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10º Chuteira de Ouro

01/09/2010

94º Boletim Chuteira News

MULEKES CRESCE NO SEGUNDO TEMPO E DERROTA ACIDUS

 Após estar perdendo por 3 a 0, equipe aproveita vacilo adversário e sai vitoriosa; Leo Valente foi o destaque com 4 gols

Por Douglas Almasi Santos

Com novos jogadores, o temor do técnico do Acidus, Lucas, era que sua equipe não encontrasse o entrosamento suficiente para suprir algumas alterações em seu elenco. Já o Mulekes queria provar a sua força e capacidade como time, e tentar bater um dos gigantes da Ouro. Quem ganhou com esse duelo foi o torcedor, que, mesmo em pouco número, viu muita disposição dos atletas em quadra.

Os árbitros apitaram o início do jogo e o primeiro bom momento foi do Mulekes, com Xande, que em um chute despretensioso, acertou a trave, levando perigo à meta de Urso.

O Mulekes era melhor em quadra, tocando a bola muito bem, mas quem saiu na frente foi o Acidus: cobrança de lateral, a zaga afastou mal, Marcelo Resende pegou de primeira e, na trajetória, Paulinho desviou e correu para o abraço. O que se viu a partir deste instante foi um jogo de uma equipe só: o Acidus sobrava em quadra.

A dupla Marcelo e Paulinho infernizava a vida dos zagueiros do Mulekes. Em lances idênticos, um em seguida do outro, Paulinho ajeitou para os chutes fortes de Marcelo, que passaram rente ao travessão. Em outro lance de perigo, Marcelo recebeu bom passe na entrada da área, girou o corpo e chutou rasteiro, acertando o pé da trave direita da meta de Wilson. A pressão era enorme e não tardou a sair mais gols do Acidus.

Luiz Fernando foi lançado na esquerda, avançou com a bola e soltou a bomba no ângulo esquerdo, inapelável para o goleiro Wilson, marcando o segundo gol do Acidus. Logo em seguida, em uma cobrança de falta mal cobrada, a bola já estava saindo à linha de fundo, mas encontrou os pés de Pupo, sem marcação, para tocar mansamente ao gol. 3 x 0 no e parecia que o Acidus passearia na quadra 4. Mas a equipe se acomodou e viu uma reação espetacular do Mulekes ainda na etapa inicial.

Cobrança de escanteio na primeira trave, Leo Valente se antecipou e desviou, descontando para o Mulekes. Começava o show do camisa 6. Na sequência, em cobrança de tiro de 9 metros, em lance mal marcado pela arbitragem, que viu recuo num desarme de Gui, Pipo fez o segundo gol. Com o Acidus perdido em quadra naquele instante, Alê Mendonça aproveitou para fazer boa jogada e tocar para Leandro Caetano empatar. Isso tudo em 5 minutos de jogo, os 5 minutos finais do primeiro tempo.

Porém, se a primeira etapa foi boa ao Acidus (ao menos até os 20 minutos), a segunda etapa acabou sendo distinta. O equilíbrio, tônica do primeiro tempo, foi tomado por um Acidus apático e um Mulekes arrasador. “O treinador hoje fez mudanças que não deveria ter feito, por isso um segundo tempo tão fraco do Acidus”, palpitou Lói, xerife da zaga. As mudanças realizadas pelo técnico Lucas surtiram o efeito contrário ao que ele desejava. O Acidus conseguiu ainda, na volta do intervalo, fazer seu quarto gol, através do oportunista Paulinho.

Porém, sem Marcelo e Lói em quadra, o Acidus foi presa fácil para o Mulekes. Pipo matou a bola no peito e fuzilou a meta de Urso, empatando novamente. A partir daí, só deu Leo Valente: o camisa 6 desempatou após desviar, com oportunismo, uma cobrança de lateral; fez o sexto gol do Mulekes depois de pegar rebote mal afastado pela zaga do Acidus; e ainda fez o seu quarto gol no duelo, completando cruzamento do irmão Pipo, marcando 7 a 4.

Com o Acidus desanimado, não demorou para Fernando Caetano dar números finais no placar, depois de falha do goleiro improvisado Louiz. Festa do Mulekes, que iniciou sua caminhada na Série Ouro com uma portentosa vitória por 8 a 4. “Entramos desligados em quadra, mas acertamos a zaga e encaixamos os contra-ataques, por isso vencemos”, explicou Gian, camisa 10 do Mulekes.

Já Louiz estava conformado com a derrota. “(O Acidus) mostrou ter garra. Só precisa ter mais cabeça durante o jogo”, argumentou. Mas também atribui “às mudanças de jogadores” no transcorrer da partida como “negativamente decisivos” para o fracasso do time na estreia.

15/09/2010

96º Boletim Chuteira News

ACIDUS SE REABILITA EM JOGO QUE NÃO ACABA EMPATADO (DE NOVO) POR POUCO

 Equipe vence o Estudiantes após três igualdades na partida e conquista primeira vitória

Por Douglas Almasi Santos

Um clássico digno de suas grandezas. Assim foi o duelo entre Acidus e Estudiantes de la Vila, o chamado jogo do empate. Afinal, nos cinco confrontos entre as equipes, muito equilíbrio: uma vitória ao Acidus e quatro empates. Portanto, era grande a expectativa pelo início da peleja.

“O retrospecto nos favorece, embora tenha havido mais empates. Hoje, vamos pra dentro, com consciência, e acreditando na reabilitação do Acidus”, declarou o zagueiro Lói antes do apito inicial dos árbitros. Bola rolando e o Estudiantes tinha outro fator contrário: além de encarar um dos times mais tradicionais do Chuteira, a equipe não dispunha de nenhum jogador suplente. “Contra o Fiorella também jogamos assim e vencemos. Hoje será do mesmo jeito: vamos ganhar e tirar a pilha deles que esse uniforme não está com nada”, declarou Julio Sérgio, referindo-se à camisa amarela do Acidus.

De fato o Estudiantes não se importou com um possível cansaço e lançou-se ao ataque. Na primeira jogada, Julio Sérgio abriu na esquerda para Felipe Roth, que chutou para fora. O camisa 32 ainda, em lance seguinte, acertaria o travessão. O Acidus acordou depois de um lindo voleio de Louiz, que foi para fora com muito perigo.

Os times chegavam com relativa tranquilidade ao ataque, mas abusavam da falta de pontaria, desperdiçando grandes chances de gol. Até que, em um lance de sorte, o Acidus inaugurou o placar: a bola foi chutada em direção ao gol, bateu em Paulinho e entrou. Em seguida, o Acidus perdeu duas oportunidades de ampliar o marcador: uma com Marcelo Rezende (inacreditável!) e outra com o mesmo Paulinho.

O abuso de perder gols custou caro: o empate do valente Estudiantes chegou após rápida trama do time, que fez a bola chegar a Punha que, com estilo, deixou para Caio. O camisa 5 avançou em velocidade, dominou e deslocou o goleiro Urso. As equipes ainda perderiam um festival de gols na primeira etapa, ora parando nos goleiros, ora não calibrando a pontaria. E assim se encerraram os primeiros 25 minutos do embate, com igualdade em 1 gol.

No segundo tempo, o Acidus apareceu disposto a liquidar a fatura, aproveitando-se do fato de possuir jogadores para revezar. O time teve duas oportunidades, uma com Marcelo e outra com Borges. Porém,  na terceira oportunidade, triunfou: Paulinho fez grande jogada na esquerda e abriu passe na direita a Marcelo, o camisa 10, na linha de fundo, chutou forte sem ângulo, a bola passou por baixo das pernas do goleiro Rafael e Paulinho completou em cima da linha, porém, a bola já havia ultrapassado a risca e o gol foi assinalado para Marcelo.

Mas, na sequência, em desatenção da zaga, Vitinho se aproveitou e tocou para Julio Sérgio; calmo, ele dominou e, com estilo, chutou colocado no canto esquerdo de Urso. Novo empate, e o jogo esquentou de vez. O Estudiantes quase passa à frente, mas Urso foi obrigado a se esticar todo para reter um chute de Vitinho.

Entretanto, quem voltou a comandar o marcador foi o Acidus, com Careca, que, em rápido contra-ataque armado após lance polemico dentro da área (quando tocou no braço escanteio), tratou de pôr o Acidus em vantagem novamente. Ledo engano, pois Felipe Roth, com oportunismo, levou a partida para outro empate num golaço no ângulo em chute cruzado.

Quando tudo se encaminhava para mais uma igualdade entre as equipes – o quinto empate em seis jogos – Fernando tratou de encher o pé e decretar o triunfo do Acidus de forma suada e sofrida. 4 x 3 e muita comemoração do time.

Um dos destaques do Acidus, e também do jogo, o craque Paulinho disse que “a vitória foi boa” e que “foi ótimo ao time voltar a vencer”. E ainda acrescentou: “Acabamos saindo na frente, sofremos o empate, mas no fim veio o gol salvador”.

22/09/2010

97º Boletim Chuteira News

ACIDUS VENCE E QUEBRA TABU CONTRA ROLETA RUSSA

Em partida eletrizante e tensa, time derrota o Roleta em partida oficial e acaba com jejum

Por Douglas Almasi Santos

Foram 3 anos de espera. Nesse tempo para cá, ou era o sorteio dos grupos que os afastavam de um embate direto, ou a série Prata era quem aparecia para atrapalhar. Mas a espera acabou no dia 18 de setembro, quando finalmente o maior clássico do Chuteira de Ouro voltou a ser disputado: Roleta Russa versus Acidus.

A expectativa já era vista desde a rodada passada, quando o Roleta perdeu para o Fiorella Brasil, mas só pensava no Acidus, e o time de Lói e Cia. sonhava com um triunfo ante o Roleta, enquanto derrotava o Estudiantes de la Vila. Ou seja, a vontade não estaria fora desta partida e seria o sentimento que daria a tônica a ela.

O confronto era o penúltimo do dia, o que aumentava a ansiedade entre os atletas das equipes. Mesmo antes de a bola rolar na quadra 4, para o jogo da série Bronze (1° do dia), já era possível ver jogadores projetando o confronto. Lói, xerife da zaga do Acidus, sentado à mesa tomando sua cerveja, já dizia que “hoje é o grande dia”, referindo-se ao duelo, e ainda emendou: “Estou cansado de perder para o Roleta”. Na história do confronto, eram 5 vitórias do time de Fanelli e 2 vitórias do Acidus, sendo as duas em amistosos.

O Roleta, apesar de estar com o time completo, ainda se ressente com a falta de seu comandante Baru, ainda em lua de mel. Mesmo assim, os jogadores mostravam confiança e descontração no momento do aquecimento, horas antes de pisarem em quadra. Gegê dava entrevistas à câmera de Lucas Pires. Como? O técnico do Acidus entrevistando uma das estrelas principais do adversário? Sim, era essa a cena enquanto rolava a bola para Real Paulista e Fiorella.

Aliás, Lucas foi outro protagonista do clássico. Com um frio de congelar na zona oeste de São Paulo, o treinador era visto trajando jaqueta e cachecol, tudo para espantar o tempo gelado. “Hoje você vai ver um novo estilo de técnico em quadra: o estilo europeu de comandar um time (risos)”, brincou Lucas, em referência às roupas utilizadas por técnicos como José Mourinho e sir Alex Ferguson em gramados gélidos da Europa.

Enquanto isso, um personagem vaticinava aquilo que pretendia fazer em quadra: “Hoje eu posso estar sangrando, mas não saio de quadra”, falou Louiz, ansioso com o confronto. O jogador começou a mostrar que seria eleito o MVP do jogo logo no primeiro tempo, quando em cobrança de falta magnífica pôs o Acidus em vantagem e, quando da entrada da área, chutou para fazer o seu segundo tento no jogo, o 2° do Acidus. O camisa 12 ainda seria herói salvando gol iminente em cima da risca do gol.

Rivalizando com Louiz para ver quem seria o MVP da partida estava o mesmo que dava entrevistas ao adversário: Gegê. O camisa 31 fazia uma partida impecável, defendendo e atacando com muito perigo. Ele completou um cruzamento vindo de trás e fez o primeiro gol do Roleta, e aproveitando a falha da zaga chutou para fazer seu segundo gol no jogo, o segundo de seu time. Gegê e seu time só não fizeram mais gols porque Urso estava em uma tarde-noite inspirada e contou com a sorte ao fazer golpe de vista e ver uma bola explodir na trave.

Um jogo tão importante teve acompanhamento especial: uma mesa-redonda foi instalada do lado de fora para acompanhar o clássico. Faziam parte da mesa Folha, Daniel Fischer, Weinny, Iuri e Mendes (ambos Roletinha). Cauê, do Elefantes, deu uma canja também por lá. Tudo para fazer jus ao jogão do dia. O primeiro tempo se encerrou com um justo empate em 2 a 2. E a etapa final prometia muito.

Enquanto Salada marcava ao Roleta e pela primeira vez colocado o time na frente no placar, Careca tratava de empatar. E quando o Acidus novamente virou, com Luis Fernando, o artilheiro Fanelli levava ao placar a igualdade mais uma vez. Todos já se preparavam para o empate na volta do clássico de maior rivalidade do Chuteira. Mas aí apareceu um pé para completar uma troca de passes de um lado a outro. A bola parecia que ia se perder na linha de fundo quando... Careca, oportunista, apareceu e pôs o Acidus novamente em vantagem, dessa vez em definitivo.

Com a tensão e o nervosismo do jogo, era inevitável um desentendimento. O tempo fechou quando, em dividida entre o goleiro Guaraná, do Roleta, e Marcelo Rezende, do Acidus, o primeiro desferiu um soco no atacante amarelo-limão. O tempo fechou, indignação de um lado, que queria até partir para a briga. O resultado foi a expulsão de ambos. Juras de ódio entre si quase estragaram o espetáculo, que além disso, teve também a expulsão do técnico do Roleta, Nação, que trocou empurrões com o goleiro Guaraná minutos antes da discussão fatal.

Fim de jogo com muita comemoração por parte dos jogadores do Acidus. O tabu foi quebrado finalmente, e os jogadores respiravam mais aliviados. 5 x 4 no placar, e a confirmação de ascensão do time de Lucas. Já o Roleta perdeu a segunda partida em três jogos e terá chance de se reabilitar na rodada seguinte, ante o The Veras.

30/09/2010

98º Boletim Chuteira News

ACIDUS CONFIRMA BOA FASE E DESPACHA O BUCETS

Depois de superar momentos de apreensão antes do duelo, equipe se acerta e vence mais uma; Bucets, com nenhum ponto ganho, é o lanterna do grupo

Por Douglas Almasi Santos

O Acidus confirmou sua ascensão no Grupo A e derrotou o Bucets por 5 x 3, alcançando seu 3° triunfo seguido e a quarta posição na tabela. A rigor, diante do lanterna, o Acidus fez o feijão com arroz para vencer e garantir os 3 pontos, muito em função dos diversos desfalques. Já o Bucets teve pela primeira vez um time em quadra e alguns reservas no banco. Mesmo assim, não foi páreo ao Acidus e amarga a lanterna do grupo, sem nenhum ponto, e já começa a ver a Série Prata mais de perto.

Quando a bola rolou, Veríssimo teve a primeira oportunidade de gol ao Acidus: ele recebeu passe na esquerda e chutou rasteiro, mas a bola foi para fora. Em seguida, o mesmo Veríssimo, agora pelo flanco direito, chutou forte cruzado à área, mas Paulinho perdeu gol incrível, na cara do goleiro Elinho. O Acidus era melhor e quase fez com Gabriel Borges, que em chute cruzado, assustou o Bucets.

O Acidus, para variar, teimava em perder gols. E como todos sabem quem não faz, toma. Em jogada de contra-ataque, a bola foi tocada para Rodrigo Storch na direita, que dominou e chutou forte no canto. A bola pegou no pé da trave esquerda de Urso e entrou caprichosamente. Com a vantagem, o Bucets pôs pressão para cima do Acidus, que acusou o golpe por alguns instantes. A equipe passou a errar passes e a fazer faltas desnecessárias.

Tom, em cobrança de falta, quase ampliou ao Bucets. Porém, tudo se acalmou ao Acidus quando Paulinho foi acionado na entrada da área. O camisa 16 dominou com extrema categoria, girou e fez um golaço, empatando o jogo. O time da camisa amarela colocou seus nervos no lugar e passou a se impor como melhor time. Em jogada digna de gênio, Gabriel Borges fez lance monumental, fintou marcadores, fez fila, ficou cara a cara com o goleiro, quase foi travado, cortou pro pé direito, pro esquerdo, de volta ao direito e enfim resolveu chutar para assinar uma obra-prima. Só faltou, na saída do campo, dizer ao melhor estilo Garrincha: “Pô, o goleiro não abria as pernas”...

Em desvantagem, o Bucets apostava nas investidas do seu camisa 4, Tom. Em cruzamento da direita, ele pegou de primeira, mas a bola foi por cima da meta de Urso com perigo. Porém, Gabriel Borges estava inspirado: em lance rápido de ataque, a bola subiu e, na descida, encontrou o pé do camisa 17, que, de primeira, chutou no canto para marcar outro golaço. Com 3 a 1, o Acidus administrava o resultado, esperando a chegada do intervalo. Mesmo assim, o Bucets quase diminuiu, em tentativas de Marcílio e Rodrigo Storch.

O segundo tempo começou com o Bucets pressionando e acertando a trave. E a postura do time surtiu efeito: a zaga do Acidus bobeou, Ricardo Turner agradeceu a gentileza e encheu o pé à meia altura da meta de Urso, diminuindo. O Acidus prontamente se restabeleceu, assim que Paulinho recebeu passe na esquerda, girou e chutou. Contando com a ajuda de Elinho, marcou o quarto tento do time.

O jogo ficou emocionante quando Ricardo Turner recebeu e fez o seu segundo gol no jogo, o terceiro do Bucets, incendiando o embate. Com o gol sofrido, o Acidus não queria dar nova oportunidade ao adversário e desperdiçou boa chance com Paulinho, que em tabela com Veríssimo chutou para fora. O Bucets reclamou pênalti em uma jogada de Marcílio: o camisa 13 dominou e chutou, a bola bateu no braço do zagueiro, mas nada foi marcado.

No contra-ataque, o golpe de misericórdia: Pupo, o homem que começou na reserva, entrou e recebeu passe na esquerda, ele avançou sem marcação e, com a opção de cruzar a Paulinho, preferiu arriscar o chute e se deu bem, decretando a vitória do Acidus.

Na saída de quadra, Rodrigo Storch tentava encontrar explicações para a má fase do Bucets no certame. “O time é novo. Antes tínhamos meias de ligação, como o Xixi, que metiam a bola pra eu marcar os gols, agora está mais difícil”, desabafou o camisa 9. Já o técnico do Acidus, Lucas Pires, comemorou a vitória pela situação do dia: “Sem vários jogadores, conseguimos ainda jogar bem e vencer com superioridade. Mostra que estamos no caminho certo”.

04/10/2010

99º Boletim Chuteira News

ACIDUS GOLEIA O FIORELLA E SEGUE SUBINDO NA TABELA

Contando com o retorno de Marcelo, Acidus vence Fiorella e segue no pelotão de cima do grupo

Por Douglas Almasi Santos

O Acidus continua sua linha ascendente ao sair vitorioso por 5 x 1 diante do Fiorella, que segue sua linha descendente. No retorno de Marcelo, suspenso na partida anterior pela confusão com o goleiro Guaraná (Roleta Russa), a equipe jogou o suficiente para marcar mais 3 pontos e continuar na cola do agora líder isolado Mulekes. Já o Fiorella amargou mais um revés e continua ameaçado pelo fantasma da Série Prata.

“Nosso time é só faltar jogador que acaba jogando bem (risos)”, comentou Marcelo referindo-se a mais um embate do Acidus com número reduzido de atletas (desta vez nenhum jogador além dos 7 em campo). Porém, dessa vez, nem Lói e nem o técnico Lucas sofreram antes do início, como na semana passada: afinal, havia jogadores suficientes para compor os seis jogadores de linha iniciais. O jogo começou com o Acidus atacando: Gabriel Borges recebeu passe e de bico chutou fora.

O Fiorella queria o seu reencontro com a vitória e, em contra-ataque, Tiago Silva chutou cruzado para fora. Em seguida, Cícero arriscou para boa defesa de Pedro Rizzo, que substituía Urso e seria um dos nomes do jogo. Ari Silva, descendo pelo flanco direito e chutando para boa defesa do arqueiro do Acidus, quase colocou o Fiorella na frente. Mas quem também estava de volta era Louiz, e o camisa 12 começou a mostrar sua habilidade de rabisqueiro: ele fez grande jogada individual, rompeu com a bola no pé pelo meio e arriscou chute cruzado. Aberto o placar e muita vibração por parte do jogador.

Mesmo atrás, o Fiorella não desistia. Esteve perto do empate por três vezes. Na primeira tentativa, Ari Silva recebeu na esquerda e chutou cruzado para nova defesa de Rizzo. Na sequência, uma jogada parecida, com Ari recebendo na esquerda, e dessa vez o camisa 15 acertou o travessão. Tiago Silva também tentou, arriscando chute para fora com perigo. O Fiorella era muito ofensivo, porém, pecava nas finalizações.

Em contrapartida, o Acidus foi preciso: triangulação perfeita do ataque, Luiz Fernando tocou na direita a Marcelo, que cruzou na medida para Paulinho completar em cima da linha. Com a vantagem de dois gols, o técnico Lucas estava mais tranquilo, embora o Fiorella demonstrasse um plano de jogo ofensivo. No fim da etapa primeira, Cícero tentou de bico, a bola bateu no morrinho-artilheiro e obrigou Rizzo a se esticar para colocar a escanteio e salvar o time.

Intervalo, e vantagem do Acidus por 2 a 0. No segundo tempo, o Fiorella não tinha mais nada a perder e continuou o ataque. Bola aberta na esquerda para Samuel, que chutou forte por cima do gol. Marcelo respondeu enchendo o pé no centro do gol, onde se encontrava Franklin, seguro. Paulinho, da entrada da área, arriscou chute para fora. Mais uma chance para cada lado: Tiago Silva, pelo lado esquerdo, chutou para boa defesa de Rizzo, enquanto Luiz Fernando respondeu chutando cruzado para fora.

Valendo-se de uma desatenção da zaga, o Acidus ampliou: após saída errada do zagueiro, Marcelo recebeu na direita, dominou a bola, esperou a saída do goleiro e, com um toque de extrema categoria por cima de Franklin, mandou ao gol. A bola ainda pegou na trave antes de entrar. Mesmo com o gol sofrido, o Fiorella não desistia e tentava chegar ao gol de honra. Ari Silva fez novamente boa jogada pela esquerda e chutou cruzado para fora. 

Na cobrança de escanteio, enfim o time da ótica diminuiu: a bola sobrou para Tiago Silva após nova defesa de Rizzo, que pegou no alto para descontar o prejuízo. Mas Louiz estava inspirado e, além do trabalho fundamental no sistema de marcação, ajudava o ataque marcando gols. Ele recebeu passe na direita após tabela e quase que de carrinho tocou para fazer o quarto gol do Acidus. No fim, Paulinho fez grande jogada, avançou e deu um chute à queima-roupa, Franklin ainda tocou na bola, mas não evitou mais um tento do Acidus, decretando uma clássica goleada por 5 a 1.

 “Estamos jogando como nunca tinha visto antes. Todos marcando, se ajudando. O Acidus está crescendo e vai chegar forte”, declarou Marcelo Rezende, contente com o seu retorno às quadras e também com a ascensão do seu time.

20/10/2010

100º Boletim Chuteira News

ACIDUS VACILA E SOFRE EMPATE DO VERAS NO FIM

Time amarelo-limão vencia por 2 a 0, porém, faltando 4 minutos para o término do duelo, surgiu o “Sobrenatural de Almeida” para ajudar o The Veras

Por Douglas Almasi Santos

Era o duelo mais aguardado do dia, pois envolvia os dois times de maior ascensão no Grupo A da Série Ouro. Era o duelo mais aguardado da rodada porque envolvia o confronto entre dois times que sabem mesclar muito bem a força das defesas com a precisão nos ataques. O Acidus abriu dois gols de vantagem, e o The Veras se recuperou e igualou. No fim, um resultado justo - que era o mais provável -, tamanho o equilíbrio de forças: igualdade em campo e no placar final.

O jogo pode ser definido como sendo de um tempo para cada equipe. Na primeira etapa o Acidus comandou as ações de meio de campo e ataque, além de manter sólida a sua defesa. Mesmo assim, o primeiro lance de perigo foi do Veras: a zaga do time afastou o perigo de ataque adversário com um chutão para frente, mas os zagueiros do Acidus fizeram golpe de vista, esperando que a bola fosse fora rapidamente, porém, não contavam com Victor Petreche que apareceu como um foguete e desviou com perigo para fora.

Com o susto, o Acidus acordou e inaugurou o placar: cobrança de falta ensaiada pelo flanco direito, Luiz Fernando tocou a Paulinho, que na jogada de pivô devolveu a ele, que dominou e chutou forte para fazer 1 a 0. O goleiro Benga reclamou muito com a marcação de seus zagueiros. Louiz, em seguida, recebeu passe e arriscou chute, mas a bola subiu e foi por cima do gol. Em mais um vacilo da zaga do Acidus, Kinho apareceu livre, mas chutou por cima.

O Veras tentava, mas o Acidus, com a vantagem, tinha todo o contra-ataque a seu dispor. Em um deles, Marcelo Rezende recebeu na direita e chutou, Benga rebateu, e no rebote, Cássio tentou, a bola desviou na zaga e saiu, levando muito perigo à meta do Veras. Fernando Mandia tentou, arriscando pelo lado esquerdo, mas sem sucesso, empatar. Em seguida, o Acidus respondeu com Paulinho, ele recebeu o passe, avançou, e com muita categoria tocou ao gol, a bola ainda pegou na trave antes de entrar, ampliando a vantagem do time limão a 2 a 0.

Mesmo em desvantagem, o Veras não desistia: chegou duas vezes, uma com Victor Petreche, e outra com Japa, mas ambos os chutes foram para fora. No fim da etapa primeira, o Acidus chegou duas vezes com perigo. Na primeira oportunidade, a zaga do Veras cochilou, Careca agradeceu e soltou uma bomba que carimbou o travessão. Depois, Pupo arriscou chute da esquerda, porém, a bola foi fora, encerrando assim o bom primeiro tempo com vantagem do Acidus de 2 tentos.

Já a segunda etapa foi diferente: o Veras foi quem dominou o meio de quadra, pressionando atrás dos gols, e o Acidus com oportunidades de liquidar o duelo. Jogada de Nico pelo meio, ele abriu bom passe à esquerda até Kinho que chutou para fora. Mais Veras: Kinho avançou pela direita e chutou, Urso fez boa defesa e, no rebote, Cucio acertou o travessão. O Acidus teve ótima chance quando, em rápido contra-ataque, Marcelo Rezende tabelou, ficou livre e tocou na saída de Benga, mas Cucio salvou o Veras em cima da linha.

Mesmo com o forte sol que pairava na quadra 4, os jogadores mostravam disposição atrás do triunfo. Cucio arriscou bom chute de fora, mas a bola foi por cima. Em seguida, Nico pegou um chute sensacional da intermediária e a bola passou muito perto da meta de Urso. O Veras era só pressão e quase chegou com Kinho, que recebeu na área e chutou para boa defesa de Urso. O Acidus respondeu por três vezes, em lances distintos, com Luiz Fernando, com Louiz e com um lançamento à área do Veras que Caio Marchi tentou desviar de cabeça mas quase enganou Benga, que se recuperou a tempo e pôs a escanteio.

Faltavam menos de 4 minutos para o término do embate, e tudo levava a crer que o Acidus sairia vitorioso no confronto dos times de maior ascensão no grupo A. Mas o futebol é apaixonante porque pode acontecer de tudo em um espaço de tempo curto, e foi o que aconteceu. Remetendo a Nelson Rodrigues, o personagem “Sobrenatural de Almeida” compareceu nos minutos finais do embate.

Boa troca de passes entre os jogadores do Veras, e a bola chegou a Fernando Mandia que encheu o pé para vencer Urso, descontando no marcador. E quando todos já não acreditavam - exceto o elenco do Veras – surgiu Pedro de Luna. O capitão do Veras apareceu, recebeu a bola e chutou cruzado. O chute foi fraco, rasteiro, mas diante da multidão entre a bola e o gol, a redonda caprichosamente não desviou em nenhum pé salvador e foi morrer na meta de Urso, que só a viu quando estava já dentro do gol. Aos 24 minutos, o “Sobrenatural de Almeida” falou mais alto, e a bola morreu no fundo das redes, deixando incrédulos os fãs do Acidus, que tinham a certeza da vitória.

Final de jogo e empate em 2 a 2, para a alegria dos atletas do Veras que se sentiram vitoriosos com a reação, e com sabor amargo ao Acidus, que deixou escapar dois pontos preciosos na luta por uma vaga direta às quartas de final do certame.

27/10/2010

101º Boletim Chuteira News

ACIDUS, DESANIMADO E COM UM JOGADOR A MAIS, GOLEIA CANHEDO

Jogador a menos o tempo todo foi crucial para a derrota dos engenheiros, que viu um Acidus um tanto desleixado em ação

Por Diego Pontes

Quando o Canhedo Beppu adentrou o gramado, um zum-zum-zum teve início na arquibancada da quadra número 5. Comentários do tipo “o Acidus já ganhou”, “olha a goleada” ou “se esses caras perderem um jogador, vai dar WO” podiam ser ouvidos no recinto, bem como uma sorte de gracejos referentes ao fato de o time dos engenheiros entrar com dois jogadores a menos no embate contra a armada cítrica.

O resultado não foi diferente do previsto. O Acidus, de fato, bateu seu adversário. E por um placar bastante elástico (4 gols de diferença), cabe salientar. Porém, os poucos integrantes do Canhedo presentes na disputa não entregaram a vitória de mão beijada. Pelo contrário: o arqueiro Papa Burguer e seus companheiros demonstraram raça do começo ao fim da partida - ao contrário do time verde limão, que, no geral, transpareceu desânimo e falta de seriedade em campo.

Na primeira metade do jogo, contudo, só deu Acidus. Mal começara a peleja e a esquadra acre já colocava em xeque o gol do Canhedo com uma bomba cruzada de Cássio. O lance pegou a zaga dos engenheiros de surpresa e obrigou o Papa Burguer a trabalhar no gol. E que defesa! Com um salto de lince, o lendário arqueiro aparou o petardo no ar, impedindo que este abrisse o marcador para o rival. Em seguida, foi a vez de Borges tentar a sorte: o camisa 17 converteu brilhantemente um lançamento do próprio Cássio em uma bicicleta, mas Papa, cheio de auspícios, defendeu a jogada sem sequer mexer-se.

Entrentanto, a invencibilidade do herói canhedense não duraria muito. Borges se aproveitou de uma falha do meio de campo inimigo e conseguiu colocar Paulinho dentro da grande área – na verdade, em cima da linha. Para ser mais sincero, Paulinho pegou chute de Borges em cima da linha e deu de calcanhar: um legítimo gol roubado!

O Canhedo, que até então jogava na retranca, passou a ousar quando Okamura chegou e deixou seu time com apenas um a menos. Uma vez que não dispunha de elenco para montar um setor ofensivo completo, o time focava seus esforços em cobrir as investidas de Leo Moraes pela lateral esquerda. Mas a marcação pesada do acidiano Lói na saída de bola não permitia que o camisa 7 fosse muito longe. Tanto que o atacante só teve a chance de chutar uma única vez para o gol – lance no qual mandou a redonda direto para a linha de fundo.

Já o camisa 7 do Acidus, Careca, teve mais sucesso em suas investidas.  Ele marcou 2 x 0 para a equipe cítrica ao cabecear meio estranhamente e enganar Papa. Mais do que estender o placar, o lance aparentemente desmontou o esquema tático improvisado pelo esquadrão cinzento, visto que este passou a atacar de forma impetuosa, quase que totalmente descoordenada. Como resultado, o setor defensivo fragilizou-se, abrindo espaço para que os acidianos chegassem com maior constância ao arco de Papa Burguer.

 O goleirão conteve boa parte das ofensivas adversárias, mas não conseguiu impedir que o Acidus ampliasse ainda mais a vantagem. Foram 3 gols seguidos nos minutos finais do primeiro tempo: um de Borges, que mandou um cruzado direto no ângulo; outro de Luiz Fernando, fruto de uma tabela com Pupo; e um torpedo de fora da área de Careca, que passou invisível para os zagueiros do Canhedo. 

Se o Acidus não foi perfeito na primeira metade do jogo, ao menos trabalhou corretamente, pois soube explorar as falhas do rival, bem como a superioridade numérica de seu elenco. Houve, no entanto, uma falta de comprometimento geral do time para consigo mesmo no segundo tempo: os que não praticavam um futebol tépido, diletantista, jogavam para alimentar vaidades próprias, para desespero do técnico Lucas, indignado desde o minuto inicial com a falta de objetividade do time. Na ânsia por marcar gols, alguns não passavam a bola, tampouco raciocinavam na hora de construir ataques – o que acabou de vez com o coletivo que a equipe apresentou no começo do duelo.

 O Canhedo, por sua vez, voltou do intervalo coeso e ainda mais determinado a mudar o quadro. Dada a posse de bola e a quantidade de chutes ao gol deste, pode-se dizer que o time foi bem sucedido. E se não conseguiu virar o prélio, ao menos deu uma aula de raça e trabalho coletivo para o adversário, tornando um jogo que, teoricamente, nasceu perdido em uma disputa com resultados imprevisíveis.

Para vencer a sólida zaga de Lói – que, assim como Borges, fez parte do seleto grupo de acrimoniosos que jogaram com seriedade do começo ao fim –, a trupe dos engenheiros passou a trabalhar com lançamentos e potentes chutes de fora da área. Uma decisão acertada, já que o time desencantou em cobrança de falta que Leo Moraes chutou e a barreira abriu. E o segundo veio com Cléber, deixando indignado o banco acidiano diante do placar de 5 x 2.

Mesmo atuando de maneira desleixada (esta parece ser a palavra), o Acidus conseguiu devolver os gols aplicados pelo oponente. Borges enganou a defesa do Beppu ao fazer de uma jogada individual um passe certeiro para Veríssimo completar. Minutos depois, Marcelo enfim marcou o seu, o sétimo do time, fechando a conta da equipe - que poderia ter sido muito maior caso os integrantes desta não fossem tão fominhas.

Quem deu a última palavra foi o Canhedo. O chute de Cléber sinalizou o fim de uma batalha na qual os torcedores do Acidus, outrora cheios de confiança, não chegaram a temer por seu time ante à reação leonina do adversário, mas sim pela falta de gana de fazer gols e objetividade.

O Canhedo permanece, junto ao Bucets, na lanterna da Série Ouro, e corre o risco de ser rebaixado caso perca para o Fiorella na 8ª rodada. Já o Acidus segue confortável agora na terceira posição do Grupo A e enfrenta o arquirrival Bengalas no próximo sábado. Um clássico que promete!

11/11/2010

102º Boletim Chuteira News

ACIDUS DERRUBA BENGALAS E ASSUME VICE-LIDERANÇA

Sem vencer o rival desde 2008, Acidus põe abaixo incomodo tabu e deixa Bengalas perto das oitavas de final, já encara o líder Mulekes na rodada final com 4 jogadores suspensos

Por Douglas Almasi Santos

O Acidus derrotou o Bengalas na tarde nublada de sábado na quadra 4 e assumiu a vice-liderança do grupo com os mesmos 19 pontos do líder Mulekes. No início do certame, todo reformulado, o time ficou desacreditado por parte de torcedores de outras agremiações, mas a equipe verde-limão foi se entrosando em quadra durante a competição e vislumbra a primeira colocação na chave. Já o Bengalas lutou, mas saiu derrotado diante do desequilíbrio mental de seus jogadores e técnico, que, perdendo o jogo, passaram a apontar os culpados de sempre para a derrota – os árbitros. Porém, mesmo com a derrota, o time depende apenas de si próprio para avançar diretamente às quartas de final do torneio.

 Os times protagonizaram belo espetáculo, alternando-se nos ataques atrás da abertura da contagem. O Acidus, logo de cara, teve chances: uma com Marcelo Rezende chutando para fora e outra em cobrança de falta rolada a Louiz, que encheu o pé, mas bola saiu. O Bengalas respondeu com Luisinho Fernando chutando de primeira para fora. Ao contrário da forte marcação apresentada no jogo entre Mulekes e Real Paulista - que também jogaram pelas primeiras posições no grupo -, o que se via entre Acidus e Bengalas era um grande poder de ataque dos times.

 Pedrinho fez boa jogada pelo Bengalas, deu bom drible no marcador, mas acertou a rede pelo lado de fora. Ritolê apareceu e fez grande jogada: ele recebeu na entrada da área, deu uma finta que deixou Paulinho e Lói sentados ao mesmo tempo e chutou cruzado, mas a bola foi caprichosamente para fora. O Acidus voltou a cochilar quando, em saída errada da zaga, Pedrinho dominou e chutou colocado, mas a bola carimbou o travessão. Marcelo Rezende, irritado com as falhas de seu time, gritava para tentar incentivar seus companheiros.

 O mesmo Marcelo, em jogada de contra-ataque, arriscou de pé esquerdo para fora com perigo. E foi o Acidus quem saiu na frente: cobrança de escanteio, e Luiz Fernando apareceu sozinho para cumprimentar de cabeça, marcando 1 a 0. No fim da primeira etapa, Luisinho Fernando chutou cruzado, mas a bola foi para fora. A promessa de um grande jogo se concretizava, e os espectadores ainda veriam fortes emoções na etapa final.

 Ricco, pegando rebote de Urso, chutou por cima do gol. Em cobrança de lateral, o Acidus quase ampliou, quando Veríssimo recebeu e de pé esquerdo acertou a trave. E o Acidus, em seguida, não só perdeu grande chance, como também acabou sofrendo gol. Gabriel Borges recebeu na entrada da área e teve oportunidade de fuzilar Baki, mas demorou demais e acabou abrindo passe a Veríssimo, que chutou para fora. Na reposição, lançamento rápido a Ritolê que dominou e marcou, deixando tudo igual.

 O jogo era quente, com os ataques sendo movimentados de forma constante. Alguns lances mais duros começaram a deixar os ânimos um pouco exaltados. Vini Costa, que havia recebido cartão amarelo na primeira etapa, acabou excluído da partida após sua quinta falta. Ritolê, em lance de habilidade pela esquerda, acertou o travessão. Já o Acidus respondeu com Careca também pelo flanco esquerdo: ele chutou cruzado para a área, mas Lói não conseguiu chegar a tempo para completar.

 Luisinho Fernando pelo Bengalas, e Gabriel Borges, pelo Acidus, chegaram perto de fazer gol, mas sem sucesso. Enquanto isso, o Bengalas abusava das faltas e começa a cavar a sua própria cova dentro do jogo. Antes disso, em jogada rápida de contra-ataque, após Borges perder gol feito, Ritolê recebeu e tocou na saída de Urso, fazendo 2 a 1 Bengalas. Mas o Acidus, guerreiro, não quis deixar o contra-ataque para o Bengalas e foi logo para o empate. Paulinho fez boa jogada pela esquerda e deixou de calcanhar na passagem a Louiz. O zagueiro chegou enchendo o pé. A bola pegou no travessão e entrou.

 Quando o Bengalas cometeu sua 8ª falta começou a confusão. Os jogadores alegaram que não haviam sido comunicados sobre a proximidade do limite de faltas, gerando muita polêmica. Alheio às reclamações, Louiz colocou a bola na marca dos 9 metros e encheu o pé no centro do gol. Baki tocou na bola, ela bateu na trave de dentro e saiu. O gol aconteceu, mas, mesmo assim, houve muita reclamação por parte dos atletas do Bengalas alegando que a bola havia batido no travessão. E dá-lhe confusão, e dá-lhe Bizu ali no meio para tumultuar sempre mais e mais.

 Em lance seguinte dentro da área do Acidus, na tentativa do empate, Fernando Forte e Louiz se desentenderam e acabaram levando cartão vermelho. Louiz foi ao chão alegando cotovelada do zagueiro adversário. Na dúvida, os árbitros puseram os dois para fora. Imagina se ele ia expulsar só o bengalano? Era pedir pra morrer. Em seguida, em contra-ataque do Acidus, Zequinha também perdeu a cabeça e foi mais cedo para o chuveiro ao acertar Borges em cheio quando este ia fuzilar Baki. Cartão vermelho direto para Zequinha e, na confusão, enfim Bizu conquistou sua segunda expulsão no campeonato, o que deve render a ele um bom gancho.

 No fim, mais uma falta do Bengalas e mais um tiro livre direto ao Acidus: Marcelo Rezende colocou, com categoria, no canto esquerdo de Baki, que nem se mexeu. Fim de jogo tumultuado, e com triunfo do Acidus por 4 a 2. Do lado de fora, ex-acidianos na torcida como Barata comentaram: “O problema era a gente mesmo”, disse o ex-camisa 2 do Acidus sobre a vitória e o fato do Acidus não vencer o Bengalas desde 2008.

 O prejuízo do Bengalas foi sem precedentes: além de perder confronto direto pelas primeiras colocações, terá que enfrentar o líder Mulekes, na rodada final, sem as presenças de Fernando Forte, Vini Costa, Zequinha e Luiz Eric, todos suspenso, além do técnico Bizu. Já o Acidus se garante nas quartas de final com um empate ante o Real Paulista.

23/11/2010

103º Boletim Chuteira News

REAL PAULISTA DERRUBA ACIDUS E GARANTE PRESENÇA NAS QUARTAS

Contando com boas atuações de Panela e do futuro papai Quintanilha, time vence confronto direto pela vice-liderança do grupo A e mira o título

Por Douglas Almasi Santos

 O Real Paulista confirmou sua excelente campanha na primeira fase da Série Ouro, venceu o Acidus e terminou na vice-liderança do grupo A, garantindo passagem direta às quartas de final da competição. Contando com boa atuação do maestro do time, Panela, e com o retorno – mesmo que de forma efêmera – do camisa 11 Quintanilha, o Real aproveitou melhor suas chances e saiu vitorioso de quadra.

O jogo era um dos mais aguardados da rodada, porém, quase se tornou um amistoso, tudo porque o Acidus não dispunha de atletas para compor o elenco que iniciaria o jogo. Quase perto de ser decretado WO favorável ao Real, Urso e Luis Fernando chegaram a tempo de salvar o dia do técnico Lucas Pires, que se mostrava mais descrente de seu time não aparecer numa “decisão” do que qualquer outra coisa. Mesmo assim, o embate começou com o Acidus com um jogador a menos.

O Acidus iniciou controlando a posse de bola e poupando-se fisicamente diante do sol forte e do tempo seco que pairava na quadra 5. Pupo chegou com a partida em andamento – completando o time do Acidus – e já foi acionado na ponta direita. Ele colocou na frente, mas Alemão saiu da meta de forma arrojada nos pés do camisa 19. O Real respondeu quando Panela dominou a bola, esperou e, de bico, chutou para defesa de Urso, no rebote, Rudy parou mais uma vez em Urso que jogou a escanteio.

O Acidus, a fim de evitar o desgaste, tocava a bola de lado apenas esperando o momento certo para atacar. Já o Real, que contava com jogadores suplentes (quase um time a mais), queria a abertura do marcador para explorar um possível cansaço do adversário. Panela fez grande jogada, aplicou um rolinho em Pupo e arriscou de pé esquerdo para boa defesa de Urso. Em seguida, Marquinhos realizou grande jogada pela esquerda, fintou seu marcador e soltou uma bomba que Urso espalmou a escanteio. Mais Real: o futuro papai Quintanilha lançou do meio da quadra a Salvador, que no melhor estilo Bebeto, acertou lindo voleio quase da linha de fundo, mas a bola foi por cima. Belo lance do ex-jogador do Bengalas.

Marcelo Rezende, de chuteiras sem solado, esperava uma boa bola para tentar matar no contra-ataque. Numa delas, pelo lado esquerdo, arriscou bom chute para defesa acrobática de Alemão. E assim foi encerrado um equilibrado primeiro tempo entre Real e Acidus, um tanto quanto lento, mas algo compreensível diante do ritmo imposto pelo Acidus, de segurar e valorizar a bola.

Na segunda etapa, fortes emoções tomaram conta da quadra 5. As duas equipes já estavam classificadas, mas valia uma folga na tabela para semana que vem. Os sistemas defensivos eram as chaves do jogo: Marquinhos, a segurança pelo lado do Real, e Lói, o xerife da zaga do Acidus. E Panela estava inspirado.

Da forma como se encerrou a etapa primeira, começou a segunda: Marcelo Rezende recebeu na entrada da área, girou o corpo e chutou para outra boa intervenção de Alemão. O Real respondeu de forma perigosa: Quintanilha encheu o pé, Urso espalmou, mas a bola tomou efeito contrário e bateu no travessão. Ela ainda ficou à frente da meta do Acidus, porém Urso se recuperou e deu um tapa salvador na hora H para afastar o perigo. O time verde-limão quase chegou por duas vezes, uma com Luis Fernando e outra com Marcelo Rezende, mas nos dois casos sem sucesso.

Mesmo equilibrado, o Real detinha maior posse de bola e buscava mais o jogo, afinal era o time que precisava vencer. Ao Acidus, um empate bastava. Mas quem foi mais atrás chegou à abertura do placar: Panela recebeu na entrada da área, fez a jogada de pivô e abriu à esquerda para a chegada de Mené, que não perdoou, fazendo 1 x 0.

O jogo, que já era bom, ficou melhor ainda, com o Acidus buscando o gol de empate e o Real tentando se segurar. Lói, do meio da quadra, arriscou chute que Alemão defendeu. Mas o Real marcou novamente, quando Rudy cortou para dentro e arriscou o chute para vencer a Urso, que nem se mexeu, abrindo vantagem de dois gols.

Quando a fatura parecia decidida, Paulinho, da entrada da área, descontou ao Acidus após tabela na entrada da área. O jogo pegou fogo nos dois sentidos: fazia forte calor na quadra e o Acidus se lançando ao ataque atrás da igualdade. Mas a pressão pelo tento e a forte marcação do Real frearam os ânimos do Acidus que, mesmo guerreiro, saiu derrotado de quadra. Fim de jogo e triunfo – e classificação direta às quartas de final – ao Real.

Quintanilha, que provavelmente se despediu desta edição da Série Ouro – por motivos particulares -, lembrou que “a fase mais difícil passou”, e aposta as fichas nos seus companheiros na luta pelo título: “Queríamos a classificação, e acredito que vamos fazer bonito na fase final”. O Real aguarda o vencedor do duelo entre SNG x Estudiantes.

Já o Acidus terá pela frente o Med Taubaté na segunda fase do torneio. E o craque Paulinho se mostra confiante: “Hoje foi difícil, com o sol e a quadra grande, mas perdemos na hora certa. Estou confiante em um triunfo na fase final”.

29/11/2010

104º Boletim Chuteira News

MED APROVEITA APATIA DO ACIDUS, SURPREENDE E PASSA ÀS QUARTAS

 Time dos médicos fez partida fantástica e assegurou a primeira surpresa da fase final; Anibal, lembrando Paolo Rossi em 1982, foi o destaque

Por Douglas Almasi Santos

O Med Taubaté surpreendeu o Acidus e marcou a primeira ‘zebra’ da X edição do Chuteira de Ouro. Com futebol envolvente e rápido, além de uma forte marcação, o time soube explorar a apatia da equipe verde-limão e saiu vitorioso do embate. O grande destaque individual foi o camisa 10 Anibal, que, além de comandar o Med dentro e fora de quadra, saiu consagrado com 3 gols no jogo. A atuação do craque, somando-se ao triunfo do time, pode muito bem ser comparado a Paolo Rossi, o carrasco da Itália ante o Brasil na Copa de 1982. Ao Acidus, só resta recolher os cacos da destruição e se preparar ao primeiro semestre de 2011.

Logo no início do jogo já era nítida a disposição que o time dos médicos demonstrava. A vontade que os atletas tinham em cada dividida já dava o tom de que o Acidus teria problemas. O time começou atacando, e se saiu muito bem: lateral cobrado ao ataque, Anibal recebeu, girou o corpo em cima de Lói e chutou firme para inaugurar o placar. Com o susto, o Acidus acordou e quase chegou com Luiz Fernando, que chutou para boa defesa de Chicarelli. A postura do Med era surpreendente, apostando no ataque para chegar ao sucesso.

O Acidus estava irreconhecível. Seus principais jogadores não conseguiam realizar as fortes jogadas que levaram o time à terceira posição do Grupo A. Marcelo Rezende, Paulinho, Louiz, Luiz Fernando, Borges, todos apagados. Nem parecia o Acidus que foi a aposta da maioria dos torcedores para um triunfo. O único que mostrava a disposição de sempre – e também a eficiência de sempre – era o xerife Lói. Com o Med no ataque, o trabalho do camisa 13 era enorme, mas ele deu conta do recado, salvando várias jogadas de ataque do adversário e vibrando muito a cada lance salvo. E ele ainda veria Paulinho completar um rebote para empatar o jogo.

O placar de 1 a 1 não condizia com a realidade demonstrada. Só uma equipe estava a fim de jogo: o Med. Javier, que prefere seu nome do que o apelido Xavier até então usado para se referir a ele no Chuteira, recebeu na esquerda e chutou, mas Urso estava atento. Depois, saída errada de Louiz, Rogerinho roubou a bola, pedalou para cima do zagueiro e tocou a Anibal que chutou cruzado, mas a bola tirou tinta da trave e saiu. Mais Med: Javier encheu o pé e Urso espalmou a escanteio. O Acidus resolveu acordar para o jogo. Marcelo Rezende fez a jogada pela esquerda e cruzou, Gabriel Borges desviou, mas dessa vez Chicarelli estava esperto e espalmou, afastando o perigo. Em cobrança de falta, Luiz Fernando, com categoria, acertou o pé da trave esquerda.

E quando se encaminhava para o intervalo com um empate, o contra-ataque do Med foi mortal: Anibal recebeu pela direita e encheu o pé para vencer Urso. Vantagem merecida ao Med, que mostrava futebol mais consistente que o adversário. Na segunda etapa, a postura do Acidus pouco mudou, e o time oscilava entre a apatia e a pressa em chegar ao gol. Louiz, arriscando do meio da quadra, tentou surpreender, mas sem sucesso. Em contrapartida, Anibal realizava partida individual brilhante, levando desespero aos marcadores do time verde-limão. O Acidus chegou a empatar, através de Paulinho completando cruzamento de Gabriel Borges.

Porém, em seguida, Rogerinho fez grande jogada pela esquerda e cruzou, Bruninho saltou na frente do marcador e, com estilo, no alto, desviou para novamente colocar o Med em vantagem. O mesmo Bruninho fez boa jogada e tocou para Anibal que dominou e chutou, mas a bola foi para fora. O aniversariante do dia, Louiz, tratou de empatar mais uma vez: a falta foi rolada ao camisa 12 na intermediária, ele encheu o pé, a bola passou na frente dos jogadores do Med e morreu no canto esquerdo de Chicarelli. Mas o dia não era para o time. E a “Tragédia do Sarriá” se reeditava na quadra 4 do PlayBall.

Cobrança de lateral ao Med, a bola foi mandada para Anibal, que pegou de primeira um chute forte, acertando o canto direito de Urso, que nada pôde fazer. De novo o Med tomava a dianteira após sofrer o empate. O carrasco do Acidus marcou seu 3° tento na partida. No fim, Marcelo Rezende cobrou falta da intermediária de forma colocada, mas a bola caprichosamente explodiu no travessão, eliminando todas as possibilidades de empate do Acidus. Fim de jogo, vitória do Med por 4 x 3 e muita comemoração pela classificação.

Javier, ao término do confronto, disse que “faltou um pouco de humildade” aos jogadores do Acidus, por isso “levaram um susto” e foram surpreendidos. “Jogamos mais, tivemos um melhor toque de bola”. E o perigoso atacante do Med já pensa no Fora de Série, adversário das quartas de final: “Time duro, eles marcam bem, jogam compactados. Vai ser um bom jogo”.