morrer lentamente no fundo das redes. Era 3 a 0 e o jogo não tinha chegado nem a 15 minutos do segundo tempo...
Mas eis que as coisas começaram a mudar para o SNG. Se a bola não entrava de jeito algum, houve um momento que ela passou a mudar de idéia. Na primeira bobeada da defesa, a bola sobrou livre para Tejeda marcar. O SNG diminuía. Tensão no ar, era um time que tinha dado tudo de si em campo, já mostrava nitidamente cansaço e esgotamento – tanto que Kirk caiu em campo e vomitou devido ao esforço sobrenatural que vinha fazendo para ajudar a equipe – e precisava segurar uma vantagem de dois gols contra um time experiente, de toque de bola, precisando da vitória e sabendo como marcar gols (para quem não se lembra, na final do III Chuteira contra o Assurra, o SNG também se viu com um jogador a mais em campo logo no início do segundo tempo, viu o Assurra fazer 3 a 1 no jogo e conseguiu reverter o placar para 5 a 3 e ser campeão). Uma missão hercúlea que o time cumpriu perfeitamente até os 28 minutos, nos acréscimos, quando Abelha empatou o jogo segundos antes de o árbitro apitar o fim do jogo.
Mas antes do empate houve o gol de Fefe, numa bola cruzada dentro da área após batida rápida de lateral. Bola lançada à meia altura, ficou a dúvida se o gol foi feito com o braço ou com a barriga. Lance duvidoso que ninguém saberá ao certo se foi legal ou não. Mas fato é que o árbitro não achou ilegal e deu o gol. O SNG chegava ao segundo gol. Com todos os 16 jogadores em quadra, era preciso fazer o terceiro gol e matar o Acidus no gol de ouro.
A bola definitivamente se converteu ao SNG, pois em lance de contra-ataque pela direita Cavalera dá o carrinho para chutar cruzado, vencer o goleiro Sampa e a bola caprichosamente passar raspando a trave do gol adversário. Era a bola que selaria a vitória do Acidus, bola esta que não entrou e em seguida seria jogada para dentro do gol do Acidus, após lateral cobrado por Grillo (que entrou só para jogar a bola dentro da área), por Abelha. No bate-rebate, a bola acaba entrando devagar, serelepe, até sorridente rente a trave de Diego. Empate em 3 a 3 aos 28 minutos de jogo do segundo tempo. Os árbitros nem deram tempo para algum time tentar o ataque novamente e logo encerraram a partida. Conforme regulamento, o jogo iria para a morte súbita, ou gol de ouro – quem marcasse primeira levava o título. Caso 15 minutos se passassem e nenhuma equipe anotasse, era decisão nos pênaltis.
Era nítido em campo que o SNG estava inteiro. Era questão de tempo para sair o gol do título. Memé e Abelha tiveram chances de marcar cara a cara, mas Diego não deixou. Em chute de longe, a bola bate na trave, salvando o Acidus. Em chute de longe, Alemão faz Sampa desviar a marota bola, que teima em não entrar e resolve explodir no travessão. Escanteio não é marcado e SNG parte para o ataque. No toque de meio de campo, Allan, sempre ele, chuta de longe e forte. A bola, traiçoeira, resolve desviar em um jogador do Acidus. Talvez cansada de correr para os braços de Diego, com o desvio tira o goleiro da jogada e vai explodir com raiva no muro atrás de seu gol. O SNG fazia o gol de ouro, o gol do título e comemorava. A bola, até então querida e amaciada, passou a ser ignorada. Tentou correr para o meio da festa do SNG, mas logo foi chutada para longe. Para o SNG, a bola não importava mais, importava a comemoração do título. Tinham sido jogados pouco mais de 4 minutos da prorrogação. Era o fim do jogo e do campeonato. SNG comemorava o bicampeonato, o Acidus ficava com o vice num jogo em que praticamente todos deram tudo que podiam e se sacrificaram pelo time. A imagem que fica é de Kirk quase desmaiado no meio do campo de tanto correr.
O Acidus amadureceu e mostrou que é time grande. O SNG confirmou que tem o melhor plantel do Chuteira, mas que seu reinado pode estar acabando. Em 2008, a briga continua com mais times e mais emoção. Enquanto isso, só quem viveu e esteve lá para ver sabe a emoção de jogar uma final. Que essa emoção e essa dedicação das duas melhores equipes do torneio fiquem na memória de todos e sirvam de lição para os demais times.
Parabéns, vice-campeão Acidus. Parabéns, campeão Se Não Guenta Por Que Veio?.